sábado, 29 de outubro de 2011

Preconceitos, diferenças e cristianismo...

[Para papear com a Dayane Ok., após algumas reflexões no blog dela! ;P]


Preconceitos, diferenças, intolerância, discriminação... e cristianismo.

Com que frequência nossa sociedade tem relacionado o cristianismo a essas palavras. "É crente? É um bitolado sem cérebro que não sabe respeitar a opinião de ninguém!". Infelizmente, de certo, todos os que são cristãos genuínos já passaram e passarão por situações assim.

E, então, o que existe de verdade nisso? Por que ocorre?

Nossa história de guerra com o "mundo moderno" começa em algo muito simples: o cristianismo defende uma ÚNICA verdade - imutável, eterna, plena -, enquanto a sociedade defende o relativismo - não existem verdades absolutas, tudo é alterável e cada um tem sua própria verdade. Hum, divergências e opostos - bem previsível que gere conflitos.

Aqui está meu principal ponto, quando penso nesse assunto. Nós, cristãos, defendemos UMA VERDADE, aquela que nos é ensinada pelo Criador de todas as coisas (se alguém deve saber como as coisas devem ser, é Ele né!) e que deve guiar nossa vida como um todo. Porém, vivemos em um mundo que não aceita que se fale de "verdades", ou de UMA verdade. Mas, me pergunto: se tudo o que se fala pode ser considerado verdade, nada é verdade de fato! Se tudo é correto e não existe nada que se possa considerar errado, então o conceito de correto deixa de existir. Se o conceito de verdade existe (e precisa existir, senão o mundo seria um caos e não haveria compreensão em nada), ele nos remete a realidade de existir algo que é falso em oposição a algo que é real. Por que defendemos que o preconceito é algo errado? Porque existe um conceito do que é o certo.

A dificuldade do cristão é que ele realmente crê que existe uma verdade, e a defende. Cremos nas verdades de Cristo (por isso, CRISTãos!), pregadas e ensinadas por Ele e por toda a Bíblia, visto que Ele mesmo ensinou a fé nas Escrituras e a sacralidade delas como mensagens vindas do próprio Deus. Portanto, temos um padrão para dizer o que é certo e o que é errado, o que e como devemos viver e o que/como não devemos.

É quando o mundo nos considera "intolerantes". Mas, o que quer dizer o termo "intolerante" mesmo? "adj (lat intolerante) 1 Diz-se de quem não é tolerante. 2 Que revela falta de tolerância." (Dicionário Michaelis Online). E o que quer dizer "tolerância"? "3 Direito que se reconhece aos outros de terem opiniões diferentes ou até diametralmente opostas às nossas. 4 Boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas." (Dicionário Michaelis Online).

Pois bem: direito que se reconhece de terem opiniões diferentes às nossas; boa disposição dos que ouvem opiniões opostas às suas. Ok. Não me parece que a definição me diz que sou proibido de crer em uma única verdade para que eu me torne uma pessoa tolerante. Enquanto cristã, creio numa só verdade, em Cristo, e essa é a verdade que prego, mas, ainda assim, posso respeitar o fato de você não querer crer nela. Para mim, você está vivendo baseado em uma mentira (se não vive baseado na verdade), mas esse é um direito seu - assim como é meu direito crer e viver segundo a verdade na qual acredito. Portanto, defender uma verdade não é sinônimo de intolerância - desrespeito pelo pensamento oposto ao nosso é. Isso é o que nossa sociedade precisa entender.

Não posso aceitar que homossexualismo seja algo comum, normal, aceitável, porque a Bíblia me diz, e isso se mostra na natureza e de todas as formas racionais que eu possa conceber, que isso é um desvio da natureza humana, algo normalmente relacionado a traumas emocionais e familiares, um problema psicológico na vida do indivíduo (ainda faço uma pesquisa científica a esse respeito!). Portanto, acredito que, assim como o autismo ou os transtornos obsessivos compulsivos (TOC), precisa ser avaliado, procurar as causas e procurar tratar, procurar entender o que levou aquele indivíduo a desviar-se de sua natureza - se é uma questão física, se é uma questão psicológica... que esses são indivíduos que precisam de ajuda, de acompanhamento, não simplesmente que se façam novas leis pra que eles não se sintam diferentes. Não adianta apenas fazer leis para as pessoas com TOC, é preciso ajudá-las a se encontrar e cuidar de suas áreas de conflito. Agora, o que não posso é desrespeitá-las, maltratá-las, humilhá-las por serem como são. Isso, sim, é intolerância. Como também alguém não pode me condenar simplesmente porque sou cristã e defendo uma verdade, sem respeitar meu direito de crer.

Acredito que homens e mulheres têm, sim, papéis diferentes, estipulados por Deus e claros na Palavra. Mas também que, em nenhum momento, Deus falou que há um papel mais importante ou mais nobre do que o outro. Ser "o cabeça" tem tantos benefícios, desafios e riscos quanto ser "auxiliadora" tem. Ambos tem deveres difíceis de serem realizados, desafios para quem vive, e ambos tem a sua glória também! A Bíblia assemelha isso à relação entre Pai e Filho, na Trindade. Assim como o Filho é submisso ao Pai, mesmo sendo Deus junto com Ele, sem que isso O torne menos importante ou inferior ao Pai, assim a mulher deve ser submissa ao seu marido. É apenas uma questão de papel, de funções. É como filhos devem ser submissos aos seus pais. É apenas uma questão de funções - pais não são "mais importantes que seus filhos e, por isso, são os que lideram"! Não é isso o que significa! Ambos devem, sim, se respeitar e fazer todas as coisas em amor ("sem amor, nada seria"), mas cada um tem um papel destinado por Deus.

Bom, acho que já escrevi demais! Se me deixar, passo o resto da noite falando sobre essas áreas nebulosas nas quais "não podemos tocar" em nosso mundo relativista e que não sabe lidar com a defesa da verdade. Por isso, precisamos aprender a discutir - e tolerar - e respeitar. Seja do nosso lado, seja do lado de lá.

That's all, by now. ;]

2 comentários:

Anônimo disse...

chaniOi Aline!

Fiquei muito feliz que vc viu meu comentário, pensei que vc não o veria por pertencer a um texto tão antigo!Fico feliz tbm que tenha o mencionado ^^!
Realmente, ser tolerante é muito diferente de ser conivente. Uma coisa é eu respeitar a suaopinião, outra coisa é concordar com ela, ser forçado a acreditar. Eu ,por exemplo, trabalhei um tempo com uma garota que era da umbanda. pensa que eu a condenava por isso, a criticava? de forma algum!Conversávamos sobre a nossa fé, falávamos sobre Deus, sobre religião, ela falava cm era a religião dela, eu falava sobre a minha, nós duas nos respeitávamos. Mas eu não creido no que ela crê e nem iria a centro com ela, pois sei no que creio e não creio no que ela crê. Mas dái a chingá-la, maltratá-la ou achá-la inferior a mim por Deus ainda não ter tocado em seu coração, é intolerância!
Nós cristãos somos bem mal vistos nessa sociedade atual, mas temos tbm que ter auto-crítica. Claro que os valores estão distorcidos e coisas que não são normais hj em dia são vistas cm comuns, coisas que não podemos aceitar, mas tbm cabe a nós entendermos que a nossa fé em Jesus Cristio não nos faz superior a ninguém, não nos dá o direito de julgar a ninguém pois só estamos com ele por que ELE teve misericórdia de nós =).
Vc respondeu algo sobre o feminismo?Gostaria de ver!
A paz de Deus, Dayane.

Aline Ramos disse...

Hey, Dayane!!! Que legal trocarmos umas ideias, ne? =P Isso é sempre muito bom!! ^^

Realmente, uma coisa é fato: só conhecemos a Cristo em função da GRAÇA de Deus que nos alcançou e abriu nossos olhos! Portanto, você está certíssima - não temos o direito, e também nenhuma justificativa para nos acharmos juízes de qualquer pessoa! É exatamente isso! Jesus Cristo, o único que foi santo e isento de pecados, teve "compaixão da multidão que estava como ovelhas sem pastor". Quem somos nós para não o sermos?

Devemos defender a verdade, porque essa é uma de nossas missões, mas sem condenar o pecador. Esse papel é de Deus, o único digno de fazê-lo com qualquer um (inclusive conosco).

Obrigada também por vir participar do post!! ^^

A paz do Senhor seja sempre em sua vida tbm!! Beijo!! ;]