Vivendo um período de recomeços em minha caminhada cristã, tenho voltado a fazer as perguntas mais básicas: "Quem Deus é? Qual Seu grande propósito? O que Ele está tentando nos mostrar? O que Ele espera de nós?". Me pego pensando em como temos respondido essas perguntas até aqui. O que acreditamos sobre cada uma delas.
E, um dia desses, ouvindo o Leonardo Gonçalves cantando "There" , me vi refletindo sobre nosso ensino a respeito do céu, ou da eternidade. O que nós ensinamos para as crianças sobre o céu - as primeiras coisas, o básico? Lá no fim do nosso evangelismo de 5 cores, qual representa a eternidade? O amarelo. E o que ele retrata? As ruas de ouro! As ruas de ouro! E isso me deixou estarrecida! De tudo que poderíamos escolher para ensinar uma criança sobre o céu, foi a imagem das "ruas de ouro" a escolhida!
Então, continuei pensando sobre o que costuma vir à nossa mente ou ser expresso quando falamos do céu? "O descanso tão esperado para nossas almas; o fim de toda dor e sofrimento; a vida feliz para sempre; o lugar para os que foram feitos livres do fogo do inferno; o nosso reinado do lado de Deus"... e como é tudo sobre nós! Coroa, descanso, paz, segurança... e quanto é de Jesus que nós lembramos quando pensamos a respeito do céu? Quanto podemos dizer, como na música, "Eu não me importo com a coroa ou com a cor das vestes, enquanto Jesus estiver na cidade, eu quero estar lá!"?
Qual tem sido a essência da nossa fé? Em que a temos construído? Em medo do inferno? Em benefícios próprios? Em interesses egoístas? Em resolver nossos problemas? Porque se tem sido só isso, estamos tão longe! É tão maior do que isso! Tão além! Tão mais profundo e belo! O que são as ruas de ouro perante a oportunidade de finalmente encontrar nosso Amado e desfrutar de Sua companhia e Seu amor plenos eternamente? Ah, como estamos longe de entender a grandeza do que nos está proposto se não conseguimos perceber isso!
Será que realmente compreendemos? Ou será que precisamos voltar ao começo e aprender tudo de novo? No fim, estou certa de que é muito, muito mais bonito do que costumamos imaginar.