sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Gentis, mas também Valentes!


 
Fico feliz ao saber que muito se tem discutido dentro do meio jovem (ou não tão jovem) a respeito do retorno ao Cavalheirismo, do retorno a circunstâncias em que homens podem ser verdadeiramente homens e mulheres podem ser verdadeiramente mulheres. Nossa sociedade dita moderna necessita urgentemente disso.


No entanto, havia algo sobre o que eu não havia pensado durante muito tempo a esse respeito. Quando falamos sobre Cavalheirismo, geralmente nos referimos ou, pelo menos, imaginamos um retorno às práticas de gentileza dos homens, principalmente para com as mulheres. Mas, ao ler um livro chamado “A Jornada Para Ser Um Homem de Verdade”, de Jeff Fromholz, um comentário me chocou a respeito de um típico pensamento feminista, que eu mesma alimentava, ainda que de forma inconsciente:


“O que os meninos ouvem hoje em dia dos adultos, principalmente mulheres: “Fique quieto! Não se mexa! Sente-se! Se comporte! Não lute!”. Em outras palavras, “SEJA UMA MENINA!”


Eu nunca havia parado para pensar sob esta óptica. Mas isso é verdade! Nós, mulheres, somos diferentes dos homens, e a tendência natural do ser humano é tentar criar no outro aquilo que nós achamos que seria ideal para nós mesmos. Porém, o que é ideal para uma mulher, não é ideal para um homem! Nós, mulheres, somos naturalmente menos enérgicas, menos dadas a explosões de adrenalina, perigos, uso da força. Geralmente (com grandes alterações nestes índices para quem vive na “sociedade feminista” que doutrina todo mundo a buscar uma “igualdade de gênero”), as meninas se interessam menos por esportes de luta e contato físico, são coisas que costumamos achar “agressivas demais”, e elas realmente o são PARA NÓS, afinal, nós somos mulheres – as Donzelas, e não os Cavaleiros! Eu sempre tive um sério questionamento sobre o porquê de homens gostarem TANTO de futebol! Eu dizia que iria fazer uma pesquisa sobre isso, porque, onde quer que estejam dois ou mais homens, você tem 99% de certeza de que o assunto “futebol” irá surgir em muito pouco tempo. Mas, hoje, isso é muito claro para mim: homens gostam de competições, de testes à sua força e habilidade física, lutar por um objetivo, independente se eles vão se machucar com isso ou não! Já nós, mulheres, somos muito mais diplomáticas, gostamos de resolver as coisas à base do diálogo e normalmente fazemos de tudo para evitar uma briga e ficamos horrorizadas com disputas físicas acirradas.

 
Pessoalmente, não entendo como homens podem gostar de boxe, luta livre e similares, de onde as pessoas saem sempre sangrando e super machucadas, mas agradeço mesmo a Deus porque Ele fez homens E mulheres! Sem um dos dois, a humanidade não teria sobrevivido por muito tempo! O fato é que nossas diferenças são vitais – quem iria para as guerras, lutar pela segurança ou liberdade da nação, ou defender os direitos de seu povo, se não houvesse homens? Acho que pouquíssimas mulheres se alistariam a essa função! Então, tenho entendido como Deus é Sábio, e como Sua Sabedoria foi tremenda ao colocar a diplomacia nas mulheres, mas também a força física e essa agressividade nos homens! Ambos são necessários!


Mas o fato é que, quase inconscientemente, nossa sociedade feminista e matriarcal tem quase que minado completamente essa característica masculina! Eu devo confessar que fiz isso durante MUITO tempo. Como as mulheres têm tomado o controle de quase todas as coisas – famílias, trabalho, igreja, educação – elas têm lutado para transformar essa peculiaridade agressiva dos homens na diplomacia feminina! As mulheres têm criado seus filhos homens como mulheres, e estes crescem sem desenvolver seu senso de coragem, determinação, força, liderança – que são os traços necessários para um homem (inclusive para um homem CRISTÃO!). Os meninos têm crescido medrosos, sem iniciativa, mimados por suas mães que querem fazer tudo por eles e não os deixam fazer nada. E o problema só é identificado muitos anos mais tarde, quando a mulher que casa com estes “homens” descobre que eles não são HOMENS, mas MENINOS! E meninos mimados! Homens que deveriam ser os líderes do lar, mas que não sabem tomar uma decisão, não sabem tomar iniciativa, não tem o menor controle sobre eles mesmos ou qualquer outra coisa, vivem inseguros e sequer imaginam como liderar um grupo. Qual o resultado disso? As mulheres assumem o controle do lar! E, infelizmente, ao ter seus filhos, acabam reproduzindo o mesmo quadro, ainda sem ter noção do estrago que estão fazendo!


Basta pensar sobre o que o Exército e as Forças Armadas representavam pros rapazes há alguns séculos atrás, e o que representam para os rapazes hoje. Quer assistindo a filmes antigos, quer lendo livros, artigos ou ouvindo histórias, podemos perceber como que, em sociedades passadas, o fato de servir o Exército e lutar por seu país era uma honra para os homens! Os rapazes, desde meninos, desejavam isso, porque viam seus pais e irmãos mais velhos, e a maioria dos outros rapazes da comunidade fazendo isso. Eles eram considerados HERÓIS! Todos queriam imitá-los! Eles não se importavam se iriam morrer lutando – o que importava era lutar por uma justa causa, e morrer como HOMENS. Havia honra em lutar pelas causas do povo ou simplesmente por sua família. Os homens não temiam isso, ou, se temiam, sua coragem e honra superavam esse medo. Eles eram HOMENS. Não corriam de suas responsabilidades, mas as realizavam com prazer, em defesa dos mais fracos. Desde muito pequenos, os meninos eram ensinados a manejar a espada e a arte da guerra, sempre lembrando que o caráter e auto-controle eram de suma importância.


E hoje? Pergunte pros rapazes ao seu redor quantos deles lutariam por seu país, caso houvesse uma guerra. Olhe ao redor e veja quantos rapazes gostariam de se alistar ao Exército, Marinha ou Aeronáutica. Nããooo!!! Os rapazes já crescem ouvindo de seus pais que entrar para o Exército, ou algo parecido, é a pior das alternativas – “Faça de tudo para fugir disso!”. Chega a idade para se alistar e todos os adultos da sociedade ficam apreensivos, torcendo em uníssono para que o cara consiga fazer algo para ser liberado! “Exército? Não para o meu filho!”. O que antes simbolizava honra, aqueles que antes eram tidos como os “Heróis” da sociedade, hoje são tidos como os “Loucos” da sociedade. “Sofrer pelo país? Isso é burrice!”, é o que costumamos ouvir. Não existe mais coletividade, não existe mais nacionalidade ou preocupação pelo grupo – vivemos o período “Cada Um Por Si”, “Preocupe-se com você e o resto que se vire!”. Onde está a honra e a coragem dos antigos cavaleiros e heróis de guerra?


No casamento não é muito diferente. Eu agradeço muito a Deus por não ser eu a responsável por subir do telhado para trocar uma telha; ou ir atrás do rato que está na cozinha para matá-lo; ou ter que ir verificar que barulho foi aquele no quintal, no meio da madrugada; ou confirmar se existe alguém tentando entrar na casa; ou ter que manusear um martelo ou uma furadeira. No entanto, no mundo “igualitário” que tem nos treinado, não muito dificilmente encontramos homens que tem mais medo de barata do que as mulheres!  Qual é? Se um ladrão entrar na casa, eu não duvidaria muito se o cara dissesse pra esposa: “Vai lá e resolve!”, e eles ainda acrescentam: “Não foram VOCÊS que pediram direitos iguais?”. EU NUNCA PEDI NADA! Então, será que não ta na hora de alguém dizer que Homens tem que ser HOMENS, e não meninos fracotes e frouxos que se escondem debaixo da saia da mamãe?


Se pensarmos nos Cavaleiros Medievais, sim, eles tinham um grande código de ética, que incluía gentileza e modos agradáveis, e cavalheirismo geralmente nos remete a esses modos. Mas, além disso, também havia a Coragem e o desejo de lutar pelas donzelas, e também pelos necessitados, pelos mais fracos. Proteger uma dama não envolvia apenas dizer palavras doces e amáveis, mas também estar disposto a lutar contra qualquer inimigo que pudesse surgir, quaisquer que fossem os riscos.


Outra coisa importante de ressaltar é que os Cavalheiros não precisam tratar todo mundo como tratam as Mulheres! Com as mulheres, seus modos são gentis e amáveis, suas palavras são respeitosas, doces e controladas, e não há violência, mesmo quando precisa haver firmeza. Elas são mulheres, o sexo nobre, as princesas, e, com elas, eles devem ser os Príncipes. No entanto, nem todo mundo é mulher! Enquanto não há violência nem força na relação com as donzelas, quando se trata do mundo, dos inimigos, de outros homens que estão fazendo as coisas erradas, esses atributos tornam-se não apenas “utilizáveis”, mas necessários! Além de Príncipes, eles precisam também saber ser Guerreiros!


Confesso que, ao assistir filmes de guerras patrióticas, onde sempre existem aqueles guerreiros cheios de honra e valentia (esses filmes são os meus favoritos, além dos épicos em geral!!! =P), algumas vezes sinto-me tentada em querer ser o Guerreiro, e não a Princesa!! Hehehe... Talvez seja pela falta tão grande de homens que queiram assumir esse papel nos nossos dias. O fato é que vejo tanta grandeza de caráter, um senso de destino tão bem definido e objetivos de vida tão valorosos nestes homens, que, quase chego a desejar ser um homem também, para vestir a armadura, posicionar o escudo, montar o cavalo e desembainhar a espada rumo à luta, ao lado de outros cavalheiros cheios de honra! É certo que, algumas vezes, nós, mulheres, também precisamos ser guerreiras, em nossas lutas diárias pela verdadeira feminilidade, mas o papel oficial de Guerreiros é mesmo dos homens. Espero que eles não temam assumir essa renomada função.


Mulheres, nós precisamos reconhecer nossa culpa neste processo de “feminilinização” dos homens, e parar de cobrar que eles ajam, em tudo, como nós agimos. Da mesma forma que nós não devemos querer ser iguais a eles, eles também não devem ser iguais a nós. Que cada um desenvolva suas capacidades, vocações específicas e responsabilidades e, então, alcançaremos o equilíbrio que nossa sociedade perdeu.

 
Gentis, sim, sem sombra de dúvida. Mas não MULHERES, e sim HOMENS. Com Coragem, Força, Valentia, Determinação, Iniciativa, Liderança, Masculinidade, Honra. Verdadeiros Cavalheiros!

2 comentários:

Lobo Sagrado disse...

Tirando a parte do "querer ser homem", assino embaixo.

Já leu Ivanhoé? É muito bom, trata destes assuntos que você falou. A personagem Rebecca é uma mulher de grande virtude e coragem, para quem diz que as mulheres não tem destaque na literatura classica. Numa passagem, ela ameça se matar, pulando do alto de uma torre, caso o "vilão" se aproxime. Me diga, quantas mulheres hoje morreriam para preservar sua Honra?

Muito bom o teu blog, mas não sei em qual dos dois comentar. Depois me diz qual deles você usa mais ou é o "oficial".

Lobo Sagrado disse...

Você me perguntou do síbolo do meu blog. Eu tirei do filme Star Wars (do qual sou grande fã), que representa a Aliança Rebelde, grupo que enfrenta o Império Galático.

É uma analogia que faço entre a nossa luta contra o feminismo. Nós formamos uma aliança e enfrentamos o Império Feminazista. Neste contexto, nós é que somos os rebeldes, pois não aceitamos as coisas como estão e queremos resgatar antigos valores (república?). Resolvi usar este símbolo por gostar da analogia e deixou em todas as minhas comunidades para indicar que estão unidas sob um mesmo ideal. Alguns colegas aderiram ao síbolo em seus avatares. Além do simbolo, tem a sigla A.R.A - Aliança Rebelde Antifeminista.

Sobre o texto, pode publicar qualquer coisa que achar interessante no blog, peço apenas que deixe os créditos ao autor e um link para a página.

Vou colocar link pro seu blog. Depois me diz se usa os dois e se qur link para ambos. Faça o mesmo, se possível. Até mais.