sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O que uma mulher espera...


Um Homem: Não um menino. Não um moleque, que ainda acha que o mundo é um brinquedo e a vida é um jogo de video-game. Que ainda acha que o lance é "curtir" e que só sabe falar de trivialidades, piadas, bobagens e sempre foge de um papo mais sério. Que pode até ter aprendido como ganhar dinheiro, mas ainda não entendeu nada sobre relacionamentos e sobre construir algo, colaborar com o mundo e viver para algo além de si mesmo. Também não um velho, que aprendeu a ser pessimista e acha que somente papos cinzas são válidos e despreza todo riso e humor. Não, absolutamente não. Um Homem - que saiba o tempo certo de rir e de refletir, de falar e de calar, de pular e de aquietar, de chorar e de gargalhar. Um Homem - não na idade, não na estatura, mas na mente e no coração, aquele estágio de amadurecimento que permite olhar o mundo com seriedade e leveza, sabendo-se onde quer chegar.

Um Exemplo: Um referencial. Alguém para se admirar. Eis um sentimento vital a se ter: admiração. Aquela apreciação sincera e profunda por cada gesto, postura, resposta e solução encontrada, pelo caráter, pelos sonhos e desejos mais pessoais. Um sentimento muito além da paixão, da empolgação, da euforia, da atração... um sentimento para permanecer. Aquele que nos fará seguí-lo onde quer que ele vá. Aquele que nos fará apoiar cada passo de sua liderança e nos regozijarmos em sermos sua auxiliadora.

Um Protetor: Um responsável. Alguém para nos dar a segurança que precisamos, que irá assumir a liderança, a responsabilidade por "guiar o bando", sustentá-lo, suprí-lo, cuidá-lo. Aquele nos braços de quem poderemos descansar e confiar, pois ele tem a energia e a força necessárias para labutar dia e noite pelo bem-estar da casa, sem fugir dos compromissos que precisam ser atendidos, sem perder para a preguiça ou o ócio. Alguém de braços fortes, não em músculos, mas em disposição para plantar, semear e colher.

Um Amigo: Um companheiro. Um parceiro de caminhada. Alguém para segurar nossas mãos e ir conosco pela estrada, por mais íngreme que ela possa ser. Alguém para nos ouvir e conversar conosco, sonhar conosco, rir e chorar conosco. Alguém para dar o ombro, para se preocupar, para compartilhar vidas. Alguém com quem possamos ser nós mesmas, sem medo. Muito, muito mais do que uma grande paixão, uma mulher precisa de um grande amigo - seu melhor amigo. Pois sentimentos mudam, o corpo perde o vigor, o ritmo da vida diminue e, no final, o que restará e manterá um grande homem e uma grande mulher juntos será o amor que os fez melhores amigos - até o fim.


Este é um post para os rapazes, numa geração de meninos que nunca crescem, para que vocês possam entender que é necessário muito mais do que músculos e órgão sexual para ser um homem de verdade, e que o que uma mulher de verdade espera é um verdadeiro Homem. Para que vocês possam sonhar em ser estes homens e se empenhar para sê-lo. Que o prazer pelo video-game ou pelas piadas com os amigos possam, paulatinamente, ir evoluindo para uma maturidade que se preocupa com o outro, quer contribuir com o mundo e com o Reino de Deus, proteger uma esposa e criar filhos com valores que valem à pena - sem perder a capacidade de rir e de brincar. Que vocês possam encontrar esse equilíbrio e ser esses homens valorosos que esse mundo tanto precisa. Que a graça do Pai os encha destes sonhos e os capacite a vivê-los.

Meninas, sem dúvida estas não são todas as características que esperamos encontrar num verdadeiro homem, aquele a quem entregaremos nossas vidas um dia. Portanto, que vocês também possam estar contribuindo para enriquecer ainda mais essa pequena lista e ajudar nossos irmãos em Cristo a alcançar um bom padrão de hombridade. Conto com vocês!

Fica essa bela música de Eric e Leslie Ludy: "Poet and a Prince", para completar estas palavras...


Com esperanças de que nossa geração possa viver essa mudança de padrões e construir famílias mais fortes e belas, em Deus...

Me...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

URGENTE: Abaixo Assinado pela libertação do Pr. Yousef Nadarkhani

Estamos em estado de URGÊNCIA pedindo a todos que preencham o abaixo-assinado para o EMBAIXADOR DO IRÃ em favor do nosso irmão YOUSEF.


Atenção para as orientacoes de como fazer:

1) Você deve abrir nesse link: ( Clique aqui)

2) preencha os espaços requeridos com seus dados pessoais: nome, sobrenome, endereço, Cidade, CEP e email.

3) no espaço onde está escrito ADD YOUR MESSAGE HERE, copie e cole o email abaixo (favor, nao acrescentar nada alem do que já está escrito)


Your Excellency, the Ambassador of Iran

Dear Sir,

Along with many other people around the world, I have been following with great concern the case of Pastor Yousef Nadarkhani, who is being tried by a court in Rasht due to his religious beliefs.

I am writing to express my concern and hope that the court will drop all charges against Pastor Yousef, in accordance with international law and especially Iranian law and constitution, which clearly allows freedom for Christians to maintain their religious beliefs and practices.

I am also requesting Your Excellency to pass on my appeal and that of many others to the Iranian government, as a matter of great urgency in this case, so that an innocent person may not be condemned and the constitution of Iran may not be violated.

I am very grateful for your attention to this request.

Respectfully and sincerely,


4) Quando preencher todas as linhas, envie seu email ( send YOUR email)


Entenda o caso:

Poucos dias depois que o Irã libertou dois norte-americanos acusados de espionagem no país, um tribunal iraniano confirmou a acusação de apostasia contra o pastor Yousef Nadarkhani e sentenciou à morte.

O tribunal da província de Gilan determinou que o pastor Nadarkhani devia negar sua fé em Jesus Cristo, pois ele vem de uma família de ascendência islâmica. O SupremoTribunal do Irã disse anteriormente que não deveriam determinar se o pastor Yousef tinha sido muçulmano ou não em sua conversão.

No entanto, os juízes exigiram que ele se retratasse de sua fé em Cristo antes mesmo de terem provas contra ele. Os juízes afirmaram que, embora o julgamento vá contra as atuais leis iranianas e internacionais, eles precisam manter a decisão do Tribunal Supremo em Qom.

Quando pediram a ele para que se “arrependesse” diante dos juízes, Yousef disse: “Arrependimento significar voltar. Eu devo voltar para o quê? Para a blasfêmia que vivia antes de conhecer a Cristo?” Os juízes responderam: “você deve voltar para a religião dos seus antepassados, deve voltar ao Islã”. Yousef ouviu e respondeu: “Eu não posso fazer isso.”

Família

O pastor Yousef conseguiu ver seus filhos pela primeira vez desde março. Ele estava de bom humor e falava de sua enorme vontade de servir a Igreja depois que fosse libertado da prisão.

O pastor Yousef enfrentará duas “audiências’ adicionais hoje (27) e amanhã (28 de setembro) com o propósito principal de o fazerem negar sua fé cristã. Os advogados do pastor Yousef tentarão apelar para que revejam a sentença, mas se o tribunal agir segundo sua própria interpretação da Sharia (lei islâmica), Yousef pode ser executado amanhã.

Tecnicamente, não há mais direitos para recursos e sob a interpretação da lei da Sharia, o pastor Yousef tinha direito a três chances de se retratar. Amanhã será sua última chance de se retratar. Depois, ele poderá ser executado a qualquer momento.

Ore pelo pastor Yousef Nadarkhani, para que Deus o proteja e o livre da sentença de morte e possa ser liberto da prisão. Envolva mais pessoas para, juntos, intercedermos pelo nosso irmão.


Publicado originamente no Pulpito Cristão., li no Mensagem Reformada

domingo, 25 de setembro de 2011

O choro de uma geração...




Ontem descobri que minha prima, de 16 anos, saiu de casa. Senti um buraco se abrindo no chão e eu sendo engolida por ele. Hoje, soube que as coisas parecem ser bem piores do que imaginávamos. Uma menina que começou a namorar aos 14 anos, com uma família cheia de traumas relacionais e sem vida com Deus. Parece que o mundo desabou sobre mim e está tudo tão confuso e bagunçado na minha mente e no meu coração que quase entro em choque.

Ouvia meu pai falando das notícias que tinha dela, enquanto voltávamos de carro para casa, na minha saída da igreja, e passamos pela orla da cidade, na principal praça. Uma multidão de jovens e adolescentes. O mundo os tem ganhado. Tem oferecido tudo o que é possível para que eles estejam em qualquer lugar e fazendo qualquer coisa, menos buscando a Deus e encontrando uma solução pras suas vidas. Estão lá, perecendo, precisando conhecer a verdade para serem salvos, enquanto nós estamos dentro de nossas igrejas.

Meu sentimento, diante de tudo isso e ainda outras bombas que resolveram estourar sobre minha cabeça essa semana, foi quase de impotência ou inutilidade. Fui ao Pai, chorei todas as lágrimas que tinha, vendo quanto trabalho há para ser feito e quão pouco eu mesma tenho feito. Quanto tempo temos perdido, Igreja de Cristo! Mas, então, lembrei daqui, de vocês e resolvi vir aqui para, pelo menos, falar com vocês. Especialmente com vocês - meninas adolescentes.

Vim aqui para soar um alarme bem ressoante que eu gostaria de fazer soar a todas as meninas de 13, 14, 15, 16, 17 anos que estão por aí sendo engolidas e enganadas pela maneira como Satanás tem distorcido sentimentos e emoções e feito-as entregarem suas vidas à mentiras e à desilusão. À morte - do espírito, da alma e, quantas vezes, do próprio corpo. Falo a vocês o que eu gostaria que todas elas ouvissem.

E o que quero lhes dizer é do intenso perigo que essa fase representa em nossas vidas, meninas. Representou na minha. Tem representado na vida de cada moça na face dessa terra. E, sem dúvida, já representou, representa ou representará para você.

As pessoas sempre me disseram, quando eu era adolescente, que eu tinha uma cabeça excelente, muito além da minha idade. Era uma menina "de cabeça". Mas eu ainda posso me lembrar de QUANTAS besteiras eu fiz quando me aproximei e cheguei aos meus tão famosos "15 anos". Como, hoje, aos 23 anos, olho para trás e vejo a intensidade com que eu estava errada enquanto achava que estava absolutamente certa. Como eu era cega! E essa, acredito eu, é a característica de maior perigo para meninas adolescentes nessa fase: a cegueira.

Não é que esse seja um momento da vida intrinsecamente ruim, mas que todas as mudanças que acontecem em nossas vidas nesse período, e toda a maneira desvirtuada com que isso tem sido dirigido, tem levado muitas e muitas e muitas meninas a se perderem. Estamos iniciando nossa adolescência, nos afastando do período de "meninas" e nos descobrindo "Mulheres". Ficamos mais bonitas, ao mesmo tempo em que descobrimos "os meninos" - e eles também nos descobrem. É quando nosso corpo e nossa mente começa a vivenciar sexualidade. Descobrimos nosso poder de sedução e, ao olharmos ao redor, vemos o mundo inteiro pregando que essa é a nossa maior arma - e nosso maior valor. E, influenciadas pelos "amigos" do mundo, vamos e vamos até que acreditamos nessa mentira.

Além de tudo isso, a adolescência é aquele momento em que nos achamos "super-heróis": sabemos o que queremos da vida e nada poderá nos impedir! É o momento dos sonhos intensos e eufóricos, de êxtase por descobrir o mundo e a vida! As coisas são intensas demais durante a adolescência e achamos que devemos viver tudo aqui e agora. Emoções à flor da pele. Sentimentos e sonhos que parecem perfeitos e inquestionáveis. Como achamos que somos os donos da verdade em nossa adolescência e juventude - todos estão sempre errados, somente nós sabemos a verdade das coisas. E hoje, tendo passado por todas essas coisas e chegado aos 23, posso afirmar para vocês: isso tudo é engano!

Toda essa descoberta da sexualidade, nossa descoberta enquanto mulheres, nossa feminilidade, a descoberta dos rapazes e o desejo de encontrarmos a pessoa certa e nos unirmos a ele para viver um romance, toda a euforia das emoções e dos sonhos, toda a intensidade, todas essas são características que Deus colocou em nós! Elas não são ruins ou erradas por si mesmas! Mas podem se tornar, se mal direcionadas...

Meninas, não vou dizer pra vocês que vocês não devem se apaixonar aos 13, 14 ou 15 anos ou que isso é errado. Não! Vocês VÃO se apaixonar, e não serão poucas vezes, vão achar que encontraram o "cara perfeito" uma, duas, três e tantas outras vezes, vão querer ganhar o mundo em 24 horas e vão achar que os pais de vocês e todas as pessoas mais velhas estão "fazendo tempestade em copo d'água" e "pegando no pé" de vocês! Isso vai acontecer. Porque acontece com todo mundo! E essas não são coisas erradas em si mesmas. Isso é adolescência.

O que eu quero dizer pra vocês é: primeiro, vocês precisam se esforçar para ouvir os conselhos que lhes dão e, segundo, esse não é o momento de se envolver! Não serão essas as respostas para o resto de suas vidas! Vocês irão mudar, meninas, muito mais do que podem imaginar! Vocês mudarão, o mundo mudará aos seus olhos, os propósitos de vida, o entendimento dela. E, por esse motivo, os seus 15, 16, 17 anos não são o momento para tomar grandes decisões - especialmente quando elas envolvem emoções. Porque as emoções são demasiadamente extasiantes neste tempo, e estados assim costumam nos cegar, limitar nossa capacidade de entendimento e nos fazer cometer erros impensáveis.

Sim, eu quero dizer pra vocês, meninas adolescentes, quero dizer muito enfaticamente: ESSE NÃO É O MOMENTO PARA VOCÊ NAMORAR! Na verdade, eu quero pedir, CLAMAR a você, se você tem menos de 17 anos, POR FAVOR, NÃO NAMORE! Não se envolva romanticamente com nenhum rapaz! Não entregue seu coração! Não entregue seu corpo! Não entregue sua alma... De verdade, você não está preparada para essa batalha. Ela é MUITO mais perigosa e difícil do que você pode supor!

O mundo não é conto de fadas, feliz ou infelizmente. Ele é muito real e muito duro. As batalhas que enfrentamos nele requerem força, maturidade, compreensão de vida. E no romance, essa é uma verdade muito grande. Tenho visto amigos de 20 e poucos anos, enfrentando crises grandes em suas vidas espirituais por causa de namoro. Eu mesma sei que terei que lutar fortemente para não sucumbir quando chegar o momento de me envolver. Não é fácil, não é brincadeira, meninas. Se é difícil para uma pessoa de 23 anos, imaginem para alguém com 14. Não entrem nessa, meninas, por favor! Espere mais um pouco para se jogar no campo de batalha e começar a correr o risco de ser baleada e sangrar sem motivos. Deixe-se treinar um pouco mais.

Vocês não precisam se sentir culpadas se se descobrirem apaixonadas por algum rapaz e sentirem que querem passar o resto da vida com ele. Isso é comum. Mas vocês ainda não entendem o que quer dizer "passar o resto da vida com alguém". Eu mesma ainda não entendo totalmente. Mas, um dia, daqui a alguns anos, vocês verão o quanto o tempo nos muda. É o que chamamos de amadurecimento. Cada um de nós precisa disso. As paixões surgirão, irão embora, virão outras que também irão embora, você vai chorar achando que perdeu a grande e única chance de viver o grande amor de sua vida, mas acabará descobrindo que o fim ainda está distante, e que quando nos deixamos moldar por Deus através do tempo, todas as coisas vão se tornando muito mais valiosas.

Eu digo todas essas coisas a vocês como uma irmã mais velha, apavorada com a ideia de que mais e mais dentre vocês se percam nessa fase tão difícil, que mais de vocês vejam todas essas coisas que Deus criou sendo desvirtuadas, usadas da maneira errada e transformadas em mentiras. Peço, mais uma vez, a vocês: NÃO NAMOREM. Esperem. Deixem Deus revelar a vocês, através do tempo, mais do que a vida é.

Peço isso como uma irmã. Por amor. De alguém que já viu, diante de si mesma e nas vidas dos outros, as "ciladas dos 15 anos". Por favor, tenham cuidado. E deixem-se cuidar.

Que Deus as guarde e guie seus corações.

Com muito amor e esperanças de que vocês se salvem, no meio desta geração tão mau...

domingo, 11 de setembro de 2011

Dia de lágrimas...

 "Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração."

(Mateus 6:19-21)



 
O agir de Deus sempre me surpreende. Completamente. Me tira de um "dia cor-de-rosa" e leva-me a um dia "de lágrimas".

Hoje compreendi, mais uma vez e de forma mais clara, que "dias cor-de-rosa" não devem ser raros, mas também não devem ser muitos. Estes são dias em que colocamos os olhos em nós mesmos - nossos sentimentos e desejos. E isso não é ruim, mas, se permanecemos assim durante muito tempo, com facilidade nossos horizontes se estreitam e somos tomados por aquelas síndromes de egoísmo, individualismo e antropocentrismo típicas de nosso século mal. Dias emocionalistas em demasia nos fazem correr esse risco.

É quando precisamos, após aquela breve (e necessária) contemplação de nós mesmos, voltar a levantar os olhos e contemplar todo o restante da criação e da vida. E é somente quando nossos olhos voltam a contemplar a Cristo.

Hoje percebi um grande perigo dos "dias cor-de-rosa": enquanto somos tomados pela visão das borboletinhas e poesias e "primaveras" das nossas emoções e deste mundo, retiramos nossos olhos da cruz de Cristo e das belezas eternas. Sim, entendi isso hoje, durante o culto ao Senhor - quando meus olhos voltaram a contemplá-Lo. Sabe o que é mais maravilhoso? É que a beleza de Cristo é indescritivelmente mais suprema do que mil dias "cor-de-rosa".

Por que meu dia foi "dia de lágrimas", então? Porque, ainda diante de tamanha beleza, voltei a ver que, enquanto presente aqui nesta terra, nem tudo são "rosas". Porque ouvi sobre o tão grandioso amor do Pai, que nos deu Seu único Filho para nos levar à comunhão com Ele, e isso pulsou tão forte em toda a minha alma, mas ao mesmo tempo vi tantas pessoas que tem, simplesmente, ignorado tudo isso. Pessoas que ouvem, mas desprezam. Pessoas a quem é oferecido o maior e melhor presente que possa haver, mas ainda conseguem virar as costas e negar. Negar com suas vidas.

Essas foram minhas lágrimas. De tristeza por ver um mundo que despreza o que há de mais precioso na vida. O Rei de todos os reis. O Senhor de toda a criação. E O trocam pelas pequenas riquezas, prazeres, luxúrias e, quem sabe, até mesmo os "dias cor-de-rosa" deste mundo. Preferem continuar olhando para si mesmos, para o horizonte que não passa de cinco dedos, ao invés de contemplarem a eternidade que se estende diante de seus olhos.

Que a graça e a misericórdia de Deus possam alcançá-los, assim como um dia me alcançou. E que, nem nós e nem eles possamos continuar a resistir a elas.

“[...] Que havia de mais importante para o homem do que seu destino eterno, aquecendo-se ao brilho do Messias? E que havia de menos importante que as coisas terrenas, as coisinhas empoeiradas, as insignificantes pequenas fortunas, as preocupações que davam? O homem Médio tinha a mente tão pequena que não podia abarcar a incrível diferença? Era como se alguém entrasse num pequeno oásis e pensasse que ele fosse o mundo inteiro, e se zangasse ao simples pensamento de que além daquele lugar acanhado existissem cidades enormes, terras extensas e o zumbir fremente da vida sem fim. Esse homenzinho chorou quando lhe disseram que devia partir para uma existência maior, agarrando-se à sua palmeira desfolhada, ao seu pedaço encharcado de relva, ao pequeno poço de água barrenta, sem querer acreditar – não! recusando-se a acreditar – que um destino maior o chamava e que ele precisava ir.”
(Taylor Caldwell, do livro “Paulo de Tarso – O Grande Amigo de Deus”)

sábado, 10 de setembro de 2011

Dia "cor-de-rosa" *-*

"Felicidade não conhece o tempo. Ela chega com um sorriso, no começo da manhã ou na chegada das primeiras estrelas. Felicidade se acomoda no fundo da alma. Cria um canto onde te faz encontrar com primaveras, setembros, passarinhos, crianças e todas as coisas que te faz sorrir."

| Vanessa Leonardi |
{Blog Caixa Mágica - caixamgica.blogspot.com}



Dias "Cor-de-Rosa"...

A verdade é que precisamos deles! Que não sejam muitos (para não cegar-nos acerca das realidades que precisam ser enfrentadas na vida), mas também que não sejam raros (para não nos tornarmos endurecidos e acinzentados)...

Aqueles dias cheios de inspiração, estrelinhas, passarinhos cantando, palavras cantadas e poesias... Assistir a um filme bobo, ler palavras românticas, suspirar pensando no futuro...

Precisamos deles porque somos mulheres, e em toda mulher Deus plantou essa natureza "rosa". Por mais que racionalizemos, e que precisemos muito da razão em nossa caminhada por aqui, essa natureza está lá! Como disseram John e Stasi Eldredge, em seu livro "Em busca da alma feminina": "três anseios que regem a natureza feminina [...]: revelar beleza, desempenhar um papel insubstituível em uma grande aventura e viver um romance". Isso é verdade.

Então, que tiremos dias para reencontrar nossa natureza feminina e amá-la! Amá-la porque ela vem do Criador e é isso o que a torna tão bela!

Alimentá-la com rimas e flores, música, imaginação, sonhos... porque também foi Deus quem deu o dom de romantizar às pessoas e o dom de expressar sentimentos em palavras. E a capacidade que as palavras podem ter de ir tão fundo ao coração!

Tudo isso faz parte de nós, "seres femininos" da criação. E não podemos deixar essa beleza permanecer muito tempo distante de nossos olhos - e de nossos corações.

Por isso, estou tendo um "dia cor-de-rosa". E isso é muito bom!

Não, não acho que devemos viver por emoções e tenho absoluta compreensão de que coração sem consciência é um perigo latente. Mas as emoções existem, e devem existir. Precisam. Elas também são companheiras, abrem horizontes, renovam os sorrisos, revigoram esperanças, trazem novas cores...

Precisamos delas tanto quanto precisamos de sonhos - mesmo os mais bobos. Olhar as estrelas e desejar alcançá-las, ainda que saibamos, lá na mente, que elas estão longe demais dos nossos braços. A graça de termos um "coração emocional" é que ele pode chegar onde os braços não chegam. É o sopro do infinito de Deus habitando em nós. Ele nos deu!

Sempre penso em Deus, lá em cima, rindo de minhas "bobices" (como diz uma amiga! =P). Aqueles momentos "flutuantes", sonhos de criança e toda essa manifestação "cor-de-rosa" típica de uma "mulher sonhadora". rs. Não sei se posso estar "teologicamente" errada nisso, mas essa imagem sempre me vem à mente. E falo com Deus: "Pai, o Senhor deve ficar somente rindo de mim, hein? E falando: ' - Essa minha filha é mesmo uma boba!' ". Mas até isso é engraçado, porque parece simplesmente "fazer parte".

No fim, a conclusão é sempre que precisamos aprender o equilíbrio. Dias cheios de razão e, algumas vezes, até mesmo do peso que ela pode trazer. Mas também dias que dêem espaço à nossa "alma feminina" e ao coração. E equilibrá-los. Saber apreciar a beleza que há em ambos - e a necessidade que temos de ambos. E, assim, ir andando.

"Quero tua risada mais gostosa,
esse seu jeito de achar que a vida pode ser maravilhosa..."
{Vitoriosa, Ivan Lins}


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A geração que precisa calar...


Somos a geração da novidade. Tecnologias que se renovam a cada minuto, avanços nas ciências, crescimento profissional, atividades dos mais variados tipos, capacidades a desenvolver, potenciais a atingir. Somos a geração da corrida pela evolução. O chamado é fazer algo novo e mais avançado a cada momento. Assim, nossa geração virou ativista - parar é um crime, pois "tempo é dinheiro".

Ao mesmo tempo, somos uma geração de pouca profundidade. Os relacionamentos mostram muito disso: pais que não conhecem seus filhos, filhos que não conhecem seus pais, irmãos que não se conhecem, cônjuges que não se conhecem - ainda que vivam durante anos sobre o mesmo teto. Falta compartilhar, falta convivência, falta aproximação. Vivemos sempre rodeados de pessoas, fazendo mil e uma coisas simultâneas, num frênesi sem fim - mas ainda falta tudo.

No meio dessa corrida, nossa geração perdeu a essência. Na verdade, talvez sequer saiba o que isso significa. O próprio termo acabou se perdendo na preocupação em desenhar "lindas capas" para livros que não têm páginas escritas. Nosso mundo moderno tem nos vendido uma vida muito enfeitada, mas vazia. E, infelizmente, muito disso tem invadido e tomado conta de boa parte da mentalidade e da vivência daqueles que se chamam pelo nome de Cristo.

No meio das congregações, tudo virou barulho. Novidades, renovações, evoluções - este é o lema das "igrejas modernas". Este é o lema na mente dos jovens e adolescentes, afinal, é preciso "evoluir". Então, novas metodologias de "melhoria" daquele significado antigo do que quer dizer ser Igreja e ser Cristão surgem todos os dias. "Modelos de crescimento de igreja". E a corrida pelo "sucesso" continua, agora dentro das "igrejas". Ativismo, superficialidade, movimento, luzes, brilho, barulho.

Somos a geração que precisa calar. Aprender a parar tudo e refletir, pois no meio de muito movimento, pouco se pode ver a respeito das coisas e, assim, as conclusões se tornam muito pouco confiáveis. Precisamos aprender a pausar o ritmo desenfreado em que fomos colocados, seja lá fora no meio da sociedade consumista e capitalista, seja no meio da "igreja" ativista e cheia de novidades. Nossa necessidade é reaprender o silêncio, a calma, a reflexão, a procura pela essência. Reaprender a procurar Deus e encontrá-Lo. Reaprender a deixar de tagarelar e deixar Deus falar, quietos, para que possamos ouví-Lo. Reaprender a fixar os olhos na Luz que é Cristo, ao invés de viver a procura de novas luzes "mais coloridas". Reaprender a ter propósitos, em vez de viver caminhando para canto nenhum.

Somos a geração que precisa parar e recomeçar - e reaprender.

Voltemos ao Evangelho.

"Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado." (1 Co. 2.2)

Simplicidade e Verdade

Um texto antigo do Sonhando na Contramão, que fala sobre uma reflexão para a qual o Espírito Santo despertou meu coração nessa tarde, pensando sobre como conduzir um trabalho com jovens/adolescentes na igreja. O texto é de 29 de março de 2010, mas ainda tão propício. Fica a reflexão.

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"Hoje eu cheguei da igreja, mais vazia do que eu gostaria de estar ao sair de uma “igreja cristã”, e vim para meu quarto. Como agradeço a Deus pelo meu quarto! E comecei a ouvir uma mensagem em áudio do pr. Jeff Fromholz, e a mensagem começou com uma música. Puxa, há quanto tempo eu não ouvia um verdadeiro LOUVOR como este. Era uma música tão simples, apenas um violão e, talvez, uma guitarra (nem tenho certeza se tinha guitarra), uma letra pequena, cantada com um sotaque americano que acabava pronunciando as palavras de uma forma meio errada, uma voz comum, sem aqueles truques de quem fez 50 anos de aula de canto ou coral... e meu Deus quebrou o meu coração através de uma coisa: SIMPLICIDADE!

E é sobre isso que quero falar. SIMPLICIDADE. Ah, como tenho sentido falta disso! Eras, acho mesmo que não tenho como expressar o quanto tenho sentido falta disso! E lá vem as minhas confissões mais uma vez! Sabe, não quero parecer reclamona, ou que eu tenha o hábito de ficar murmurando, até porque isso não é uma murmuração, mas é a tristeza de um coração que tem visto o nosso Deus ficando de fora daquilo que chamamos de Sua Casa para dar lugar aos homens e suas “necessidades”, é a tristeza de um coração que tem visto tantas pessoas sendo enganadas (inclusive muitos líderes) e ensinadas a acreditar em coisas que estão tão distantes da Verdade de Jesus. E, se falo dessa tristeza, é na esperança de que isso possa ser usado por Deus para despertar-nos, para acordar nossa geração, para fazer qualquer coisa que seja a fim de ver algo mudando. É na esperança de fazer alguma coisa, ao invés de ficar parada “reclamando”.

E eu tenho sentido falta desta SIMPLICIDADE. Sabe, a simplicidade de Jesus! Uma pessoa que não precisava gritar, alterar sua voz, fazer voz de choro, usar palavras poéticas ou apelos emocionais, alguém que simplesmente falava. A simplicidade de alguém que sabe que é Deus quem opera e não as suas palavras. A simplicidade de alguém que sabe que a verdadeira conversão não acontece em função da pressão psicológica que você fez nas pessoas que estavam lhe ouvindo, através de seus gritos e exageros, mas através da ação do Espírito Santo e da demonstração de Poder que vem através da pregação do verdadeiro Evangelho. A simplicidade de alguém que não precisava ficar “brigando com demônios” e gesticulando, apontando o dedo para eles, para que eles o “obedecessem”, mas que sabia que era a autoridade dada por Deus quem os afastaria, simplesmente.

Como estou cansada dos shows musicais de todos os cultos evangélicos! Ahh.. como eu gostaria de parar um pouco de ouvir toda a barulhada da bateria, todas as exibições dos solos nos teclados, baixos ou super guitarras, todas as super vozes combinadas em corais, dizendo pra você levantar as mãos, e pregando uma “liberdade” que se resume em movimentos do seu corpo... sim, estou cansada. Cansada de ver todo mundo levantando quando todos levantam, sentando quando todos sentam, batendo palma quando todos batem e dizendo Amém quando todos dizem, mas sem nunca ver alguém ajoelhando-se para orar ou realmente compreendendo o que está fazendo naquele lugar.

Gostaria de voltar a ouvir verdadeiros Louvores. Aqueles que não precisam ser grandes e espetaculares, que não precisam ser feitos por maestros, super-músicos ou super-cantores, mas que precisam ser sinceros, cheios de Verdade e, acima de tudo, ser uma expressão de sua VIDA. Apenas um violão, apenas umas poucas palavras, apenas uma voz... porque não é sobre isso que se está tratando – não é sobre a MÚSICA, é sobre nossas VIDAS! Sabe, não precisar cantar em pé porque estão todos de pé,mas poder curvar minha cabeça sentada ou, quem sabe, ajoelhada, e dizer aquelas palavras para Aquele para quem elas são. Não cantar para homens, não olhar para homens, nem para mim mesma, mas voltar-me para Deus... em SIMPLICIDADE.

Ahh... sim, como sinto falta disso! De um pouco de silêncio, de uma parada para realmente avaliar os meus propósitos, minhas motivações, os objetivos da minha vida, de uma ORAÇÃO cantada, ao invés de uma MÚSICA que nunca chega a ser uma oração. Sinto falta dos semblantes concentrados, sérios por levarem a sério aquilo que está sendo falado, por entenderem sobre a Santidade do Lugar onde estamos pretendendo entrar: o SANTO dos SANTOS, ao invés dos sorrisos marotos inacabáveis que sempre acompanham palavras sobre você, suas necessidades e as bênçãos que VOCÊ vai alcançar naquela noite.

E, além disso tudo, sinto falta de ouvir a Verdade. Mais do que isso, de ver que esta Verdade tem sido levada a sério, tem sido compreendida, em toda a sua Simplicidade, mas também em toda a sua Plenitude, Seriedade e Santidade. As Sagradas Escrituras sendo tratadas como SAGRADAS, e não como meros textos dos quais podemos tirar “alguma lição para as nossas vidas”. Não é isso que elas são! Elas não tem “alguma lição bonitinha para nosso dia”, elas tem TODAS AS RESPOSTAS que precisamos para as nossas vidas! Elas são a manifestação física, visual que Deus nos deixou para aprendermos sobre Ele e Sua VERDADE!

Simplicidade... e Verdade – são minha esperança. Parar o barulho, parar a “festa” em tempo inoportuno, e silenciar, voltar a ser simples e a viver a Verdade."