sábado, 26 de junho de 2010

As regras do Namoro no Século 18

Este post é a transcrição de uma entrevista realizada com os atores do filme “Orgulho e Preconceito”, filme baseado no livro de Jane Austen, escrito na Inglaterra do século 18. O filme é meu referencial de filme no que diz respeito a bons valores para romance (só uma observação: o único filme que conheço que não tem beijo entre os mocinhos! xD), além de ser de excelente qualidade (diga-se de passagem: um de meus favoritos! rsrs).
A entrevista faz parte dos Bônus do DVD, com o título “As regras do Namoro”. Eu sou meio suspeita pra emitir qualquer posição a esse respeito, porque o simples fato de retratar a vida no século 18 já ganha quase todos os meus pontos (rsrs) – eu sou mesmo fascinada por aquela época, ou pelo menos por muitas coisas daquela época, uma delas é o relacionamento entre moças e rapazes.
Mas, além de conhecer e entender como isso acontecia há alguns séculos atrás, e fazer um paralelo com o que vivemos hoje, é interessante porque a entrevista expõe a opinião de pessoas que vivem na realidade atual, moderna, pessoas de diferentes idades e posições, que estudaram aquela realidade para poder reproduzi-la no filme. Isso é o que mais me chama atenção. Provavelmente não são cristãos, são somente pessoas comuns, mas que relatam a forma como ocorre o relacionamento entre homens e mulheres em nossa sociedade moderna, comparando-a com as enormes disparidades para com a sociedade de algumas gerações passadas.
É óbvio que não concordo com todas as “regras do namoro no século 18”, e o objetivo do post não é esse, mas apenas nos trazer à reflexão algumas dessas questões, como a pureza, o nível de contato físico que temos uns com os outros, o respeito dos homens pelas mulheres, a modéstia, entre outras coisas.
Para encerrar, peço que os rapazes sejam pacientes com as questões mais românticas (e, portanto, mais tipicamente femininas) dos comentários!! rsrs... e, para as mulheres não tão românticas assim, peço que levem em consideração que esta que vos escreve gostaria de ter vivido no século 18, então... rsrsrs...
Enfim, sem mais delongas, vale à pena conferir, rir, se derreter, ponderar e até mesmo discordar! Então, vamos à entrevista! ;P

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As regras do Namoro no Século 18


“No século 18, por haverem regras, eu diria que era uma época melhor para se conhecer um homem ou uma mulher.” (Paul Webster – Produtor)


“Hoje não há regras e não sabemos o que fazer quando nos conhecemos. Apertamos a mão? Beijamos o rosto? Damos dois beijinhos? Um tapinha nas costas? Ninguém sabe. Quebraram-se as regras. Como se faz agora? Não existem regras.” (Jane Gibson – Coreógrafa)


“O comportamento mais aceitável era você parecer que não queria um marido, embora quisesse. Mas sendo a natureza humana o que é, mulheres e homens tinham que encontrar um meio de se atraírem, de deixar o outro saber que aquilo era aceitável. E muito disso acontecia na pista de dança. Dançar era absolutamente fundamental para aquela sociedade, em termos de se encontrar um bom marido e uma boa esposa. Quando se ia a um baile, ou se houvesse dança no final de uma festa, você quase sempre estaria na presença de seus pais. Então se você pensar em como quer se comportar com seus pais olhando...” (Louise West – Casa de Jane Austen)


“Sempre existem códigos de conduta entre jovens que estão se cortejando. Achamos que nos livramos das prisões da etiqueta, mas isso não é verdade.” (Joe Wright – Diretor)


“Era muito definido, muito claro. E muito útil, eu acho, em retrospecto. Você se levanta quando uma mulher entra no recinto, e se inclina. Hoje achamos isso muito reprimido e formal demais, mas eu gosto disso. Acho que adiciona algo. Acho que na verdade é bastante libertador.” (Matthew Macfadyen – Mr. Darcy)


“O fato de ser difícil falar com alguém por quem estamos apaixonados é bastante realçado na etiqueta da época da Austen, em que não era permitido que se falasse a sós, a não ser quando dançavam. Era o único momento em que ficavam sós, portanto poder usar as danças desse jeito foi um ótimo modo de criar conflitos entre os personagens.” (Joe Wright – Diretor)


“Homens e mulheres podiam ficar juntos sem uma aia e podiam conversar.” (Jane Gibson – Coreógrafa)


“É por isso que a idéia dos bailes era tão empolgante para elas. Pois você podia dançar com o filho do açougueiro, alguém que, num dia normal, você nunca poderia chegar perto e conversar.” (Jena Malone – Lydia Bennet)


“Se você só pode ter contato físico durante a dança, então dançar com alguém é eletrizante. E isso naquela estrutura formal. Especialmente a dança em si. Interpretar os pequenos momentos entre duas pessoas naquela estrutura formal.” (Matthew Macfadyen – Mr. Darcy)


“Eles não se tocam. Mulheres não apertam as mãos do homens. Portanto a primeira vez que Darcy toca Elizabeth é quando ele a ajuda a entrar na carruagem. Que é um momento lindo mesmo. Por ser o primeiro toque de pele na pele. Acho que hoje sequer pensamos nisso. Aperto as mãos das pessoas, beijo no rosto, tudo isso. É interessante pensar que se você não tem aquela natureza tátil, como um toque pode ser importante.” (Keira Knightley – Elizabeth Bennet)


"Ao invés de chegar para alguém e dizer: “Sinto atração por você”. “Aqui está meu telefone”."  (Matthew Macfadyen – Mr. Darcy)

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15 comentários:

Aline Ramos disse...

hahahaha.. pessoal, perdão pelo post estar "mais romântico do que o convencional" desta vez!!! rsrsrs... é que eu não resisto a esse filme!! hehehe... Para quem curte romances e ainda não assistiu, não perca a oportunidade! Esse vale à pena mesmo! xD (Tá bom, eu sou suspeita! rs)...

O itálico e o negrito do comentário da Keira não é necessariamente porque sou contra qualquer tipo de contato físico entre pessoas do sexo oposto, mas por 2 outros motivos:

1) Essa cena realmente é linda demais! Uma das mais emocionantes do filme (ao lado da 1ª declaração do Mr Darcy à Lizzie e do tão esperado "Sim" da Lizzie!! rsrs xD)...

2) Acho muito bonito o sentido e a importância que coisas tão simples, como um simples toque de mãos, um contato pele a pele, podem ter quando eles não são demasiadamente explorados ou banalizados. E, infelizmente, vejo que perdemos um pouco isso na nossa sociedade "moderna", onde todo e qualquer tipo de contato físico entre moças e rapazes é tão aceitável e normal que até mesmo os "beijos" perderam sua importância ou impacto - tão banalizados eles estão. Algo a se pensar...

No mais, assistam o filme!! rsrs ^^

Agata Larsen disse...

Aii amiga o teu blog está com um look tão fashion!! Gostei imendo parabens pelo novo look!! xD

Amada, obrigada por compartilhares este artigo. Que bom ler mais sobre o assunto! Cada dia que passa mais fico convencida de que realmente a côrte é o melhor tipo de relacionamento entre duas pessoas do sexo oposto!! Os relacionamentos estão tão banalizados que nem valorizamos as pequenas coisas!! Como mulheres por vezes somos tão precipitadas, quando deveria ser o homem a aproximar-se e a cortejar a moça!! Amiga, que bom que estamos juntas nessa!! As vezes fico a pensar que estou a ficar louca ahahah mas é desta loucura que preciso para viver! Já não sei ser a mesma pessoa de a alguns meses atrás.

Lindo posto!! \o/

Agata Larsen disse...

Ah já agora esse filme que mencionaste é muito bom: Orgulho e preconceito. Recomendo-te o 2Razão e Sensibilidade" e "Emma". São do mesmo estilo!!! Lindossssssssssssss ^^ porque é que o coração da mulher empolga-se com tão pouco??? ahahah (talvez nem seja pouco kkk) bjs.

Aline Ramos disse...

Owww amigaa.. pq será que esse nosso coração é tão bobo mesmo hein??? hahahahaha... mas, então, sem dúvida estamos juntas nessa!!! :D Também não posso mais imaginar minha vida como era antes... Graças ao Senhor porque "as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo" em nossas vidas! Aleluia! Nosso Senhor é tão maravilhoso e gracioso conosco!!

Já assisti o Razão e Sensibilidade! Emma ainda não consegui! =( Mas vou procurar!! xD rsrs...

Ahhh.. e que bom que você gostou do novo look! x) O Mulheres Virtuosas tava merecendo uma nova roupagem né?? rsrs

Beijos, meu bem!!! (AHh.. ontem estava falando com uma amiga de São Paulo no telefone e ela comentou teu blog!!! xD Disse que admira muito teu blog - como um referencial mesmo!! Owwnnn.. achei tão lindo!!! :D)

Que Deus continue a guiar sua vida em discernimento e sabedoria! ;)

bruna karina disse...

esse é meu filme preferido, e meu livro também, sem contar a autora, a genial Jane Austen, fico encantada todas as vezes que assisto filme,por isso meu tcc, será analise comparativa entre lizzie bennet( orgulho e praconceito e aurelia camargo( senhora, josé de alencar)elas me encantam por que são mulheres decididas, encatadoras que fogem a regra, sem falar no Sr. Darcy,(kkk) os homens precisam aprender com ele como conquistar uma mulher ou reconquistar, alias precisam retornar ao romantismo de outrora que infelismente não existe mais, ( eu acho), felizmente jane austen escreveu o que nó mulhres queríamos ler um romance simple e puro, bjos

Anônimo disse...

Oláaa, amei seu post
tive o atrevimento de colocar o post em meu blog:
http://worshiperofchrist.blogspot.com
Com os devidos créditos á você e a este maravilhoso blog, que olha...ameeeeeeiiii!!!
Parabéns!!!

Aline Ramos disse...

Owww, valeu, Marinaa!! ^^

Deus abençoe, linda!! ;]

Anônimo disse...

Gostei mt do seu blog, principalmente pq vi em vc uma pessoa cristã. Concordo contigo em todos os seus comentários acerca do filme (que aliás, eu passei a tê-lo como um dos melhores que já vi)e como vc, eu tbm gostaria de ter vivido nessa época... Parabéns pelo seu blog! Deus a abençõe muitíssimo!

Isabella disse...

Meninas, fiquei completamente apaixonada pelo filme... eu sempre digo que deveria ter nascido no século 18..... eu queria ter vivido um romance assim.... embora meu marido teve que me cortejar bastante antes de começarmos a namorar e a dar o 1° beijo, nem se compara com o romance que era vivido na época! eu estava procurando isso mesmo, detalhes sobre o namoro e o cortejo da época.... não tinha prestado atenção nesse detalhe da mão e olha que assisti 3 x o filme ...kkkkk realmente o amor que ele demonstra é lindo, capaz de se preocupar com tod a família dela, naquele lance: seus problemas são meus problemas.... "fiz tudo isso por vc" meu Deus, é o homem cristão ideal!!!! Todo homem cristão deveria entender esse cortejo eenteder que ele vederia ter esse apreço e respeito pela mulher.... assim como as mulheres cristãs tb deveriam se comportar usando roupas descentes com atitudes descentes..... se tiver mais matérias sobre isso, gostaria de ver! bjos

Allan Kardec disse...

Entender o momento do encontro como algo emocionante é algo fascinante, tendo em vista que o filme reflete muito bem essa temática. A visão de Keira em seu comentário é maravilhoso, pois, nos leva a compreender o quanto coisas simples podem ser prazerosas: um toque, um sorriso, um olhar... Parabéns a matéria, ficou ótima e sou uma admiradora de Jane Austen.

Lucelya disse...

Veja tbm Persuaçao, é de Jane Austen tbm, mto bom, super recomendo!

@SOLL disse...

Amei asse filme, assisti hoje...

@SOLL disse...

Amei asse filme, assisti hoje...

@SOLL disse...

Vou ver Lucelya...

Unknown disse...

Namorada era chamada de amiga no século 18 é isso?