terça-feira, 16 de outubro de 2012

Amor que liberta...



Chega uma hora que o amor deixa ir. Ainda que ele queira prender, que queira guardar, reter, manter, chega aquela hora em que ele deve deixar ir. Ainda que deixar ir seja deixar tirar um pedaço de si mesmo, uma parte de seu próprio coração, ainda que lhe seja dor e incômodo, tem uma hora que é preciso deixar ir. Libertar. É aquela hora em que se entende que sua busca por alegria própria sufoca a alegria do outro. Seu conforto torna o mundo do outro desconfortável. Sua felicidade compromete a do outro. Então, se você ama, você abre mão. Deixa sua própria felicidade pela felicidade do ser amado. É a sua dor, pelo bem dele. É a sua lágrima, pelo sorriso dele. É o doar, ao invés da procura pelo receber. Esse é o verdadeiro amor. Não se sabe, de fato, o valor de um amor até que se passe por essa experiência: você de fato abrirá mão do que você tanto deseja pelo bem daquele que você ama? Então é que se prova quanto realmente se ama. Pois amar não é apenas risos, também é dor. O verdadeiro amor liberta.


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