quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Papo de Garota Cristã!!!



Ahhhh!! Amei esse vídeo!! [Bom, estou na fase dos vídeos, vocês devem estar notando, né? rs.] E, através dele, conheci um blog incrível e super edificante, um exemplo de dedicação e chamado de Deus a todos nós: Papo de Garota Cristã . Não deixem de visitar, vale à pena! ;]

Sobre o vídeo, poxa, ele fala tanto! Não é fácil ser uma "Garota Cristã". Na verdade, não é fácil ser CRISTÃO, né? Essa sensação de "alienígena" no meio deste mundo... Ainda que eu ame as palavras de I Coríntios 1:27 {"Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias"}, o fato é que não é fácil ser essa "coisa louca" (sim, me identifico muito com a definição! rs). Não acho ruim! Pra falar a verdade nunca gostei muito de "coisas comuns", sempre tive algo meio "fora da realidade". Mas isso não torna estar "fora da realidade" algo simples todo tempo.

Eu simplesmente não poderia, não saberia fazer outra coisa de minha vida senão seguir a Cristo. Sinto-me como Pedro, quando inquirido por Jesus sobre abandonar o caminho como os outros estavam fazendo: "A quem iremos, Senhor? Só tu tens as palavras de vida eterna" (João 6:68). Ainda que eu quisesse voltar atrás, ainda que esta ideia um dia passasse pela minha mente, eu simplesmente não poderia. Não posso ver outro caminho para minha vida.

No entanto, estar no caminho estreito, neste caminho "louco", às vezes é tão confuso. São tantas coisas, tantas vozes querendo mostrar que direção seguir, tantos propósitos grandiosos demais a cumprir, uma obra tão grande a fazer... e eu me sinto tão pequena! A cada dia tenho que olhar para minha pequenez, minha insignificância e compreender que tudo isso é tão grande PARA MIM...

Eu me sinto como uma criança, tentando compreender um "papo filosófico", com aquela cara de "Ãh? O que vocês estão falando mesmo?". rs. Já andei por tantos lugares em busca da Verdade (a Verdade de Cristo, e não outra!), e tantos deles me conduziram ao erro. Já ouvi tantas coisas sobre o que se deve ou não fazer... e, então, compreendi que estou experimentando esse processo de "amadurecer". E isso é meio duro, viu! Mas também é muito bom!

Hoje estou nos 23 anos e, ao olhar pra trás, posso ver quanto de mim já ficou na estrada - e quantas coisas foram renovadas! Como tive de reaprender a ver a vida, a mim mesma, a Deus, aos sonhos e a tudo... Ultimamente tenho pensado muito naquele trecho de música que diz assim: "Ando devagar porque já tive pressa...". É mais ou menos isso. E crescer não é fácil. Pegar aquelas suas "verdades" antigas e infantis e ter de substituí-las por "verdades mais Verdadeiras", neste processo que é o conhecimento da Verdade inteira que Cristo veio nos ensinar...

Acho que o problema é que achamos que aprenderemos tudo de uma vez, e as coisas não são assim. Ao aproximar-se o Seu fim, Jesus disse aos Seus discípulos: "Ainda tenho muitas coisas para lhes dizer; mas vocês não poderiam suportar isso agora" (João 16:12). Mas nós somos apressados e achamos que a sabedoria e o entendimento das verdades de Cristo devem ser instantâneos. E talvez tenhamos sido ensinados assim, e o não alcançar esta "totalidade instantânea" nos faz sentir culpados e "menos filhos de Deus". Contudo, somos apenas seres humanos, que precisam ser lapidados, dia após dia, pelo Senhor, e ensinados a andar em Seus caminhos, ensinados a compreender o real significado de sua nova natureza e como vivê-la plenamente...

Acho que já deixei de falar sobre o conteúdo do vídeo há algum tempo (rsrs), mas ao ver o vídeo, falando sobre nosso propósito maior - que é a vida de Deus em nós, ao descobrir o "Papo de Garota Cristã" e ler algumas coisas que as meninas escrevem lá, parei e refleti sobre mim e, então, resolvi falar um pouquinho sobre mim também, e como tem sido esta caminhada por aqui. Nem sempre tão fácil. Nem sempre tão simples. Às vezes confusa por achar que já deveria saber tudo, enquanto sinto que sei tão pouco...

Mas uma caminhada na qual, passo a passo, tenho descoberto a Bondade Infinita de Deus, a "complexidade simples" (sim! este é meu paradoxo! rs) da fé que somos chamados a viver, e a vontade de continuar caminhando, lutando este Bom Combate, certa de que posso descansar, pois o Meu Salvador Vive e Reina, e que nada foge do Seu controle!

Eis, então, esta andarilha um pouco confusa em meio à imensidão que é esta busca pela Verdade, mas cheia de esperança, expectativas e confiança na BONDADE incompreensível deste Deus, que resolveu fazer-se seu PAI.

Sempre nEle...

Me...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mais dEle... (More of Him - Eric e Leslie Ludy)




More of Him                                                  Mais dEle
*by Eric and Leslie Ludy                             * Eric e Leslie Ludy

I stand before you now                                    Eu estou diante de você agora
With a sacred vow                                          Com um voto sagrado
To love you for a lifetime                                Para te amar por toda a vida
To give you all my heart                                 Para lhe dar todo o meu coração

But there's One who's there                            Mas há Alguém que está lá
Where my love will fail                                    Onde meu amor irá falhar
And He is all that I'm not                                 E Ele é tudo que eu não sou

So now I must decrease                                  Então, agora eu devo diminuir
Usher His full glory in                                      Lhe conduzir à Sua completa glória
May there be less of me                                 Que haja menos de mim
And more of Him                                            E mais dEle

CHORUS                                                      REFRÃO

When you see me                                          Quando você me vê
May you see reflections                                 Que você veja reflexos
Of One who's perfection won't end                 Daquele que é a perfeição sem fim

When you hold me                                         Quando você me abraça
May you feel the touch of                               Que você possa sentir o toque
The One who loves much more                     Daquele que ama muito mais
Than I can comprehend                                 Do que eu posso compreender

When you fall more in love with me                Quando você se apaixonar mais por mim
May you fall more in love with Him                 Que você se apaixone mais por Ele

As the years go by                                          À medida que os anos passarem
May I always try                                             Que eu possa sempre tentar
To draw you closer                                         Atraí-lo para mais perto
To your one true destiny                                 Do seu verdadeiro destino

My love for you is great                                  Meu amor por você é grande
But it's just a taste                                           Mas é apenas uma amostra
Of what's waiting in eternity                            Do que está esperando na eternidade

So now I must decrease                                 Então, agora eu devo diminuir
Usher His full glory in                                     Lhe conduzir à Sua completa glória
May there be less of me                                Que haja menos de mim
And more of Him                                            E mais dEle...


*NO COPYRIGHT INFRINGEMENT INTENDED

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Como um jovem pode se manter puro? (C.H.Spurgeon)



De que maneira poderá o jovem guardar puro seu caminho? Observando-o segundo tua palavra.(Sl 119.9)

De que maneira poderá o jovem guardar puro seu cami­nho? Como poderá ele tornar-se e manter-se santo na prática? Ele não passa de um jovem, cheio de quentes paixões e carente de conhecimento e experiência; como poderá conquistar o certo e conservar o certo? Nunca houve uma pergunta mais importante para qualquer pessoa; nunca haverá um tempo mais oportuno para fazê-la do que no início da vida. Não é uma tarefa de forma algu­ma fácil para um jovem ver-se no espelho da realidade. Deseja escolher um caminho limpo, sendo ele mesmo limpo, ver seu ca­minho isento de qualquer imundície que porventura surja no futu­ro e encerrar mostrando um curso límpido desde o primeiro passo até o último. Mas, ai de mim!, dirá ele, meu caminho já é impuro pelo pecado atual que já cometi, e eu mesmo possuo em minha própria natureza a tendência para aquilo que contamina. Mas essa é uma questão muito difícil; primeiro, de começar certo; em se­guida, de ser sempre capaz de saber escolher o certo e de prosse­guir agindo certo até que a perfeição seja por fim alcançada - se isso é difícil para qualquer pessoa, como um jovem poderá conse­gui-lo? O caminho, ou a vida, de uma pessoa tem que ser purifica­da dos pecados de sua juventude atrás de si, e mantida pura dos pecados que surgirão diante de si: eis a obra; eis a dificuldade.

Nenhuma ambição mais nobre que esta poderá um jovem de­parar diante de si, nenhuma para a qual é ele chamado a assegurar uma vocação; porém nenhuma em que encontrará maiores difi­culdades. Entretanto, que ele jamais se esquive do glorioso empre­endimento de viver uma vida pura e graciosa; ao contrário, que ele descubra no caminho todos os obstáculos que precisam ser venci­dos. Tampouco pense ele que já conhece a estrada para uma vitó­ria fácil, nem sonhe que pode guardar-se por sua própria sabedo­ria. Fará bem seguindo o exemplo do salmista, tornando-se um solícito inquiridor, perguntando como poderá purificar seu cami­nho. Que se torne um discípulo prático do santo Deus, o único que pode ensiná-lo como vencer o mundo, a carne e o diabo, esta tríade de conspurcadores por meio da qual a vida promissora de muitos se torna conspurcada. Ele é jovem e inexperiente na estra­da, por isso não se acanhe de freqüentemente inquirir sobre o ca­minho de alguém que está pronto e habilitado para instruí-lo no mesmo.

Nosso caminho é um tema que nos preocupa profundamente, e é muitíssimo preferível inquirir sobre ele do que especular acerca de temas misteriosos que antes fascina do que ilumina a mente. Dentre todas as perguntas que um jovem faz, e são muitas, que esta seja a primeira e principal: "De que maneira poderei guardar puro meu caminho?" Esta é uma pergunta sugerida pelo senso comum e acossada pelas ocorrências diárias; mas não deve ser respondida pela razão desamparada; nem, quando respondida, as diretrizes podem ser confirmadas pelo poder humano impotente. Nossa tarefa é formular a pergunta; a Deus cabe fornecer-nos a resposta e capacitar-nos para torná-la concreta.

Observando-o segundo tua palavra. Querido jovem, que a Bíblia seja seu mapa, e que você exerça grande vigilância para que seu caminho se amolde a suas diretrizes. Você deve cuidar para que sua vida diária seja pautada pelo estudo de sua Bíblia, e deve estudá-la para que aprenda a precaver-se em sua vida diária. Com o máximo cuidado, uma pessoa ainda poderá extraviar-se, caso seu mapa a conduza equivocadamente; porém, com um bom mapa, ela ainda poderá perder sua estrada, caso esteja desatenta. O ca­minho estreito jamais poderá ser achado por acaso, tampouco uma pessoa descuidosa jamais viverá uma vida santa. Podemos pecar sem refletir; o que temos a fazer é apenas negligenciar a grande salvação e arruinar nossa alma. Obedecer, porém, ao Senhor e andar retamente carece de todo nosso coração, alma e mente. Que os displicentes recordem isso.

Não obstante, a palavra é absolutamente necessária; pois, caso contrário, a prudência se transformará em mórbida ansiedade e a escrupulosidade poderá transformar-se em superstição. Um capi­tão poderá vigiar de seu tombadilho a noite inteira; mas se nada conhecer da região costeira e não tiver a bordo nenhum piloto apto, com toda sua prudência poderá apressar-se para o naufrá­gio. Não basta querer ser certo; pois a ignorância pode levar-nos a pensar que estamos fazendo o serviço de Deus, quando, na verda­de, o estamos provocando; e o fato de nossa ignorância não rever­terá o caráter de nossa ação, por mais que ela mitigue seu poder criminoso. Se uma pessoa demarcar cuidadosamente o que crê ser uma dose de medicamento útil, ela morrerá se vier a perceber que lançou mão de um frasco errado e que serviu-se de um vene­no mortífero; o fato de fazer isso ignorantemente não alterará o resultado. Ainda assim, um jovem poderá cercar-se de dez mil males ao valer-se cuidadosamente de um critério imponderado e recusar o recebimento da instrução da Palavra de Deus. Ignorância inten­cional por si só eqüivale a pecado intencional, e o mal advindo daí é injustificado. Que cada pessoa, seja jovem ou idosa, que anseia ser santa, então mantenha em seu coração uma santa vigilância, e mantenha sua santa Bíblia aberta bem diante de seus olhos. Aí ela encontrará assinalada cada curva da estrada, cada lamaçal, cada atoleiro indicado, com a via de chegada desimpedida; e aí, tam­bém, achará luz para suas trevas, conforto para sua exaustão e companhia para sua solidão, de modo que, com seu auxílio, alcan­çará a bênção do primeiro versículo do Salmo, a qual inspirou a solicitação do salmista e despertou seus anseios.

Note a posição que a primeira seção de oitos versículos man­tém para com seu primeiro versículo: "Bem-aventurados os irre­preensíveis em seu caminho", e a segunda seção corre paralela a ele, com a pergunta: "De que maneira poderá o jovem guardar puro seu caminho?" A bem-aventurança que é posta diante de nossos olhos numa promessa condicional deve ser buscada de for­ma prática na forma designada. Diz o Senhor: "Por isso eu serei buscado pela casa de Israel para agir por eles."

Quanto mais depressa nos valemos de uma promessa de Deus, melhor; especialmente quando no raiar do dia nos nutrimos de ânimo, pois disse a Sabedoria: "Aqueles que no alvorecer me bus­cam, encontrar-me-ão." E lamentável que por um ano, ou mesmo um dia ou uma hora, percamos a bem-aventurança que pertence à santidade.



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O tempo das coisas...



Ana Jácomo


Poderíamos, com mais frequência, tentar deixar a vida em paz para desembrulhar suas flores no tempo dela, no tempo delas, e, em alguns momentos, nem desembrulhar. Apesar da nossa cuidadosa aposta nas sementes, algumas simplesmente não vingam e isso não significa que a vida, por algum motivo, está se vingando de nós. Há muito mais jardim para ser desembrulhado.

Poderíamos, mais vezes, tentar respeitar os dias e as noites das coisas, os sóis e as luas de cada uma, os amanheceres, os entardeceres, as madrugadas, a sabedoria reparadora e tecelã dos intervalos, as estações todas com seus jeitos todos de dizer. Percebermos, mais vezes, a partir da nossa própria experiência humana, que tudo o que vive, queira ou não, está submetido à inteligência natural e engenhosa das fases. Dos ciclos. Da permanente impermanência. Da mudança.

Poderíamos, amiúde, tentar desviar nossa atenção do relógio perigoso da expectativa, geralmente adiantado demais. Aquele tal cuja velocidade transtornada dos ponteiros costuma apontar para o tamanho e a urgência das nossas carências. Para a necessidade de preenchimento imediato e contínuo do que chamamos de vazio, às vezes porque é, às vezes por falta de palavra melhor. Aquele tal relógio que geralmente só antecipa frustração e atrasa sossego. Aquele tal que costuma só fomentar dificuldades e alimentar fomes.

Mas, não. A crisálida ainda está se acostumando com a ideia de ser borboleta e já queremos que voe. A flor ainda é botão e, em vez de apreciá-la como botão, ficamos apressados para vê-la desabrochada. O fruto ainda precisa amadurecer, mas o arrancamos, verde, do pé, por mera ansiedade. Ainda é a vez do tempo estar vestido de noite, mas queremos que se troque rapidinho para vestir-se de manhã.

Nossa impaciência, nossa pressa àvida pelo resultado das coisas do jeito que queremos, no tempo que queremos, geralmente altera o sábio fluxo do tempo da vida e o desdobramento costuma não ser lá muito agradável. Não é raro, nós o atribuímos à má sorte, ao carma, ao mau-olhado. Não é raro, culpamos Deus, os outros, os astros, os antepassados. Não é raro, é claro, nós ainda nos achamos cobertos de razão.

É fácil lidar com isso? Não é não. Nem um pouco. Esse é um dos capítulos mais difíceis do livro-texto e do caderno de exercícios: o aprendizado do respeito ao sábio tempo das coisas.

 
[Deste (incrível) site que descreve e desperta a vida que há em nós... Um site para nossos corações femininos. Não deixem de visitar: http://www.anajacomo.blogspot.com/ ]
 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Someday...

“O período da espera é de uma beleza ímpar. O mistério do que virá, a expectativa do que Deus está fazendo, e a certeza de que Ele está fazendo algo. A construção de sonhos que amadurecem com o tempo e tornam-se mais tranquilos, límpidos e belos. Aquele tempo em que aprendemos o que devemos ser, somos moldados e aperfeiçoados, e imaginamos o quanto Deus está fazendo naquela pessoa ainda desconhecida que um dia iremos encontrar. Não que seja fácil ou sempre simples. Como seria bom se fosse! Se não fosse nosso coração apressado e ansioso por, finalmente, desvendar tudo o que está por vir... Mas, mesmo nesta ansiedade, crescemos. Aprendemos a arte da paciência, da humildade e autonegação, da confiança em Deus – mesmo em Seus nãos. Vivemos o paradoxo que é regozijar-nos em um “não”, pois os “Nãos” de Deus trazem consigo “Sims” maravilhosamente melhores. E esperar pelos “sims” é mais do que belo, é uma honra, dádiva de Deus...”
ALGUM DIA (LARUE)

Eu não sei se você está perto ou distante
Mas eu sei que estou pensando em você hoje
Eu não sei se ao menos sei seu nome
Mas eu sei que eu estou orando por você do mesmo jeito

Algum dia iremos nos apaixonar
Você será meu eu serei sua
Nossos corações serão um
E nosso amor sempre irá resistir

Então eu precisarei de você, e eu irei te querer
E eu irei encontrá-lo algum dia
Então eu te amarei, e então te defenderei
E eu estarei contigo sempre

Nosso amor será tão forte e puro
Você me fará sentir como eu nunca me senti antes
Você será perfeito apenas para mim
Você irá fazer esses olhos começarem a ver

Algum dia iremos nos apaixonar
Você será meu eu serei sua
Nossos corações serão um
E nosso amor sempre irá resistir

Então eu precisarei de você, e eu irei te querer
E eu irei encontrá-lo algum dia
Então eu te amarei, e então te defenderei
E eu estarei contigo sempre

Sua fé pelo Senhor será forte
Embora eu saiba que a espera é longa
E embora eu seja jovem, eu ainda acredito
Que você está lá fora orando por mim

Então eu precisarei de você, e eu irei te querer
E eu irei encontrá-lo algum dia
Então eu te amarei, e então te defenderei
E eu estarei contigo sempre..."


[Cause this kind of love worth waiting for...]

(*Agradecimentos especiais à minha querida irmã e amiga em Cristo, Kesley, que me enviou essa música linda! Deus te abençoe, linda!! ^^)


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O que a Bíblia diz sobre Namoro? (Pr. Clodoaldo Machado) - Parte 2


Transcrição da Palestra "O que a Bíblia diz sobre Namoro", proferida pelo Pastor Clodoaldo Machado, na 6ª Conferência de Jovens da Editora Fiel, no ano de 2008.

*Algumas modificações feitas por mim para facilitar a leitura.


"Namoro não é divertimento! Namoro tem que conduzir a um propósito. O princípio tem que ser altruísta, e não pensando no bem-estar pessoal. Se for egoísmo, então é PECADO! Veja, pode não ter sexo, pode ser “santo” (entre aspas), namoro “direitinho”... Mas se a motivação é egoísta É PECADO! Porque estará sendo usado o corpo da outra pessoa pra ter prazer! Não tô falando de sexo. Tô falando de beijo, abraço, aperto de mão... Quando você abraça uma pessoa não te dá prazer? “Não, é ruim, pastor! Eu faço porque ela gosta!”. Quando você beija não te dá prazer? “Não, pastor, é horrível! Ô, negócio chato! Mas ela gosta, e como eu só penso nela (ou nele!)... Eu o amo! Eu a amo! Então eu faço isso por ELA, não tô pensando em mim de maneira nenhuma!...”.

Sejamos honestos: namoro dá prazer! Beijos, abraços agonizam... porque eles querem conduzir à relação sexual! E aí você fica naquela luta! Agonia, como nós passamos na época do nosso namoro! É uma agonia o namoro... Se você não conseguir visualizar o casamento, quando ele vai acontecer, é um sofrimento, porque o namoro fica um “namoro casas bahia”: a perder de vista... “Eu não sei quando vai acontecer o casamento, mas nós estamos namorando!”. Pessoal, intimidade é assim: começa e vai indo, e vai indo... Aí o casal fala assim: “Acho que nós tamo avançando, nós precisamos parar, porque acho que nós estamos avançando e o negócio tá ficando complicado!”. Pessoal, não dá pra voltar! Quando a intimidade foi se aproximando, não consegue voltar mais! Ela só aumenta, aumenta, aumenta... até que chega no ponto. “Ah, eu consegui!”. Talvez, um ou outro consiga, mas só tem duas opções. Aliás, três – vou ser misericordioso e vou dar mais uma: ou interrompe, ou cai, ou casa. Ou interrompe esse namoro, porque intimidade não tem retrocesso, ela vai aumentando, aumentando, aumentando...

Então, é preciso saber qual é a motivação. Qual é o meu propósito para com essa moça? PAIS, perguntem pros namorados de suas filhas quais são as intenções deles com elas!!! Essa é uma pergunta que não pode faltar, não sei porque caiu em desuso. Quais são as intenções? O que você quer?

Um namoro usa o nosso corpo! Nosso corpo possui impulsos, reações e necessidades. O namoro USA o corpo. O toque físico estimula os sentimentos do coração que querem conduzir à relação sexual! E aí fica difícil controlar isso. Por isso é que Deus, pra resolver esse problema, criou o casamento! E a quem pertence o nosso corpo? É Santuário do Espírito Santo! Irmãos, quando a Bíblia diz que o nosso corpo é santuário do Espírito Santo, ela está falando da nossa relação sexual! [...] O apóstolo Paulo está dizendo que o nosso corpo é santuário do Espírito Santo quando ele está falando de união com o sexo oposto. Pertence a DEUS, não pertence a mim! O corpo do crente deve ser usado para a GLÓRIA DE DEUS! O crente foi comprado na cruz. Tá tudo isso escrito em I Coríntios, capítulo 6. O teu corpo não é teu! Você sabe por quê? Se você é salvo, lavado e remido no sangue de Cristo, o TEU CORPO pertence a ELE! Não é teu mais! O apóstolo Paulo, quando iniciava as suas cartas, disse: “Paulo, servo de Cristo Jesus”. E a palavra Servo é tão profunda, que ela significa “eu não sou meu! Nada é meu! Tudo é de Cristo!”. O teu corpo não é seu!

Quando ele fala do corpo, o que ele tinha em mente? Relação sexual? Corpo todo ou “alguma parte específica”? Refere-se à totalidade física, com todas as suas necessidades, estímulos e reações. Um crente tem o direito de entregar o seu corpo pra outra pessoa? Eu não tô falando de SEXO!!! Tô falando da sua totalidade do corpo! Ele tem direito de fazer isso? Não é dele!

Como Deus resolveu, então, a questão? Deus nos fez com necessidades, irmãos! Necessidades físicas, e uma delas é sexual! Deus nos fez assim! Então, como Deus resolveu esse problema? Ele resolveu através do CASAMENTO! Compromisso é a solução! Paulo reconhece, no capítulo 7 de I Coríntios que o sexo é uma necessidade nossa. Ninguém tá negando que é uma necessidade. É uma necessidade! Mas a satisfação, o suprimento dessa necessidade é que é o problema. Então, nós precisamos ter uma visão sobre Deus e sobre a SUA vontade. Deus resolveu o problema com o CASAMENTO! Deus nos criou com necessidades, estímulos e supriu-nos através do casamento. Necessidades reais, suprimento SANTO – que se chama casamento.

A vontade de Deus para o nosso corpo, em Tessalonicenses, capítulo 4, versículos 3 a 7: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição, impulsos carnais e que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo, em santificação e honra, não com desejo de lascívia, não querendo usar o outro para ter prazer, como os gentios que não conhecem a Deus, e que nesta matéria ninguém ofenda nem defraude o seu irmãos”. Irmãos, se eu tô usando o corpo de alguém e não tô comprometido com ela, seja que tipo de uso for, não precisa nem ser a relação sexual consumada, se eu estou usando só pra meu prazer, eu a estou defraudando! É isso que esse texto diz.

E continua dizendo: “porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente ao vingador, porquanto Deus não vos chamou para impureza, e sim para a santificação”. O que a Bíblia diz sobre namoro? A Bíblia é contra ou é a favor? Essa não é a pergunta. É “Por que você quer namorar?”. Você tem condições de se casar? Você tem condições de se comprometer com essa pessoa pra que você possa usar o corpo dela? Porque, no dia do casamento, você vai ganhar presentes. Mas o maior presente que um casal ganha, no casamento, é a união sexual. E esse presente quem dá é Deus. Ele pega o seu corpo, que pertence a Ele, e diz: Agora, você entrega o seu corpo pra essa pessoa porque Eu quero. E Ele pega o corpo da moça, que não pertence a ela, pertence a Ele, e diz: Agora, você entrega o seu corpo pra esse rapaz, porque Eu quero. EU quero que vocês desfrutem deste presente que Eu estou lhes dando, que é a intimidade sexual! Por isso é que Adão, quando olhou para Eva – e Deus estava entregando o corpo de Eva pra ele – ele disse: esta, afinal, é osso dos meus ossos, carne da minha carne, se chamará varoa, porquanto do varão foi tomada. E os dois se tornaram UMA só carne! E não se envergonhavam. Era uma intimidade harmoniosa e perfeita, porque estava de acordo com o plano de Deus. Foi reservada para o Casamento!

A vontade de Deus é que um jovem e uma jovem cheguem ao casamento sem nunca terem experimentado QUALQUER tipo de intimidade com outra pessoa. Cheguem PUROS. Que prazer é pra uma moça o dia que ela chegar no casamento e dizer praquele rapaz: “Eu nunca tive intimidade com ninguém! O meu corpo está totalmente preservado pra você.”. Eu não tô falando de virgindade! Tô falando de CORPO preservado. E o rapaz: “Eu nunca experimentei mulher alguma! Nunca. Eu estou totalmente preservado pra você!”. Esta é a vontade de Deus! "

 
 
*Não deixem de ler a Primeira Parte deste texto.
 

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O que a Bíblia diz sobre Namoro? (Pr. Clodoaldo Machado) - Parte 1

Pessoal, queria indicar fortemente que todos leiam esse texto. Solteiros, pessoas que estão namorando, pensando em namorar, até mesmo os PAIS de jovens e adolescentes. É mais uma transcrição de uma palestra proferida pelo Pastor Clodoaldo Machado, na 6ª Conferência de Jovens da Editora Fiel, em 2008. O Pr. Clodoaldo Machado é pastor da Igreja Batista Parque Industrial, em São José dos Campos, São Paulo.

As palavras do pastor Clodoaldo estão entre as mais realistas e necessárias de serem ouvidas (ou lidas) que eu já encontrei sobre a visão cristã do namoro até aqui. Tantos quantos puderem, não deixem de ler!

Não transcrevi toda a palestra, pois é muito grande. Tomei apenas os aspectos que abordam diretamente o namoro e que falam principalmente de questões práticas. Porém, o áudio completo pode ser baixado em: Áudio - O que a Bíbliz diz sobre o Namoro ; e o vídeo pode ser assistido em Vídeo - O que a Bíblia diz sobre o Namoro.

Dividirei a transcrição em 2 partes, para não ficar muito extenso. Não deixem de ler toda ela.

Que a graça de Deus nos dê convicções estabelecidas nEle, em Seus padrões, em Sua verdade bíblica, em Sua santidade, e nos dê forças para viver essas convicções quando chegar o tempo!

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O que a Bíblia diz sobre Namoro - Parte 1

“Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e Ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1: 13-15)


“O pecado surge na cobiça: forte desejo carnal ou do coração. Ele é um desejo atraente e sedutor. Ele não é ruim, do ponto de vista carnal. A Bíblia vai dizer que “atrair”, no grego, significa literalmente “arrastado” – me seduz de tal forma que eu fico entregue a ele, eu não tenho forças contra ele. Esse é o pecado, e ele é muito atraente. “Ele seduz”, no grego, significa, literalmente, ser “engodado” por alguém; o pecado engoda, em outras palavras, ele engana, ele seduz manhosamente, ele convence de que aquilo é bom. Por isso que as pessoas (dizem): “Mas isso é bom pra mim! Eu quero isso pra mim! Eu não vejo que mal há nisso!”, mas isso é efeito do pecado, muitas vezes. O pecado sai do coração e vai para a ação...

Então, o pecado não é uma questão de comportamento. Pecado é uma questão de essência. Pecado é uma questão daquilo que se processa no meu coração. Então, o pecado é muito mais frequente do que nós imaginamos. Davi escreveu: “pois eu conheço as minhas transgressões, o meu pecado está sempre diante de mim”. Não é uma questão comportamental, apenas. O apóstolo Paulo foi citado ontem a noite: “Porque eu sei que em minha carne não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim, não porém o efetuá-lo”. O entendimento de que o pecado é uma questão apenas comportamental tem permitido muitas atitudes erradas. Lembra o que eu falei ontem do “Partidão”? “Esse camarada é um Partidão!... só falta ser crente”. Porque as pessoas olham a questão do comportamento apenas. Se uma pessoa tem um caráter moral intocável, a gente diz que ela é “quase um crente”. [...]

Hebreus vai dizer que nossa maior luta é contra o pecado, porque ele se processa no nosso coração: “Ora, na vossa luta contra o pecado ainda não tendes resistido até o sangue, estás esquecido do Senhor Jesus Cristo, estás discorrido da disciplina que o Senhor opera em vós”. Então, o pecado não deve ser analisado a partir do comportamento, mas ele deve ser analisado a partir do coração. [...] Um comportamento pode parecer legítimo. Você olha o comportamento e diz: “O que tem de errado nisso? O que tem eu namorar essa moça? Eu já tenho 18 anos, ela também. Nós somos maiores de idade. Somos crentes! Estamos na igreja... Qual é o problema deu namorar essa moça???”. “Nós não vamos cair sexualmente. Nós vamos nos controlar!”. Olha, analisando o comportamento. “Nós vamos namorar direitinho!”.

Irmãos, eu não sei quem definiu que “namoro direitinho” é só ausência de sexo! Não sei quem fez essa definição. [...] A Bíblia (e eu espero que você creia nisso), que é a autoridade final na nossa vida, na nossa prática, não definiu assim! Ela não diz que um relacionamento é santo só porque ele não tem sexo! Um casal pode estar namorando, e os dois serem crentes, até com a aprovação dos pais, mas aquilo pode não ser santo. Porque nós não analisamos a questão do comportamento, nós analisamos a questão do coração – é ali que nós temos que analisar. Portanto, o pecado é como se processam as coisas no coração. Nós temos que olhar nossas motivações.

O que me motiva a fazer o que eu estou para fazer? Por que eu quero fazer isso? Toda ação tem uma motivação por trás. Tudo que você faz tem uma motivação. [...] Então, você não analisa o que vai ser feito, mas por que vai ser feito.

Há essa tentativa de querer tornar aquilo que é santo mais agradável ao homem pecador, baixar o padrão. Pr. Kevin me emprestou um livro sobre namoro, título do livro é “Eu disse adeus ao namoro”, escrito por um jovem, Joshua Harris. E ele deu uma ilustração muito interessante. Ele disse: “Eu tenho uma cesta de basquete no meu quintal que é de altura regulável. Dependendo da altura que eu colocar aquela cesta, parece que eu jogo muito bem! Eu coloco aquela cesta numa altura mais baixa, eu enterro, eu faço festa, e quem passa na rua fala: que grande jogador de basquete! Mas é porque eu baixei o padrão. Quando eu coloco ela na altura normal, aí vão ver que eu não sei jogar nada!”. Então nós precisamos saber, ter consciência disso: o que me motiva? [...] Para que eu tenha uma ação que produza um resultado. Eu tô pensando só no resultado? Se eu pensar só no resultado, eu vou agir como o mundo – o mundo que pensa só no resultado, o mundo é que faz de tudo pelo resultado. O crente não, o servo de Deus não! Porque Deus não vê o resultado, Deus vê antes a motivação.

Por que você quer namorar aquela moça? Por que você quer namorar aquele rapaz? “É porque eu estou apaixonado!”... Tá vendo? Já começa com o foco em si mesmo. Já tá olhando pros seus desejos pessoais, pro seu egoísmo. “É só desta que eu me agrado” – olha Sansão! “É só desta que EU me agrado”. [...]

Então, o namoro não é cristão só porque ele tá “certinho”. Ele vai ser cristão quando a MOTIVAÇÃO é correta! E aí a gente sabe o que é quando a motivação tá correta: a motivação é correta quando o rapaz tem dinheiro! Pra casar! Há dois anos atrás, eu falei aqui que a minha filha tem 4 anos. Quando chegar a vez dela, se o camarada não vier balançando o holerite* pra mim, ele nem entra em casa! Não é quanto tem no holerite. Eu não tô interessado em dinheiro. Eu quero saber se ele tem condição de tirar a minha filha de casa! E sustenta-la. Aí eu vou saber que as intenções dele tem motivações corretas, que ele tá pensando em algo mais sério do que mero “entretenimento”. Porque namoro virou entretenimento! Diversão! [...] Então, não vai nem entrar! Eu quero saber se ele é um HOMEM. Digno, trabalhador, tem condições de sustentar minha filha! Por que Eliezer, quando foi lá pedir a mão de Rebeca pra se casar com Isaque levou aqueles presentes, aquelas jóias de ouro? “Pastor, isso é uma questão cultural! Isso era da época, era o dote!”. Era o dote sim, e é uma questão cultural, mas tinha uma motivação por trás: aquilo era a forma dele dizer “eu posso leva-la, porque Isaque tem condições de sustenta-la, ele tem condições de cuidar dela!”.

A primeira vez que o apóstolo Paulo descreveu o homem, a primeira palavra que ele usou foi a palavra “egoísta”, que significa “amor próprio”, “amor pessoal”. [...] E, geralmente, o namoro começa no amor próprio: “Aquela moça vai me agradar! A beleza dela me agrada. O corpo dela me agrada. Eu a quero pra mim!”. “Aquele rapaz me agrada! O carro dele me agrada. O emprego dele me agrada. A posição dele me agrada...”. Tudo “ME, ME, EU...”. [...]

Então, a pergunta: “Por que namorar?”. Qual a motivação? É altruísta ou egoísta? Se for altruísta, princípios devem ser observados. Trabalha? Tem comprometimento com a igreja? Tem maturidade emocional? Porque, irmãos, casamento é problema! Você sabe porque inventaram namoro, inventaram “ficar”? Porque é uma forma de eu ter os prazeres sem o comprometimento! Então, eu posso desfrutar sem me comprometer. Porque o comprometimento do casamento é um problema, precisa ter maturidade emocional pra lidar com os problemas! “Mas, pastor, eu nem tava pensando em casamento!”. Então esquece o namoro! Tava pensando em que, então? “Ah...”. É egoísmo, irmãos, sejamos honestos conosco mesmos! Sejamos sinceros. Tô pensando em mim! A motivação é pessoal, é satisfação pessoal. [...]

Então, quando um jovem me pergunta: pastor é a vontade de Deus que eu namore aquela moça?, eu falo: você tá trabalhando? “Não, eu não tô ainda”. Eu falo: Ah, então não é a vontade de Deus! Porque eu não entendo que Deus vai te dar uma coisa que Ele não deu condição pra você executar segundo os princípios da Palavra dEle! Eu não posso entender. Aí ele fala assim: “Mas, então, a gente vai namorando, aí eu vou ajeitando essas coisas”. Não! A Bíblia diz o que: o amor tudo ESPERA. Ah, então você faz o seguinte, você fala pra essa moça te esperar e você vai correr atrás da tua vida. “Ah, mas aí demora, pastor... Aí não dá certo, demora né! Aì a gente fica aqui?”. Fica! Quantos anos Jacó esperou por Raquel? Sete anos! E a Bíblia diz que pareceram-lhe sete dias, pelo muito que ele a amava. Pessoal, não vai demorar. Se você ama mesmo essa moça, vai passar rapidinho! Corra atrás! Emprego, dinheiro, pra poder casar, pra poder dar uma vida pra essa moça."


[Continua...]


O jovem cristão e o namoro (Pr. Clodoaldo Machado) – Parte 4

Transcrição da Palestra: O Jovem Cristão: A Vida Espiritual e o Namoro, Sete Vezes no Dia eu Te Louvo - Pr. Clodoaldo Machado (4 ª Edição da Conferência Fiel para Jovens - Ano 2006).

*Algumas modificações feitas por mim para melhorar a leitura.



Romanos, capítulo 12, versículos 1 e 2 vão dizer: “Rogo-vos, pois, que apresenteis vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente”. Agora, vamos pensar aqui. É um versículo tão bonito, né? A gente lembra dele de cor. Agora, o que é sacrificar o corpo? O corpo significa os nossos sentimentos naturais, que desagradam a Deus, que são egoístas. É isso! Eu tenho que sacrificar isso. Veja bem: pode acontecer de um rapaz crente ficar apaixonado ou gostar de uma moça incrédula? Pode acontecer? “Ó, pastor, graças a Deus nunca aconteceu comigo, né? Porque eu sou uma pessoa santa!”. Claro que pode acontecer! O camarada tá gostando de uma moça que é incrédula! Mas o simples fato dela ser incrédula já é o suficiente pra “Sacrifica isso! Não caminha nessa direção!”. O culto é racional. A tua razão diz o quê? A minha razão diz que é pra eu não me pôr em jugo desigual, porque que comunhão há entre a luz e as trevas? É isso que a minha razão diz. Mas o meu sentimento diz assim: “Rapaz, olha que moça! Você não ta apaixonado por ela? Corra atrás!”. Mas a razão diz “Não!”. Então você vai obedecer quem? Por isso que o apóstolo Paulo diz: “Vejo nos meus membros a lei do pecado, mas na minha consciência a lei do espírito. Quem eu vou obedecer?”. Por isso ele vai dizer aqui: “Andai em espírito e jamais satisfareis as concupiscências da carne, porque a carne milita contra o espírito e o espírito contra a carne, porque são opostos entre si”. O problema é que nós andamos na carne! A carne não quer dizer “que não pense em relações sexuais ilícitas”. Não. É satisfazendo os sentimentos. [...]


Ao encontrar-se com Cristo, o servo de Deus é capacitado a viver racionalmente, e não sentimentalmente. Então, você pode conviver com os outros, você pode amar os outros, porque você não depende daquilo que você sente. Porque Deus ta fazendo você voltar ao que Ele havia colocado em Adão antes da queda: alguém capaz de obedecer. Deus disse pra Adão: Não coma do fruto que está no meio do jardim! [...] Obedeça! Deus nos deu essa capacidade, de obediência, de obedecer. Então, o crente não precisa mais tomar decisões baseado no sentimento. E, quanto ao casamento, que é uma decisão importante, ela deve ser tomada racionalmente. Ele deve pensar, deve raciocinar. Não importa se ele ta apaixonado ou se ele não ta. “Ih, pastor!”. Mas é verdade. O que importa é o que ele acredita racionalmente, não o que ele ta sentindo. Você não pode ser escravo do seu sentimento, ok? Você tem que ser racional. Então, as nossas decisões têm que ser tomadas racionalmente. Agora, é interessante que, pras outras coisas, a gente toma racionalmente. [...]


Agora, os namoros são comumente baseados no que se sente. Não há análises racionais um do outro. [...] “Quanto tempo vai durar esse namoro?”. Parece promoção do calçadão: “Enquanto durar o estoque”. O estoque de sentimento, porque a hora que acabar o sentimento, o namoro acaba. Irmãos, o amor é racional ou é sentimental? [...] O outro pergunta assim: “Será que vai dar em casamento?”. Aí diz assim: “Só Deus sabe!”. Ele não tem certeza de nada, é um tiro no escuro! “Ah, a gente ta vendo!”. Será que Deus quer assim, que estejam “vendo” se vai dar ou se não vai dar? Será que é isso? Será que Deus espera isso de nós? A gente vai comprar o carro e a gente faz o “test driver” né? Será que é assim? Faz o test driver. Será que Deus quer que a gente faça o “Teste do Namoro” pra saber se vai dar certo? Então não é assim!


Eu gostaria que você lembrasse disso: Sansão, ele se apaixonou por uma moça e, ainda que os pais disseram “Não há entre nós uma moça com quem você possa casar”, ele disse “Não! Somente desta eu estou apaixonado!”. Deu tudo errado! Porque ele casou só porque ele tava apaixonado, ele não analisou racionalmente como os pais dele queriam que ele analisasse. Amnom se apaixonou pela própria irmã! E deu no que deu. A Bíblia diz que ele ficou frustrado sexualmente porque ele não podia ter a sua irmã, quando diz lá “ele enamorou-se dela”. E deu tudo errado. E tem um outro exemplo que não é de relacionamento com o sexo oposto, mas envolve o sentimento: Acabe quando quis ter a vinha de Nabote. Deu tudo errado também. Porque ele quis satisfazer os seus sentimentos, só. Não houve análises racionais.


Então, casamento, ele tem que ser baseado na razão. E quando é que começa? Começa hoje, começa agora.

 
“Eu vou amar essa pessoa porque vejo que ela tem características pra ser a minha esposa”. [...]

Vamos orar: “Senhor, nossa gratidão, ó Pai, a Ti, por esse tempo que passamos juntos aqui, Pai, pensando, raciocinando nestas coisas que envolvem o relacionamento com o sexo oposto. Nós sabemos que o Senhor tem planos para isso, sabemos que o Senhor tem princípios que devem reger essas nossas atividades, Senhor, e nós desejamos realmente nos adequarmos a elas, e não criarmos atalhos, criarmos jeitinhos, ó Pai, ao nosso próprio gosto, mas sermos obedientes, fazermos aquilo que o Senhor espera realmente nessa decisão que está entre as decisões mais importantes de nossas vidas, ó Pai – é quando nós vamos nos entregar a uma outra pessoa. Nos ajuda, Senhor, nos dirija, que estas coisas fiquem em nossos corações pra que o Senhor seja glorificado, Senhor, através do relacionamento que haveremos de ter com o sexo oposto, ó Pai, no caso destes jovens. Oramos assim, gratos, no nome do Senhor Jesus. Amém”.

sábado, 1 de janeiro de 2011

O jovem cristão e o namoro (Pr. Clodoaldo Machado) – Parte 3

Transcrição da Palestra: O Jovem Cristão: A Vida Espiritual e o Namoro, Sete Vezes no Dia eu Te Louvo - Pr. Clodoaldo Machado (4 ª Edição da Conferência Fiel para Jovens - Ano 2006).

*Algumas modificações feitas por mim para melhorar a leitura.


Muitos casamentos não vão dar certo por estarem baseados somente em sentimento. Então, a pergunta não é “Com quem eu vou namorar?”, essa não é a pergunta. A pergunta é “Quem eu vou amar para ser o meu marido ou a minha esposa?”. É uma questão de decisão, não é uma questão se aconteceu. Você foi “atropelado pelo caminhão do amor”! Não é essa a questão. É uma questão de decisão. É quem eu vou decidir amar. Você tá entendendo que aí a coisa não vira acidental? Porque, se for acidente, como é que pode o relacionamento que Deus criou para o homem e para a mulher – o primeiro relacionamento de um ser humano com outro ser humano foi casamento, então por isso só nós já sabemos que é uma coisa muito importante –como é que uma coisa tão importante, aliás a decisão mais importante que um rapaz e uma moça tomam em sua vida depois de seguir a Cristo [...]ser baseada num acidente? “Aconteceu, eu estou apaixonado! Eu estou apaixonada! Surgiu!”. Como é que pode? Uma decisão tão importante, você não ter controle racional sobre ela, depender de sentimento: é o que eu to sentindo! Pessoal, casamento não é tiro no escuro! [...]

Não funciona. Eu não consigo entender isso! Eu consigo entender é alguém que tem uma decisão consistente porque ele conhece a Palavra, então ele resolve amar alguém, ele escolhe quem ele vai amar! E aí, você entra, não num casamento, você entra num namoro sabendo que o casamento vai dar certo! Porque você entende o que é o amor Ágape. [...] Eu realmente tenho sentimento, mas na hora que o sentimento faltar, eu tenho uma carta na manga, é o amor ágape, eu tenho essa carta na manga. [...] É a hora de entrar o amor racional, que não tem questão de sentimento, é uma questão de razão, de entendimento. “É a minha esposa, não interessa o que eu estou sentindo hoje! Eu vou amar esta mulher!”. “Eu vou amar este homem, porque diante de Deus nós nos casamos, nós nos comprometemos, então nós vamos viver!”. E faz a coisa racionalmente. Você vai ver que o negócio dá certo, o negócio funciona, porque na Bíblia era assim.

Então, a pergunta não é “Quem você vai namorar”, a pergunta é “Quem você vai amar, quem você vai escolher amar”. É escolha, é uma questão de escolha. E aí você vai ver questão de vida espiritual da pessoa, vai ver o compromisso dela com a igreja, vai ver o relacionamento dela com os pais, vai ver o relacionamento dela com o trabalho, todas essas coisas. Você vai poder montar o currículo dela, e vai ver: essa pessoa tem essas características, então eu posso amar esta pessoa, porque ela vai ser uma pessoa com quem eu posso passar o resto da minha vida! Então, é um pensamento racional antes. [...]

Então, se a questão não envolve sentimento, qual o lugar do sentimento? [...] Sentimento não tem que existir? Ora, o sentimento ele tem que existir, até porque Deus nos fez com capacidade de termos sentimento. Deus não nos fez robôs. Nós temos capacidade de sentir coisas. Deus nos fez com essa estrutura: nós sentimos, nós pensamos e nós temos vontade. [...] Agora tem um porém: o pecado afetou a estrutura, essa estrutura de “Pensar, ter vontade, ter sentimento e emoções”, o pecado inverteu. Você sabe o que passou a gerenciar nossa vida? O sentimento. As emoções é que passaram a gerenciar nossa vida.

John Newton, o autor do hino 314 do Hinário para o Culto Cristão [...] – o hino “Preciosa Graça” [...], ele disse uma frase interessante: “Nós damos o indevido respeito aos nossos próprios sentimentos”. Olha que interessante, que profundidade! Sabe o que a gente faz? A gente respeita muito o que a gente sente! Não precisa ser assim. A gente pode desrespeitar os nossos sentimentos pra fazer a vontade de Deus! Mas a gente fica numa torcida [...] pra que um dia o sentimento seja de acordo com a vontade de Deus. Mas eu vou dizer pra vocês: na maioria das vezes não é! Na maioria das vezes, o que Deus quer não é o que eu quero. E aí eu tenho que lutar contra. [...]

Na teoria vai bem. Eu tava conversando com a minha filha, falando assim: “Filha, Deus não falou que a gente tem que dar as coisas praqueles que nos pedem, Jesus não falou isso? Se alguém tem fome, dá comida; se alguém quer a tua capa, deixa-lhe também a túnica; se alguém quer demandar contigo uma milha, vai com ele duas... Filha, Jesus não ensinou que a gente tem que dar as coisas pras pessoas?”. Ela falou: “Ensinou!”. “Ele não ensinou que se a gente fizer isso Ele fica feliz?”. Ela falou: “Fica!”. Falei: “Filha, e se você fizer isso o papai não fica feliz?”. “Fica!”. “Então, por que você não dá isso aí pro seu irmão?”. “Não!”. É assim! Na teoria a gente vai bem, mas na prática: “Ai, não, eu quero satisfazer os meus sentimentos! Eu quero! Eu to apaixonado! Eu quero, e eu quero! Ai, Senhor...”.

A gente quer um Deus que se adeque às nossas vontades, e não nós nos adequarmos à vontade de Deus. Agora, o que glorifica a Deus? É quando o homem rejeita o mal, é quando o homem rejeita os seus próprios sentimentos. Lembra o que Jesus disse: “Quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!”. [...] Cruz era sinônimo de morte. E Jesus disse: quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, morra todo dia, ou seja, negando os seus próprios sentimentos, negando-se a si mesmo e fazendo a minha vontade. O problema é que o sentimento que eu tenho pelo sexo oposto é muito forte, é difícil negá-lo! Aí a gente quer ajeitar as coisas, então a gente diz assim: “Ah, se não fosse da vontade de Deus, Ele não teria colocado esse sentimento tão profundo no meu coração!”. Aí o problema é de Deus, né? Vê como é igualzinho a Adão? “Senhor, foi a mulher que TU me deste! O Senhor não tinha uma melhor não?”. Era isso que ele tava dizendo! “Tá vendo! Eu tava bem, quem resolveu fazer foi o Senhor! Aí agora eu to aqui!”. Aí Deus vai pra mulher: “Foi a serpente! O Senhor não tinha uma cobrinha mais jeitosa não? Não tinha outra não?”. Foge da responsabilidade, quer transferir o problema! Mas Deus diz assim: “Eu não disse que Eu queria obediência? Eu sei que você tem sentimento, mas o que me glorifica é quando você nega os seus sentimentos e me obedece!”. Essa que é a chave da questão, não é se eu to “sentindo”. Por isso John Newton diz que nós damos o indevido respeito aos nossos próprios sentimentos.

Gênesis, capítulo 6, versículo 5, Deus disse que Ele olhou do céu e viu que a maldade do homem se havia multiplicado sobre a face da terra e que era continuamente mau todas as intenções e desígnios do seu coração. Deus olhou e não viu nada que vem do coração do homem que seja bom! O meu coração, pessoal, é ruim! [...] Mas a gente fala: “Não, isso aqui é sentimento, foi Deus que colocou aí, então eu tenho que correr atrás dele!”. Cuidado. Deus não tem nada a ver com isso. Deus quer obediência, e que você passe por cima dos seus próprios sentimentos. Foi isso que o pecado fez, ele afetou a estrutura do homem. O homem que deveria ser regido pela razão passou a ser regido pelo sentimento. Esse que tem sido, então, o padrão do mundo. O objetivo do homem é satisfazer o seu próprio sentimento. Porém, o sentimento é egoísta. [...] Quando vem o pecado, o homem se torna egoísta, ele não ama mais a Deus, e ele não ama mais ninguém – ele só ama ele mesmo. Tanto o homem como a mulher. Por isso que, na primeira chance que ele teve, ele falou “Oh, foi essa mulher!”, na primeira chance que ela teve, ela falou “Foi a serpente!”. Ninguém mais reconhece, ninguém mais serve, nós somos servidos. E assim é o ser humano.

Agora, você vê quando o rapaz encontra a moça. Pelo quê ele tem interesse? “Escuta, eu acabei de te conhecer, mas, então, eu queria saber do que você gosta, porque eu to tão interessado em satisfazer os seus sentimentos, as suas necessidades! Você poderia passar pra mim uma lista do que você deseja?”. Não é assim! Ele fala: “Essa pessoa vai ser jóia pra mim! Bonita, rica (oh louco hein!), uma pessoa inteligente...”, ele vai pensando em tudo aquilo que é bom pra ele! E ela também. O camarada com... – nenhuma ofensa aqui às moças – mas, “o camarada com um carrão desse aí, imagina a hora que eu descer lá na igreja!”. Vai pensando naquilo que lhe é agradável. Pessoal, isso é sentimento. Por isso que ele tem que ser regido, ele não pode ser regente! Ele tem que ser regido pelo que? Pelo amor ágape. O amor racional.

“Não seja escravo dessas coisas”.

[Continua...]