sábado, 29 de setembro de 2012

Verdadeiramente livres




As pessoas costumam dizer que não querem saber de Cristo porque nEle nossa liberdade é extinta. E elas querem ser livres para fazerem o que quiserem. Mas, não é preciso pensar muito para questionar que liberdade é esta que elas imaginam ter.

É livre quem vive subjugado por seu egoísmo e individualismo, e sua tendência de sempre olhar para si mesmo em detrimento dos outros? É livre quem precisa viver preocupado com os padrões e cobranças desse mundo capitalista, superficial, fútil e cheio de vaidades? É livre quem vive fugindo de si mesmo, de seus verdadeiros sentimentos, suas responsabilidades, pois tem medo de reconhecer que seus caminhos estão vazios? É livre quem vive de mentiras e enganos, ilusões, fugas?

Não. É escravo. Escravos é o que somos, por natureza. Todos nós. Todos. Escravos do pecado: o que habita em nós mesmos, o que habita no mundo, o que habita nas regiões celestiais. É por isso que é tão difícil, na verdade impossível, nos livrar do pecado que nos assedia, do mais explícito àquele tão pequeno que acabamos adotando para companheiro constante. É por isso que o caminho do mau é tão fácil e desejoso. Ele combina com nossa natureza pecaminosa que nos escraviza.

O homem sem Cristo não é livre, ele é escravo. E o que Cristo vem trazer ao mundo é exatamente a esperança para nossa condição. Não existia solução, não poderia haver nada que nos libertasse. Seríamos para sempre escravos, por toda a eternidade, no fogo que não se apaga, por este pecado que, seja sutil ou escandalosamente, nos marca e nos separa de Deus.

Mas Ele se fez solução. O próprio Deus, que era o Grande ofendido por nosso pecado, nos prepara uma solução – e SE FAZ nossa solução. Ele morre a morte que era nossa. A morte que nosso pecado exigiria de nós mesmos, Ele escolhe morre-la. Ele sofre as dores que nós deveríamos sofrer. Ele paga a dívida que era nossa. E, ao contrário de nós, Ele era o Único que não tinha dívida nenhuma para pagar. Mas Ele se dá como sacrifício. Ele paga o preço para comprar estes escravos e os fazer Seus. E o preço é sua própria vida, Sua carne, Seu sangue. Por nós. Pelo nosso pecado. Para nossa libertação e santificação. E somente assim estes escravos podem ser verdadeiramente livres. A morte dEle é o único meio de alcançarmos vida. Jesus Cristo, e este crucificado.

Mas O crucificado ressurgiu dos mortos, para nos mostrar que nem a morte pode detê-Lo, e que há esperança para nossa própria morte. Nossa liberdade, nEle conquistada, ainda não é plena. Nosso pecado ainda nos assedia furiosamente, dia a dia, e ainda temos que lutar. Ainda precisamos vencer. Mas Ele nos garante a vitória. Porque fomos comprados por Ele, por Seu sangue. E nEle venceremos, por fim, a própria morte.

Que outro caminho poderia haver para que estes mais míseros escravos do mal pudessem alcançar a verdadeira liberdade?

“mas, para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (I Co. 1.24; 2.2)

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