Luz. Foi a primeira coisa que Deus fez ao olhar para aquele
mundo sem forma e vazio. Tudo eram trevas. E sua primeira providência não foi
outra senão criar Luz.
Como é interessante pensar que Jesus falou a respeito de si
mesmo: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas
terá a luz da vida" (João 8.12) e o apóstolo João falou sobre Ele: “Nele
estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as
trevas não a derrotaram” (João 1.4-5); que foi profetizado a respeito de seu
nascimento: “O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que
viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz.” (Isaías 9.2); que Deus falou sobre nós: “Porque outrora
vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor” (Efésios 5.8); e também nos
ordenou: “Vivam como filhos da luz” (Efésios 5.8b); que nosso chamado para este mundo é: “Vocês
são a luz do mundo. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que
vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.”
(Mateus 5. 16).
Como o duelo luz e trevas está presente em toda a Bíblia. E
que grande coisa a obra criadora de Deus ter começado exatamente pela quebra do
domínio das trevas, através do surgimento da luz.
Essa é a mensagem redentora do Evangelho: o mundo jazia em
trevas, que o dominavam completamente. Não havia luz, nem um feixe dela sequer.
Tudo era escuridão. E a escuridão não produz luz, pois elas são opostas. Não
havia jeito da escuridão tornar-se luz. É quando Deus entra na história. Ele
lança a Sua Palavra que diz: “"Haja luz", e houve luz.” (Gn. 1.3). E,
como disse o apóstolo João: “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele
estava com Deus, e era Deus.” (João 1.1). Jesus Cristo. Ele é a Palavra. Aquela
que foi pronunciada e fez surgir a luz. Porque ELE MESMO é a Luz. A Luz veio ao
mundo e iluminou o mundo. Só Ele poderia fazê-los, pois Ele é a única fonte de
toda a criação. “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele,
nada do que existe teria sido feito.” (João 1.3). A luz é manifestação da graça
de Deus: Ele faz surgir em nós, que habitávamos em total escuridão, a Sua Luz.
Aquilo que não havia em nós e que nós não éramos capazes de gerar, Ele faz acontecer.
Isso é Salvação. Isso é graça.
Mas a obra não acabou aí. Depois de criar a luz, “Deus viu
que a luz era boa, e separou a luz das trevas.” (Gn. 1.4). Como isso retrata a obra
salvadora de Cristo também! A salvação não acabou na luz que Deus fez surgir,
pelo Seu Espírito Santo, em nossas vidas. Ela continua: Deus faz separação
entre a luz e as trevas. Esse é o processo de Santificação do Espírito Santo de
Deus na vida do cristão. Nascemos como
trevas, mas Deus nos dá um novo nascimento e quer para nós uma nova vida –
agora em luz. Agora sendo luz. E, para isso, precisamos nos separar das trevas.
Deus separou o dia e a noite e, em cada um, limitou a
escuridão e a luz. Desde o princípio, luz e trevas não podiam conviver juntas.
É impossível. Deus as separou. E ainda é assim hoje. É o que Paulo falou em 2
Co. 6.14: “Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o que têm em
comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas?”.
Esse é um princípio que foi fundado por Deus lá na criação, e deve nortear
nossas vidas dia a dia.
Você é salvo? Há luz em sua vida? Foi Deus, em Sua infinita
graça, quem fez esse milagre e a colocou lá. Não vem de você, vem dEle, através
da redenção em Jesus Cristo. Ele fez isso por você? Aconteceu a criação? Então
agora que Ele viu (e lhe fez ver) que grande bem foi feito, deixe-O continuar a
obra e separar a sua luz das trevas ao redor. Isso é ser santo: separado. Ele
lhe fez nascer de novo, para ser LUZ. “As coisas antigas já passaram; eis que
surgiram coisas novas!”.
Seja Luz!
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