sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A geração que precisa calar...


Somos a geração da novidade. Tecnologias que se renovam a cada minuto, avanços nas ciências, crescimento profissional, atividades dos mais variados tipos, capacidades a desenvolver, potenciais a atingir. Somos a geração da corrida pela evolução. O chamado é fazer algo novo e mais avançado a cada momento. Assim, nossa geração virou ativista - parar é um crime, pois "tempo é dinheiro".

Ao mesmo tempo, somos uma geração de pouca profundidade. Os relacionamentos mostram muito disso: pais que não conhecem seus filhos, filhos que não conhecem seus pais, irmãos que não se conhecem, cônjuges que não se conhecem - ainda que vivam durante anos sobre o mesmo teto. Falta compartilhar, falta convivência, falta aproximação. Vivemos sempre rodeados de pessoas, fazendo mil e uma coisas simultâneas, num frênesi sem fim - mas ainda falta tudo.

No meio dessa corrida, nossa geração perdeu a essência. Na verdade, talvez sequer saiba o que isso significa. O próprio termo acabou se perdendo na preocupação em desenhar "lindas capas" para livros que não têm páginas escritas. Nosso mundo moderno tem nos vendido uma vida muito enfeitada, mas vazia. E, infelizmente, muito disso tem invadido e tomado conta de boa parte da mentalidade e da vivência daqueles que se chamam pelo nome de Cristo.

No meio das congregações, tudo virou barulho. Novidades, renovações, evoluções - este é o lema das "igrejas modernas". Este é o lema na mente dos jovens e adolescentes, afinal, é preciso "evoluir". Então, novas metodologias de "melhoria" daquele significado antigo do que quer dizer ser Igreja e ser Cristão surgem todos os dias. "Modelos de crescimento de igreja". E a corrida pelo "sucesso" continua, agora dentro das "igrejas". Ativismo, superficialidade, movimento, luzes, brilho, barulho.

Somos a geração que precisa calar. Aprender a parar tudo e refletir, pois no meio de muito movimento, pouco se pode ver a respeito das coisas e, assim, as conclusões se tornam muito pouco confiáveis. Precisamos aprender a pausar o ritmo desenfreado em que fomos colocados, seja lá fora no meio da sociedade consumista e capitalista, seja no meio da "igreja" ativista e cheia de novidades. Nossa necessidade é reaprender o silêncio, a calma, a reflexão, a procura pela essência. Reaprender a procurar Deus e encontrá-Lo. Reaprender a deixar de tagarelar e deixar Deus falar, quietos, para que possamos ouví-Lo. Reaprender a fixar os olhos na Luz que é Cristo, ao invés de viver a procura de novas luzes "mais coloridas". Reaprender a ter propósitos, em vez de viver caminhando para canto nenhum.

Somos a geração que precisa parar e recomeçar - e reaprender.

Voltemos ao Evangelho.

"Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado." (1 Co. 2.2)

3 comentários:

Agata Larsen disse...

Como sempre óptima meditação!!
Não há nada melhor que entra no quarto, fechar a porta e ouvir Deus falar no secreto da Sua presença! :)

Aline Ramos disse...

É verdade, mana!
Mas também precisamos aprender a calar e deixá-Lo falar durante as reuniões públicas enquanto Igreja. É o que me faz mais falta. De fato, nos reunirmos como Igreja, para buscar a Ele, ouvir a Ele e glorificar a Ele! Que Jesus volte a ser o centro.

"Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado." (1 Co. 2.2)

Graça e paz, mana Ágata!! ;*

Nanda Teclando disse...

Ola meninas estou aqui para imformar que o blog para garotas evangelicas ''nanda teclando'' esta mais uma vez no ar com varias novidades!!!

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