As pessoas costumam dizer que não
querem saber de Cristo porque nEle nossa liberdade é extinta. E elas querem ser
livres para fazerem o que quiserem. Mas, não é preciso pensar muito para
questionar que liberdade é esta que elas imaginam ter.
É livre quem vive subjugado por
seu egoísmo e individualismo, e sua tendência de sempre olhar para si mesmo em
detrimento dos outros? É livre quem precisa viver preocupado com os padrões e
cobranças desse mundo capitalista, superficial, fútil e cheio de vaidades? É
livre quem vive fugindo de si mesmo, de seus verdadeiros sentimentos, suas
responsabilidades, pois tem medo de reconhecer que seus caminhos estão vazios?
É livre quem vive de mentiras e enganos, ilusões, fugas?
Não. É escravo. Escravos é o que
somos, por natureza. Todos nós. Todos. Escravos do pecado: o que habita em nós
mesmos, o que habita no mundo, o que habita nas regiões celestiais. É por isso que
é tão difícil, na verdade impossível, nos livrar do pecado que nos assedia, do mais
explícito àquele tão pequeno que acabamos adotando para companheiro constante.
É por isso que o caminho do mau é tão fácil e desejoso. Ele combina com nossa
natureza pecaminosa que nos escraviza.
O homem sem Cristo não é livre,
ele é escravo. E o que Cristo vem trazer ao mundo é exatamente a esperança para
nossa condição. Não existia solução, não poderia haver nada que nos libertasse.
Seríamos para sempre escravos, por toda a eternidade, no fogo que não se apaga,
por este pecado que, seja sutil ou escandalosamente, nos marca e nos separa de
Deus.
Mas Ele se fez solução. O próprio
Deus, que era o Grande ofendido por nosso pecado, nos prepara uma solução – e SE
FAZ nossa solução. Ele morre a morte que era nossa. A morte que nosso pecado
exigiria de nós mesmos, Ele escolhe morre-la. Ele sofre as dores que nós deveríamos
sofrer. Ele paga a dívida que era nossa. E, ao contrário de nós, Ele era o
Único que não tinha dívida nenhuma para pagar. Mas Ele se dá como sacrifício.
Ele paga o preço para comprar estes escravos e os fazer Seus. E o preço é sua
própria vida, Sua carne, Seu sangue. Por nós. Pelo nosso pecado. Para nossa
libertação e santificação. E somente assim estes escravos podem ser
verdadeiramente livres. A morte dEle é o único meio de alcançarmos vida. Jesus
Cristo, e este crucificado.
Mas O crucificado ressurgiu dos
mortos, para nos mostrar que nem a morte pode detê-Lo, e que há esperança para
nossa própria morte. Nossa liberdade, nEle conquistada, ainda não é plena.
Nosso pecado ainda nos assedia furiosamente, dia a dia, e ainda temos que
lutar. Ainda precisamos vencer. Mas Ele nos garante a vitória. Porque fomos
comprados por Ele, por Seu sangue. E nEle venceremos, por fim, a própria morte.
Que outro caminho poderia haver
para que estes mais míseros escravos do mal pudessem alcançar a verdadeira
liberdade?
“mas, para os que foram chamados,
tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.
Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado”
(I Co. 1.24; 2.2)
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