quinta-feira, 18 de outubro de 2012

“Atenção! Memória cheia!”




Lá está Deus – o administrador deste sistema operacional que é nossa vida – de olho nos dados que entram, que saem e que vão passando a fazer parte de nosso espaço de memória. Então, surge essa mensagem de alerta. “Atenção! Memória cheia!”. O espaço em disco ficou lotado!

Tenho percebido que, de vez em quando, Deus manda essa mensagem pra gente. Na nossa ânsia de ir acumulando e acumulando, vamos enchendo a memória do nosso disco até que, sem perceber, não cabe mais nada. Qual a solução para esse problema? Lixeira!

Em nossas vidas, normalmente só o que notamos é quando alguns daqueles “arquivos” que nos eram tão importantes, vão começando a desaparecer. São situações, pessoas, projetos que, “do nada”, começam a dar errado, se frustrar e deixar de fazer parte de nós. Nós não percebemos, mas isso é coisa do Administrador. Não sabemos, mas havia um problema conosco: a memória estava cheia. E, com memória cheia, como é que se adiciona novas informações?

Li uma frase de um amigo muito sábio (André Mishilyn) que me marcou: “Um lugar pré-ocupado não pode ser ocupado”. Não sei se a ideia original é dele, mas foi ele quem usou essas palavras e as deixou ressoando em minha mente vez ou outra. Vejam só que grande verdade! Se o espaço já está ocupado por algo, não pode mais ser ocupado por coisa alguma. Então, para que algo novo chegue, é preciso que algo antigo seja deletado. É assim naquela parte de nossas vidas que não podemos ver, só Deus pode.

Essa ausência de espaço, pela memória cheia, diz respeito, em primeiro lugar, a Deus. Quantas e quantas vezes, temos enchido nossas vidas e corações com tantas coisas: pessoas, atividades, sonhos, compromissos, vida social... São coisas lícitas, e até boas. No entanto, à medida em que elas “superlotam” nossas vidas, elas se tornam ruins – porque elas passam a ocupar o espaço todo, inclusive o espaço de Deus. E isso é tão sutil. Quando vemos, a memória já está cheia e nem notamos esse processo. Deus já ficou de fora. Então, para que Ele possa voltar a entrar, é preciso que espaço seja liberado para Ele. E isso depende, principalmente, de nós. Somos nós que precisamos parar e observar que coisas estão excedendo em nossas vidas, e deletar o que não é prioridade, para priorizar o Essencial. Por graça, Ele é quem nos faz enxergar que o espaço está cheio, mas somos nós quem precisamos fazer a limpeza.

Mas, existe ainda outro aspecto prejudicado por essa ausência de memória: as novidades de Deus para nossas vidas. É como dizem a respeito de guarda-roupa: guarda-roupa lotado impede a entrada de roupa nova! Quer renovar o guarda-roupa? É preciso se desfazer de algumas das coisas velhas. E é mais ou menos assim conosco também, de alguma forma. Muitas vezes, não entendemos porque certas coisas dão errado em nossas vidas, porque algumas coisas vão perdendo o valor, ou vamos perdendo o valor na vida de alguém muito importante, ou tudo vai, simplesmente, mudando. Choramos, batemos pé, fazemos briga com Deus... Fazemos tudo, menos parar pra pensar que, “de repente”, Ele está apenas fazendo uma “faxina”. Liberando espaço em disco em nossas vidas, para que, então, Ele possa mandar as novidades dEle para nós!

Então, a questão é aprendermos a nos desesperar menos com os rumos inexplicáveis que nossas vidas tomam de vez em quando, e parar para refletir um pouco se tudo isso não é uma pequena “renovação de memória” que o nosso Administrador está fazendo. Deveríamos entender de uma vez que quando Ele tira algo de nós, não o faz à toa, sempre há um motivo: Ele nos tira o bom para nos dar o melhor. E Seus planos sempre são perfeitos.
Assim, que tenhamos menos medo do novo, nos apeguemos menos ao rotineiro, e confiemos mais nAquele que tudo guia. As limpezas que Ele agenda para nós sempre são origem de novidades surpreendentes!

Bem-vindo, novo! ^^

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

É ela...




Ela é toda leveza. Aquela presença meiga, querida, amiga. Quer lembrar dela? É só pensar num belo poema, daqueles que falam das coisas simples da vida, de pôr-de-sol, de arco-íris, de uma casinha com jardim e passarinhos. Ela é aquela vontade gostosa de dançar com a brisa, de correr, sorrir, tomar banho de chuva, andar de mãos dadas, distribuir abraços... Ela é aquela esperança de que sonhos podem se tornar reais, de que o universo e a vida continuam além dos olhos, em matizes muito mais cintilantes, doces, alegres... Ela é o balançar das árvores, a oponência dos montes, o passeio dos mares, o entardecer. Um pequeno barquinho, uma história antiga, um sono de rede, um colo, um ouvir, um olhar... É ela a mulher-menina, que ainda brinca de roda e chora de emoção, mas que também sonha com o futuro à frente e, em seu doce coração adolescente, suspira o amor que chegará. Somente uma menina, e nada além disso. Um brilho do olhar de Deus neste mundo. É ela...

#ComemoraçãoMyNiver x)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Ah, menina peralta...



Não sei ser o tipo filósofa. Não sei construir pensamentos complexos, com palavras difíceis, verdades implícitas, jogos de mente e sacadas incríveis. Não tenho aquela capacidade intelectual das almas artistas que conseguem falar tão misteriosa e enigmaticamente. Não sei ser tão profunda assim. Na verdade, sempre olhei pra mim mesma e reconheci uma menininha peralta a me sorrir. Queria fazer viagens mais sociológicas e intelectuais, mas a menina sempre insiste em correr num campo atrás de passarinho ou conversar com flores, cachorrinhos e árvores. Eu invejo as mentes brilhantes – confesso que já me esforcei bastante para me tornar uma. Mas, por algum motivo, meu cérebro simplesmente não assimila nomes, datas e teorias de nomes esquisitos. Então, tenho que me conformar com a menina. Ainda bem que ela tem um sorriso bonito.

Simplesmente, eu...




Eu sou isso mesmo: menina travessa, moleca peralta. Sou festa, balão, cantiga de roda, riso alto. E também sou choro, derretimento, reflexão. Sou seriedade e até chatice. Mas, no fim, sou essa menina mesmo. Sou grama, flor pequena, borboleta, nuvem, mar brabo ou riacho manso. Sou vento, que balança o cabelo e desarruma tudo. Sou música, e dança também. Sou teatro, poesia, desenho animado ou pintura surreal. Sou sentimento, coração. E muito pensamento – daqueles que voam mais longe que passarinho de mudança. Essa sou eu, e vou fazer o que? Deixar a menina dançar, correr, se sujar, melar as mãos e voltar correndo cheia de gargalhada nos lábios e purpurina no rosto. Deixar a menina ser quem ela é. E deixar Deus se mostrar assim. Afinal, essa sou a eu que Ele mesmo fez.

25 aninhos! ^^



Pois é, chegaram os 25! Minha irmã mais velha fez questão de vir ao meu quarto, nessa madrugada, pra me dar os parabéns e me dizer como que a gente começa a se sentir de fato ficando velho a partir dos 25! rs. Bom, eu já sentia isso aos 24, mas aos 25 acho mesmo que as coisas vão ficando mais complicadas! rs.

Existe algo interessante nesse meu aniversário: não parece que estou de aniversário! rs. Isso é muito estranho, pois datas comemorativas sempre são muito solenes pra mim. Sempre são aquele momento de muitas meditações e prestações de conta comigo mesma, e olhos no futuro e tal. Especialmente no meu aniversário e em fim de ano, havia um hábito muito comum em mim: descobrir as resoluções e planos para o próximo ano. Isso sempre acontecia! Sempre surgia, na madrugada do meu aniversário, uma “frase-tema” para o ano que começava, algo que preparava os meus olhos para os passos que eu deveria dar. E, ainda há pouco, eu parei e pensei: “Nossa, amanhã é meu aniversário e não aconteceu nada de resoluções! Que estranho!”. rs. (Obs: desculpem meus tantos “rs” hoje. Estou de niver, ok? rs)

Tenho um aniversário diferente, então. Logo após chegar nessa conclusão inusitada, parei e um pensamento me veio à mente: “dessa vez estou vivendo o presente, ao invés de manter os olhos focados no futuro”. Isso trouxe um sorriso aos meus lábios e me pareceu muito verdadeiro. Fiquei feliz, pois existe algo realmente muito constante em toda a minha vida: a ansiedade. Sempre fui muito ansiosa, e quando penso nessa palavra sempre me lembro da minha mãe me dizendo, quando eu ainda era adolescente, que eu precisava ser menos ansiosa. rs. E ela não foi, de forma alguma, a única a me dizer isso. E eu sou mesmo assim. Enfrento a grande dificuldade de ter meus olhos sempre em busca do futuro – pensando nele, planejando cada mínimo detalhe de como ele deve ser e... esquecendo de viver o presente.

Então, dobrei os joelhos e agradeci a Deus, somente. Agradeci pois meu coração está em paz, tranquilo, sem aquela ansiedade de ficar pensando em tudo que acontecerá em cada área da minha vida durante esse novo ano de vida que inicia. Sim, alguns planos vieram à minha mente (não queiram milagre tão grande assim também! rs). Mas, dessa vez, foram planos mais imediatos, mais discretos, mais presentes. Não mais aquela vontade de ganhar o mundo inteiro de uma só vez, ou de mover uma montanha com a minha fé. Dessa vez, a visualização era da movimentação de algumas pequenas pedrinhas apenas, e isso já me deixou satisfeita. Um estudo bíblico na minha igreja com umas 6 pessoas, outro no meu trabalho com umas 5 carinhas, um (possivelmente) numa futura faculdade com alguns amigos e está bom. Já me deixou feliz.

É assim que comemoro meu 1/4 de século, então. Me sentindo ficando velha (rs), mas também mais paciente. Com um punhado enorme de coisas pra aprender, inclusive esse desafio de esperar, mas muito feliz com os pequenos aprendizados de cada dia que o Senhor tem me possibilitado. Com muitas expectativas pelo novo de Deus, mas com os olhos no presente e em qualquer coisa que seja que o meu Administrador Fiel queira fazer. Estou feliz e em paz, pois tenho tido provas mais que suficientes, durante estes 25 anos, de que Ele está SEMPRE no controle de todas as coisas. E de que Sua bondade supera por completo todas as minhas expectativas. E, portanto, tudo que Ele faz é sempre muito melhor do que eu poderia pedir.

Agradeço, peço perdão e espero que Ele não desista de me ensinar – e me ajude a aprender também. No fim, em todas as coisas dependo dEle. E é assim que quero viver mais esse ano. Agora, ficando velha de verdade! rs.

Bem vindos, 25 aninhos! x)

Amor que liberta...



Chega uma hora que o amor deixa ir. Ainda que ele queira prender, que queira guardar, reter, manter, chega aquela hora em que ele deve deixar ir. Ainda que deixar ir seja deixar tirar um pedaço de si mesmo, uma parte de seu próprio coração, ainda que lhe seja dor e incômodo, tem uma hora que é preciso deixar ir. Libertar. É aquela hora em que se entende que sua busca por alegria própria sufoca a alegria do outro. Seu conforto torna o mundo do outro desconfortável. Sua felicidade compromete a do outro. Então, se você ama, você abre mão. Deixa sua própria felicidade pela felicidade do ser amado. É a sua dor, pelo bem dele. É a sua lágrima, pelo sorriso dele. É o doar, ao invés da procura pelo receber. Esse é o verdadeiro amor. Não se sabe, de fato, o valor de um amor até que se passe por essa experiência: você de fato abrirá mão do que você tanto deseja pelo bem daquele que você ama? Então é que se prova quanto realmente se ama. Pois amar não é apenas risos, também é dor. O verdadeiro amor liberta.