segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Coisas do tempo...

Frases do tipo "Um dia você aprende..." sempre me soaram com muita desconfiança. Desde criança. Não sei como, mas de alguma forma sempre tive minhas convicções, e pensava sobre elas: "Isso nunca será diferente"!

Lembro bem quando eu estava lá pela 4ª ou 5ª série do ensino fundamental e comecei a ter aulas de ciências. E a professora foi falar sobre puberdade. Ela falou sobre hormônios e como as pessoas passavam a se interessar pelo sexo oposto. Aquilo foi um choque em minha vida! Achei o maior absurdo da face da terra e, muito veementemente, contrariei: "Isso nunca vai acontecer comigo!". 

Também lembro da adolescência e juventude, com todos os sonhos grandes de conquistar o mundo inteiro de uma só vez, e aquela convicção de que isso era realmente possível. Era inaceitável imaginar que conquistar o mundo poderia ser algo calmo e feito passo a passo - qualquer coisa menos "intensa" era exatamente o que não deveria-se escolher.

Hoje essas coisas me fazem rir. E são apenas dois dentre os tantos exemplos. Me fazem sorrir por ver quantas mudanças ocorreram e continuam a ocorrer em minha vida. 

Essas coisas do tempo. Elas têm me feito parar mais vezes do que poderia supor para refletir, nos últimos tempos. Meus pais sempre me disseram que eu era muito "ansiosa", e eu não entendia muito isso. Achava que eles que eram "calmos demais". Mas acho que eles já sabiam que um dia eu compreenderia. Coisas que o tempo nos ensina. O amadurecimento.

As mudanças que vêm para todo mundo, essas que nos fazem mais sábios, mais tranquilos e pacientes, mais esperançosos. Aquela sabedoria sobre a qual a Bíblia tanto fala. Sim, existem muitas formas de buscá-la, mas acho mesmo que o tempo é um dos maiores professores, nas mãos do Senhor de todas as coisas. Porque ninguém foge dele - o tempo.

E isso é muito bom. Crescer e amadurecer. Ver as coisas de criança dando espaço para as coisas de adulto, ver a alma serenando e aprendendo realmente a esperar. Parafraseando um poeta popular: "Andar devagar, porque já se teve pressa...". É como me vejo hoje. Não com menos desejo de alcançar as nuvens, porém mais consciente do chão no qual meus pés pisam, e da importância dele. Mais consciente de que tudo tem o seu tempo e sua forma de acontecer, e que não adianta querer apressar as coisas. Mais consciente de que a "estatura de varão perfeito" é uma caminhada, não um prêmio instantâneo, como de um super-herói.

Às vezes, ainda me vejo querendo ter tudo hoje e agora. Querendo aprender tudo neste exato momento, e me chateando deveras pelas imperfeições que ainda vejo em mim. Mas então penso em quanto já mudei e cresci até aqui, de uma maneira que nunca poderia imaginar. E isso me faz ter esperanças, de que a mudança continuará acontecendo.

A coisa que mais me surpreende nessa metamorfose que é o amadurecimento é a naturalidade com que ela acontece. Não planejamos o seu acontecimento. Não pedimos, sequer imaginamos as coisas que o tempo traz. Mas elas vêm. Naturalmente, como a graça de Deus! Frutos da graça de Deus. E é isso o que me dá esperança.

Como não planejei tudo o que já houve até aqui, mas ainda assim fui agraciada com tanto, posso esperar que este cuidado permanente de Deus, me ensinando a ser "gente grande", me ensinando a Sua sabedoria e Seu discernimento, continuará a me acompanhar. 

E nisto posso descansar.

Estas coisas do tempo de Deus...

"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu..."

Glórias ao Senhor por Sua tão grande bondade!


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A resposta certa


Muita gente me pergunta o porquê de eu viver como vivo. Especialmente no que diz respeito a relacionamentos. Por que uma jovem, na flor da idade, com características para se relacionar com pessoas muito legais, está solteira? Por que você não namora? Por que se mantem virgem? Por que esperar a “pessoa certa”? Por que não sai para se divertir? Você poderia conhecer pessoas legais indo a lugares diferentes...

Estas são perguntas que já ouvi várias vezes. E, ao me deparar com elas, eu ficava meio perdida no meio de tantos argumentos que já defendi e tenho defendido que poderiam responder a elas, e acabava dizendo coisas do tipo: “Porque ainda não encontrei a pessoa certa”, “Porque Deus ainda não mandou o príncipe” ou “Porque quero alguém para casar e o casamento é algo muito importante para Deus”.

Mas depois, essas perguntas (e essas respostas) ficavam martelando continuamente em minha cabeça. E eu sempre chegava à conclusão de que não era bem isso o que eu deveria responder, que a questão era muito mais profunda do que essas respostas, que faltava algo. Na realidade, eu estava dando “desculpas”, e não respostas. E, então, eu ficava pensando sobre “qual seria a resposta correta a dar?”.

E acho que, finalmente, entendi – ou, pelo menos, acho que encontrei o caminho correto agora! A resposta para todas as coisas das quais abri, e continuo abrindo mão, em minha vida, as quais parecem tão atrativas e poderiam estar sendo vividas e “curtidas”, é somente uma: eu encontrei algo muito mais valioso para viver!

A questão não é “Porque esperar é o melhor! Você tem que se preservar, valorizar o seu corpo e seus sentimentos! Guardar-se para o momento especial que será o seu casamento! Pense em quanto de si você terá para oferecer ao seu cônjuge, quanto já deixou em outros relacionamentos...”, e lá vamos nós. A questão, quando alguém pergunta por que você deixaria tudo o que tem para ser um missionário, não é: “Porque existem pessoas que precisam de ajuda e a nossa vida deve ser usada por uma boa causa! Precisamos fazer nossa vida valer à pena!”. Não, não é nada disso!

A questão é: eu encontrei algo melhor do que tudo o que este mundo possa me oferecer. Eu encontrei a CRISTO! E, diante dEle, o brilho deste mundo, o prazer de todas as coisas que ele pode me dar torna-se absolutamente nada!

Sabe, eu já passei pela fase de ir a festas e querer namorar ou ficar com rapazes. Acreditem vocês ou não, eu já passei por isso! Ia a boates e raves, e me “empolgava” ao planejar “esquemas” com algum garoto. Eu até pedia a Deus para arrumar alguém com quem “ficar” ou namorar, depois de muito ser importunada por minhas amigas que diziam ser inconcebível uma moça de 16 anos que nunca havia ficado com ninguém! E eu vivi essas coisas. Fui a festas, beijei rapazes, me vesti e produzi sensualmente para atrair os olhares masculinos... Eu estive lá, onde dizem estar os “prazeres desse mundo”.


O que eu encontrei lá? Vento. Nada. O vazio de viver imitando os outros, sem encontrar nenhum sentido para minha própria vida. Correr atrás do vento. Beijei três rapazes, e nenhum deles significou nada para mim. Nenhum daqueles beijos representou o que eu esperava que eles representassem. De todas aquelas festas às quais fui, não me lembro de nada que tenha realmente ficado em minha vida, a não ser da vergonha de me portar como alguém que oferece um produto no mercado. Eu chegava em casa, depois de toda aquela empolgação, e nada havia mudado. Nada.

É por isso que nada dessas coisas se faz necessária em minha vida hoje. Porque eu encontrei algo melhor. Encontrei algo INFINITAMENTE melhor. Cristo! Aquele que me deu uma identidade, Aquele que recebeu e motivou meus sonhos (quando todos os tratavam como bobagens), Aquele que mudou e continua mudando as negras nuvens do meu coração, Aquele que me deu sentido, Aquele que transformou e tem transformado meu “nada” em tanta coisa, Aquele que me deu vida e, assim, tirou o vazio que teimava em permanecer lá dentro, Aquele que tem mostrado Seu cuidado e amor a cada dia, Aquele a quem sei que não mereço e nunca mereci mas que continua do meu lado mesmo assim, Aquele que me ama como eu jamais poderia imaginar ser amada... JESUS!

Como os beijos, as baladas, os olhares, o reconhecimento, a vaidade, o status podem ser melhores do que ELE? Antes eu TINHA tantas coisas, mas não ERA nada. Hoje eu SOU de verdade, e todas aquelas coisas tornaram-se tão pequenas. Conheci o que é VIDA. Não perfeita (ainda), não sem dores e tribulações, mas uma vida que continua pulsando dentro do peito aconteça o que acontecer. Um Deus que tem se revelado dia após dia, mesmo quando estou tão fraca que sequer tenho vontade de busca-lo ou de procurar ouvir a Sua voz. Ainda assim, Ele continua operando e continua falando.

Não. Eu não poderia abrir mão disto! Não vale à pena! Encontrei um tesouro pelo qual vale à pena vender tudo o mais para poder comprar.

Encontre-o também. E, tendo encontrado, não troque este tesouro por nada!

................................................................


"Filosofia não me deu felicidade,
explicação não explicou o que eu te fiz.
Eu tinha tudo ao meu redor,
saúde, paz e tanto amor
e mesmo assim não soube ser feliz.

Minha casa é a casa do Senhor
Minha casa é a casa do Senhor (bis).

Eu me afastei porque pensei ser meu direito
usar daquilo que era meu como escolhi.
Eu tinha ao meu redor
e Deus me dava o seu amor
e mesmo assim meu Deus eu não ouvi.

Imaginei saber de tudo e fui descrente
contra meu Deus ouvi falar e me calei.
Não eu não fui um bom cristão,
pois fiz ao mundo concessão
e sem notar, de Deus me envergonhei.

Igual ao filho que partiu naquela história,
felicidade longe dele eu não achei.
Filosofia não me deu
aquela paz que vem de Deus,
ao meu Senhor agora eu voltarei."


[O filho pródigo - Pe. Zezinho]


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Quem precisa do casamento?



11 de fevereiro de 2011 (Breakpoint.org/Notícias Pró-Família

Esse foi o título de uma recente matéria de capa da revista Time sobre como a instituição do casamento mudou em décadas recentes.

Citando um estudo amplamente divulgado do Pew, a reportagem da Time disse que 40 por cento dos americanos creem que o casamento ficou obsoleto. Mas se o casamento se tornou obsoleto, então tais coisas como sociedades saudáveis logo serão obsoletas também.

Aliás, os custos econômicos e sociais da desintegração dos casamentos nos Estados Unidos são simplesmente descomunais. Dois de nossos Centuriões, meus bons amigos e colegas Chuck Stetson e Sheila Weber, lançaram uma campanha nacional chamada “Let’s Strengthen Marriage” (Vamos fortalecer o casamento), para reconstruir uma cultura de casamento aqui nos EUA e no mundo inteiro. Eis apenas alguns dos fatos que eles coletaram:

Em termos econômicos, o divórcio e ter filhos fora do casamento custam por ano pelo menos 112 bilhões de dólares aos contribuintes americanos do imposto de renda e aumentam significativamente os índices de pobreza de mães e filhos. Mães casadas têm índices mais baixos de depressão do que mães solteiras ou amigadas.

O custo social é imenso — como construir prisões. A vasta maioria dos homens e mulheres que tenho visitado atrás das grades veio de lares despedaçados ou cresceram sem um pai em suas vidas. Em 2009, a Califórnia comprovou que não dá para se construir cadeias em rapidez suficiente para alojar esses homens e mulheres quando um comitê de três juízes ordenou que o estado soltasse 27 por cento de seus presos devido à superlotação.

Como se isso não fosse ruim o suficiente, o declínio do casamento não prenuncia boas coisas para o futuro. Os índices de declínio do casamento levam a índices de declínio da fertilidade. E muitos países ocidentais, sem mencionar o Japão e a China, estarão lidando com uma situação economicamente insustentável na metade do século. Eles terão metade dos trabalhadores saudáveis e o dobro de pessoas com mais de 65 anos fora do mercado de trabalho. Quem vai pagar as dívidas do governo? Quem vai pagar as aposentadorias e saúde pública?

Considerando essas consequências desastrosas, como é que alguém pode sustentar com cara séria que o casamento não é tão importante? Como é que a Igreja pode ficar de fora das questões importantes enquanto juízes e legisladores trabalham para redefinir a própria instituição do casamento?

Estamos no meio da Semana Nacional do Casamento 2011 que encerra na segunda-feira, Dia dos Namorados. Quero que você pense sobre o que você pode fazer para fortalecer não somente seu próprio casamento, mas também os casamentos em sua igreja e sua comunidade. Todos precisamos melhorar.

E pense sobre o que você pode fazer para fortalecer a cultura do casamento — principalmente na Igreja. Convença seu pastor a pregar sobre a importância do casamento. Incentive-o a instituir aulas de preparação de casamento para noivos e curso de enriquecimento de casamento para aqueles que já estão casados. E converse com seus filhos e com jovens adultos sobre o motivo por que o casamento é uma parte tão bela do plano de Deus para os homens e mulheres.

Você pode também dar uma olhada minuciosa na Campanha “Vamos fortalecer o Casamento” bem como outras organizações como Marriage Savers (Resgatadores do Casamento) que trabalham para fortalecer o casamento. Ali você encontrará um monte de recursos e contatos para ajudar você a começar.

A menos que comecemos a apoiar essa instituição que agora está frágil, estamos rumando para o colapso social e no final de tudo econômico.

Por isso, na próxima vez que você ouvir alguém perguntando “Quem precisa do casamento?” você precisa lhe dizer: “Nós todos precisamos”.


Este artigo foi publicado com a permissão de www.breakpoint.org

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com


Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/who-needs-marriage

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Espera paciente...



"Esperei com paciência pelo Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor"
(Salmo 40.1)

Muitas vezes ao longo da vida, o meu coração encheu-se de imensa alegria e a minha alma cantou bem alto: "esperei com paciência pelo Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor!". Prostrada diante do Pai em atitude de adoração, prestei louvores a ele por ter se voltado para mim e atendido - inúmeras vezes - meus pedidos de socorro.

Certamente você já teve a mesma experiência. É bom saber que temos um Deus em quem podemos confiar. Ele é a nossa esperança! Se o tempo que vivemos se faz escuro, ele ilumina a vida com a sua forte luz. Se passamos por profundas provações sentido-nos "no fundo do poço", ele nos ergue com a sua mão amiga. Quando nos sentimos prestes a perecer nas fortes ondas do mar da vida, ele acalma o mar e nos põe a salvo.

Podemos orar, confiando e lançando todas as nossas ansiedades sobre o Senhor e esperar pacientemente pela sua ação abençoadora, sabendo que tudo pode ser mudado pela oração feita com fé àquele que pode todas as coisas.

A paciência citada no versículo 1 do Salmo 40 é uma perseverança tranquila porque temos a certeza de que o Senhor ouve o nosso clamor no tempo oportuno. Desejo que ele atenda os desejos do seu coração e cumpra os seus projetos de vida.

O poeta sacro escreveu assim:

"A vida tem tristezas mil
Nem tudo é um céu de anil
Mas contra a dor que é tão sutil
Há um caminho só:
Confia em Deus, que ele sempre te ouvirá
Confia em Deus, que ele nunca falhará
Confia em Deus, que a negra nuvem passará
Oh! Não duvida, mas confia em Deus!"

O Senhor é bom; ele nos diz: "Não temas; eu te ajudarei." Ele ouvirá o nosso clamor. Esperemos!


[Essa é uma reflexão retirada da revista de meditação diária chamada Manancial, da União Feminina Missionária Batista do Brasil, reflexão referente ao dia 09 de Fevereiro de 2011.]

...........................................................


Ontem foi um dia difícil. Aqueles dias de nuvens negras, em que o coração fica encolhidinho e tristonho, medroso e precisando de consolo. Meu estava assim. Um dia em que todas as coisas pareciam necessitar de lágrimas, e lá estavam elas, repetidas vezes surgindo com muita teimosia. E a alma precisava de Deus.

E, como sempre é, lá estava Ele. Foi também um dia cheio de revelações do AMOR de Deus - de Sua bondade, cuidado, zelo tão grandes para conosco. Quando meu coração se enchia de preocupação, o Espírito do Senhor veio relembrar meu próprio espírito de que tenho um Salvador - e que Ele me ama!

E hoje, toda esta linda mensagem de consolo de meu Pai veio completar-se com esta meditação acima escrita. Foi como encaixar a última peça de um quebra-cabeça, e ver aquela obra perfeita sendo concluída! As palavras dessa meditação vieram expressar, concretamente, tudo o que vivi no dia de ontem. E as teimosas lágrimas, agora já de alegria e satisfação, voltaram a se fazer presentes.

Então, compartilho mais essa benção que o Senhor me proporcionou com vocês. Sejam também preenchidos em essa certeza, essa perseverança tranquila, de que podemos esperar com paciência pelo nosso Senhor, pois Ele nos prometeu estar conosco todos os dias, até o fim dos tempos. Podemos confiar e esperar em paz por Deus!

Finalizo com um hino que me veio ao coração tão logo terminei de ler estas palavras abençoadoras. É o hino 578 da Harpa Cristã, chamado "Sossegai!". Que o Espírito Santo fale aos seus corações e lhes dê a paz.


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dias que não são sempre iguais...


A cada dia tenho refletido mais sobre o que quer dizer ser "ser humano".

Quando nos tornamos cristãos, não sei de que forma, mas a verdade é que parece que somos pressionados a viver não mais como humanos, mas como "semi-deuses". E isso é exatamente o que nós não devemos ser!

O mundo, e até mesmo a igreja, nos cobra que sejamos "os seres perfeitos" e que nossas vidas estejam sempre no 100%. E isso é um paradoxo. Porque, na verdade, a Palavra de Deus nos diz para buscar a santidade e a semelhança do Varão perfeito (Jesus). No entanto, ela também nos mostra que o homem nunca deve se esquecer de sua condição humana e de sua total dependência de Deus, o que quer dizer que nunca devemos passar a nos considerar "bons demais" ou "suficientemente bons" (quanto mais perfeitos!).

E, lendo a Bíblia, refletindo sobre as ações de Deus, olhando as coisas acontecendo ao meu redor, vejo o quanto que é necessário que os dias não sejam sempre iguais. É necessário que as estações mudem para que o mundo mantenha-se em equilíbrio. Imaginem o que seria se houvesse apenas o verão? Ou apenas o inverno? Ou mesmo o outono ou a primavera? A verdade é que todos estes tempos são essenciais para a vida neste mundo, e cada um deles tem um propósito a cumprir - que nenhum outro poderia realizar.

Assim são os nossos dias. Assim é nossa caminhada cristã. Algumas vezes eles são tão intensos, animados, cheios de novidades e acontecimentos. Outras vezes são também cheios, mas de tribulações, que parecem surgir de todos os lados, de lutas constantes e ferozes. Outras vezes, ainda, são simplesmente quietos, como se nada saísse do lugar, como se encontrar o sentido das coisas se tornasse o maior enigma do universo.

E assim eles vão passando, como as estações. Nem todos os dias são ensolarados, e por que deveríamos esperar que fossem? Também precisamos da chuva e daquele friozinho gostoso e preguiçoso que ela traz, de suas gotas molhando a terra e cuidando das sementes e plantas. E até mesmo precisamos dos relâmpagos e trovões que o inverno traz: esses que nos fazem estremecer e lembrar do poder de Deus manifesto na natureza, e de nossa pequenez!

E assim é, muitas e muitas vezes, com o sofrimento em nossas vidas também. Por que deveríamos esperar que todos os nossos dias fossem iguais? Que nossa vida fosse feita apenas de ganhos e vitórias (aos nossos olhos)? Não, não é assim. Porque, se assim fosse, com que facilidade passaríamos a acreditar na idéia que nos tornamos "semi-deuses". Não é o que acontece, muitas vezes, quando as coisas só dão certo? Nos tornamos sábios aos nossos próprios olhos. O orgulho aparece e se instala, e achamos que estamos todo tempo certos.

Então, Deus vem e nos quebra. Manda os trovões e relâmpagos, para que lembremos de quem somos, e de quem Ele é! Nos lembrar que precisamos dEle, dependemos dEle e que é somente por Sua graça, Sua misericórdia e benignidade que podemos fazer qualquer coisa boa. Que mal é ao homem achar que é mais do que é: mais sábio, mais conhecedor da verdade, mais justo... achar-se melhor do que os outros. E isso é mais fácil do que imaginamos - e também mais sutil. Lembremos as palavras de Paulo:

"Mas, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disso, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza." (II Co. 12: 7-9)

Assim é conosco. Quando começamos a querer crescer demais com aquilo que o Senhor tem nos proporcionado, Ele vem e nos traz de volta à nossa fraqueza. Nos leva ao deserto, para parar e repensar. Assumir que somos mesmo fracos e, então, o Seu poder se aperfeiçoa em nós.

É por isso que Paulo pôde concluir, dizendo:

"Eu me alegro também com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as perseguições e as dificuldades pelos quais passo por causa de Cristo. Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim." (II Co. 12:10)

E é por isso que podemos confiar em Deus mesmo quando não há sol, intensidade, flores ou frutos. Quando nossos olhos só vêem nuvens escuras ou quando o tempo simplesmente pára - e com ele, parece que o mundo inteiro também. Deus ainda tem um plano! Mesmo quando o Oleiro quebra o vaso de barro, Ele ainda tem um plano. Ele irá corrigir o que está errado, até ter um vaso perfeito. E, acaso, o barro não deveria agradecer ao Oleiro e descansar em Sua vontade?

Para encerrar, deixo uma música linda, que sempre fala comigo nos momentos de nebulosidades, e que diz: "Não deixe a nuvem te enganar! Pode até chover e eu não ver o sol, mas além das nuvens eu sei que ele está..."

Confiança no Mestre!



Love...

"Cause this kind of love worth waiting for..."

Mais uma música para todos os que estão vivendo ou esperando pelo verdadeiro amor... ^^

[Apresentando essa moça linda que encontrei no youtube e que, além de uma belíssima compositora, cantora e musicista, ainda é uma serva de Cristo e tem um blog muito fofo!! Que lindo os dons que Deus tem dado à Francine!! Querida, foi um prazer conhecê-la! Obrigada por inspirar tantas vidas com as palavras e os sons de seu coração tão doce! Deus continue a abençoá-la e usá-la mais e mais! ;) ]



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Os filhos que deixaram de sonhar...

[*Em homenagem à minha mamusca linda que me indicou este tão belo texto!
Te amo, mãezinha! ^^]

.............................................................


A Lua que não dei

[Cecilio Elias Neto]


"Compreendo pais – e me encanto com eles – que desejariam dar o mundo de presente aos filhos. E, no entanto, abomino os que, a cada fim de semana, dão tudo o que filhos lhes pedem nos shoppings onde exercitam arremedos de paternidade. E não há paradoxo nisso. Dar o mundo é sentir-se um pouco como Deus, que é essa a condição de um pai. Dar futilidades como barganha de amor é, penso eu, renunciar ao sagrado.

Volto a narrar, por me parecer apropriado à croniqueta, o que me aconteceu ao ser pai pela primeira vez. Lá se vão, pois, 45 anos. Deslumbrado de paixão, eu olhava a menina no berço, via-a sugando os seios da mãe, esperneando na banheira, dormindo como anjo de carne. E, então, eu me prometia, prometendo-lhe: ‘Dar-lhe-ei o mundo, meu amor.’ E não lho dei. E foi o que me salvou do egoísmo, da tola pretensão e da estupidez de confundir valores materiais com morais e espirituais.

Não dei o mundo à minha filha, mas ela quis a Lua. E não me esqueço de como ela pediu, a Lua, há anos já tão distantes. Eu a carregava nos braços, pequenina e apenas balbuciante, andando na calçada de nosso quarteirão, em tempos mais amenos, quando as pessoas conversavam às portas das casas. Com ela junto ao peito, sentia-me o mais feliz homem do mundo, andando, cantarolando cantigas de ninar em plena calçada. Pois é a plenitude da felicidade um homem jovem poder carregar um filho como se acariciando as próprias entranhas. Minha filha era eu e eu era ela. Um pai é, sim, um pequeno Deus, o criador. E seu filho, a criatura bem amada.

E foi, então, que conheci a impotência e os limites humanos. Pois a filhinha – a quem eu prometera o mundo – ergueu os bracinhos para o alto e começou a quase gritar, assanhada, deslumbrada: 'Dá, dá, dá...’. Ela descobrira a Lua e a queria para si, como ursinho de pelúcia, uma luminosa bola de brincar. Diante da magia do céu enfeitado de estrelas e de luar, minha filha me pediu a Lua e eu não lha pude dar.

A certeza de meus limites permitiu, porém, criar um pacto entre pai e filhos: se eles quisessem o impossível, fossem em busca dele. Eu lhes dera a vida, asas de voar, diretrizes, crença no amor e, portanto, estímulo aos grandes sonhos. E o sonho da primogênita começou a acontecer, num simbolismo que, ainda hoje, me amolece o coração. Pois, ainda adolescente, lá se foi ela embora, querendo estudar no Exterior. Vi-a embarcar, a alma sangrando-me de saudade, a voz profética de Kalil Gibran em sussurros de consolo:

“Vossos filhos não são vossos, mas são os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Eles vêm através de vós, mas não de vós. E embora vivam convosco, não vos pertencem. (...) Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.”

Foi o que vivi, quando o avião decolou, minha criança a bordo. No céu, havia uma Lua enorme, imensa. A certeza da separação foi dilacerante. Minha filha fora buscar a Lua que eu não lhe dera. E eu precisava conviver com a coerência do que transmitira aos filhos: ‘O lar não é o lugar de se ficar, mas para onde voltar’.

Que os filhos sejam preparados para irem-se, com a certeza de ter para onde voltar quando o cansaço, a derrota ou o desânimo inevitáveis lhes machucarem a alma. Ao ver o avião, como num filme de Spielberg, sombrear a Lua, levando-me a filha querida, o salgado das lágrimas se transformou em doçura de conforto com Kalil Gibran: como pai, não dando o mundo nem a Lua aos filhos, me senti arqueiro e arco, arremessando a flecha viva em direção ao mistério.

Ora, mesmo sendo avós, temos, sim e ainda, filhos a criar, pois família é uma tribo em construção permanente. Pais envelhecem, filhos crescem, dão-nos netos e isso é a construção, o centro do mundo onde a obra da criação se renova sem nunca completar-se. De guerreiros que foram, pais se tornam pajés. E mães, curandeiras de alma e de corpo. É quando a tribo se fortalece com conselheiros, sábios que conhecem os mistérios da grande arquitetura familiar, com régua, esquadro, compasso e fio de prumo. E com palmatória moral para ensinar o óbvio: se o dever premia, o erro cobra.

Escrevo, pois, de angústias, acho que angústias de pajé, de índio velho. A nossa construção está ruindo, pois feita em areia movediça. É minúsculo o mundo que pais querem dar aos filhos: o dos shoppings. E não há mais crianças e adolescentes desejando a Lua como brinquedo ou como conquista. Sem sonhos, os tetos são baixos e o infinito pode ser comprado em lojas. Sem sonhos, não há necessidade de arqueiros arremessando flechas vivas.

Na construção familiar, remos erguido paredes. Mas, dentro delas, haverá gente de verdade?"


[Publicado em 01/08/2008, no “Correio Popular” – Campinas]

*Obs: isto não é um texto teológico, portanto favor desconsiderar aspectos teológicos ou doutrinários.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O resgate (urgente) da verdadeira Masculinidade

Texto MAGNÍFICO sobre a necessidade urgente de nossa geração resgatar o real significado de Masculinidade Bíblica! Ainda que o blog seja direcionado para as moças, tenho certeza que esse é um assunto de grande relevância para todos nós! Que edifique os rapazes e os desperte para seus chamados de Homens; que edifique as moças e ensine a compreender o papel estipulado por Deus para os homens; que edifique os adultos, em especial, os pais e líderes dos jovens brasileiros - que vocês voltem a assumir essa função tão importante de orientar e guiar os seus filhos/ovelhas.

............................................................................

Quanto Custa Ser um Homem?

[Paul Washer]

A perda da masculinidade nos nossos dias.



Nas escrituras e em muitas civilizações havia esta noção de que o macho ou era um menino ou era um homem. Não há muitos jovens que gostam de ser chamados de meninos. Então, havendo apenas duas opções, um jovem iria se esforçar para se tornar um homem, pois não quer ser um menino. Mas esta falsa idéia de “modelos evolucionários” trouxe uma terceira categoria: adolescentes.

Então agora quando um garoto atinge a idade de onze, doze anos, ele é chamado de adolescente. E é dito a ele que ele tem que se auto-descobrir, buscar autonomia, ser rebelde, etc.

Mas a bíblia não ensina que exista um período assim. E esta fase é perfeita para o cara preguiçoso, que quer experimentar os privilégios de um homem, mas não quer assumir as responsabilidades de um homem, e continua agindo como um menino, até a idade de trinta anos. A responsabilidade primordial de um homem santo é gerar homens santos. A responsabilidade primordial de um pai é investir sua vida, a todo custo, para criar seus filhos, de maneira que eles cheguem a idade de 17 ou 18 anos e possam assumir o título de homem.


Alguns jovens me perguntam: “Quando eu devo começar a namorar?”. O namoro é algo recente, cultural, que nasceu nos últimos cem anos para cá. É algo recreacional. Você quer sair com uma garota… por que? Porque você quer os privilégios de ter uma parceira ao seu lado mas sem assumir as responsabilidade de ter uma parceira. Então, quando eu posso começar a me relacionar com alguém do sexo oposto? Quando você se tornar um homem.

E o que quer dizer se tornar um homem?

De acordo com as escrituras, em primeiro lugar, é ser capaz de ser o líder espiritual de uma mulher e de uma casa. Antes disso, biblicamente, você não é considerado um homem. Não é apenas ter a capacidade de fazer isto, mas é assumir a responsabilidade, o peso nos seus ombros, de guiar espiritualmente sua família, ensinando e sendo exemplo.

Além disso, você estar pronto para proteger sua família. Não significa ser cheio de músculos, mas ter o caráter forte e necessário para enfrentar as adversidades que batem a porta. Não é obrigação da sua esposa fazer isto. É sua responsabilidade se colocar na porta para que sua mulher nunca tenha que enfrentar os problemas e seus filhos tenham um lugar seguro para crescer e se desenvolver.

Quando um rapaz pode iniciar um relacionamento?

Quando ele pode ser um provedor para aquela pessoa. Por exemplo, se seu pai e sua mãe ainda pagam suas contas, “você não tem o direito” de pensar em alguém do sexo oposto. Apenas porque você atingiu certa idade não quer dizer que pode participar de tudo o que diz respeito a um homem. Você pode ter vinte e um anos e ser ainda um menino. A bíblia sempre trata com homens: “e por esta razão o homem deixa seu pai e sua mãe para se unir a mulher”.



Esta idéia de namoro recreacional, “estou com ela porque gosto dela”, não existe na bíblia,  nem mesmo nas culturas dos povos, exceto na cultura moderna ocidental. Os cristãos tem pelo menos cinco relacionamentos antes de se casarem, então quando chegam no altar, cinco partes deles estão espalhadas por aí. Eles não são uma pessoa completa. Você não pode entrar em um relacionamento, de qualquer tipo de intimidade, sem deixar uma parte de você mesmo para trás.

Não existe na bíblia a idéia de um garoto, debaixo do teto de seus pais, se alimentando da mesa deles, sustentado por eles, irá sair e se divertir com alguém do sexo oposto. Ela diz que para estar junto com alguém você deve deixar seu pai e sua mãe.


Pais, é sua principal responsabilidade que quando seus garotos atingirem 18 anos, eles sejam homens. E por que a masculinidade bíblica se perdeu nos dias de hoje? Eu perguntava para um grupo de garotos: “Vocês estão no ensino médio. Vocês já escutaram seus amigos conversando sobre como crescer e se tornar um homem de verdade, desenvolver o meu caráter, ser capaz de tomar conta de mim mesmo, depois encontrar um esposa e criar uma família santa?” Não, eles estão todos brincando com Playstations e coisas assim.

Eu morei em uma tribo no Peru por muitos anos. Lá, quando um garoto tem 14 anos ele pode se casar, porque ele pode construir sua casa, pode fazer uma plantação, pode lutar para defender sua tribo de outras tribos. Mas na nossa cultura, a época do colégio é pura diversão, sem essa noção de “Eu tenho que me tornar um homem”. Depois, vem a universidade, que nada mais é que um colégio com pessoas mais velhas, onde o mesmo espírito permanece:
“Vamos pra festa! Vamos andar poraí com nossos amigos! Vamos continuar a nos divertir”.
E alguns, quando saem da universidade, continuam:
“Ótimo, agora eu tenho dinheiro, posso comprar mais Playstations! Posso ter mais hobbies e comprar brinquedos mais caros”.
E claro, eles querem sexo, então entram em um relacionamento. Mas, mesmo após o casamento, nunca assumem a responsabilidade de seu relacionamento. Pois não sabem que estão casando com uma esposa, acham que estão casando com uma “mãe”, então querem que o tratamento de “mãe” continue.

Os pais tem essa idéia de que quando seus filhos atingem a idade de 12 anos, 11 anos (e a idade continua diminuindo), e começam a pensar sobre o sexo oposto é chegada a hora deles entrarem em relacionamentos. Este não é o sinal de Deus de que seu filho deve entrar em um relacionamento, mas é o sinal de Deus que é hora de começar a trabalhar a sua masculinidade, para que com o tempo ele se torne um homem e possa entrar em um relacionamento. O mesmo vale para as meninas. A idéia de ter garotos e garotas de 12 e 13 anos se relacionando é doente.

O pior erro que você pode cometer é chegar para um de meus garotos e dizer: “Você é jovem, bonito, porque você não arranja umas namoradinhas?”. Eu vou lhe parar no mesmo instante e lhe manter distante dos meus filhos. Jovens garotos devem estar construindo castelos, lutando contra dragões e lendo Crônicas de Narnia.

O que acontece é que quando aquela faísca aparece, não há ninguém para direcioná-lo. Quem lhe ensina sobre isto é a televisão, revistas e outros garotos como você. É gasto muito tempo conversando sobre garotas, e jogos, e passeando por shoppings, e todo aquele tempo que deveria ser usado para desenvolver masculinidade e feminilidade é jogado fora.

Nos anos 60 e 70, nós quisemos dar ouvidos a grupos de feministas e homossexuais que queriam nos ensinar a como criar nossos filhos. Nós deveríamos ter ido nas escrituras, nas veredas antigas, nos caminhos do Senhor.

Houve o tempo em que os homens eram respeitados por colocarem comida na mesa. Agora, isto não é suficiente, você deve colocar dois carrões na garagem. E muitos homens e mulheres estão trabalhando e não é para colocar comida na mesa, é para comprar todos os brinquedos que a sociedade compra, pagar pelos seus hobbies e a crianças são esquecidas.

Sua obrigação não é dar as crianças todas as coisas que você nunca teve, pois foram as coisas que você nunca teve que fez de você o homem que você é hoje, e são estas coisas que você nunca teve e que você dá aos seus filhos que estão transformando-os em inúteis. Não devemos dar as nossas crianças tudo o que não tivemos, devemos dar a elas nós mesmos, um mentor, um pai, um líder.

Verso 19 de Gênesis 3 diz: “Do suor da tua face tu comerás o pão…”. Há tempos atrás, apenas pessoas milionárias viviam em mansões. Mas, na nossa sociedade moderna, achamos que qualquer pessoa que trabalhe meio-período tem o direito de morar em uma casa destas. Achamos que merecemos tudo, e que temos o dever de viver o estilo de vida que os ricos famosos vivem.

Não, não caiam na falsa idéia de que merecemos uma vida fácil, com várias férias, podendo viajar quando bem quisermos, que podemos terminar nosso trabalho no final do dia, trazer comida para casa, depois sentar na poltrona e ficar ali como um tronco de madeira morto, porque você merece. Isto está errado. Você deve viver do suor do seu trabalho. Esta é sua vida como homem. Você tem muitas obrigações a cumprir e pouco tempo para descansar. Sinto muito, isto é masculinidade.

Em suma, devemos acordar bem cedo, ir trabalhar, voltar para casa, e então nosso real trabalho começa. Temos uma esposa em casa para cuidar que precisa de muito mais do que apenas trazermos comida. E temos crianças que precisam ser discipuladas e mentoreadas. Então, desabamos na cama, para acordar no dia seguinte e fazer tudo de novo. Esta é a razão pela qual a mulher deve cuidar da casa e viver para seu marido, pois a vida dele é viver para eles.

Nossa cultura prega que devemos ter uma vida fácil. Quando a queda aconteceu, no jardim, a vida fácil foi embora. Muitos homens trabalham, e eles odeiam isso, e eles ficam com suas famílias apenas suficiente para fazer o mínimo, e então podem fugir de seus trabalhos e de suas famílias para fazer algo que realmente gostem, e suas vidas ficam sempre nestes hobbies, nos esportes, em descansar, e outras coisas.

A única maneira de achar contentamento nesta vida é vendo o seu trabalho e suas responsabilidades nesta terra como ordenanças de Deus e aguardando sua recompensa no céu, realizando o trabalho que lhe é proposto e tirando sua alegria do fato de agradar a Deus ao assumir a responsabilidade de sua masculinidade.

Então não podemos praticar esportes ou descansar? Podemos, mas não tanto quanto gostaríamos, ou tanto quanto meus amigos, que não são casados ou não tem filhos. Existem fases diferentes em nossas vidas. Onde está seu coração? A verdadeira alegria não está em continuar sendo um menino eternamente, apenas com brinquedos mais caros e continuamente sendo cuidado por uma mãe, seja ela sua mãe mesmo ou sua esposa. A alegria e o contentamento vem de assumir sua responsabilidade que lhe foi proposta por Deus, de prover para sua família, e não apenas coisas físicas, pois isso é apenas uma pequena parte da provisão.



A pessoa mais importante na face da terra para um homem deve ser sua esposa.

E vice-versa. Uma terrível ilustração para isto é que, se eu estiver em um barco com minha mulher e meus filhos, e o barco estiver afundando, e apenas eu souber nadar e for capaz de salvar apenas uma pessoa, eu devo salvar minha esposa. Você já deve ter escutado: “Não há amor como o de mãe”, isso é errado, a bíblia fala que não há amor como o amor de um pai.

Você sabe porque tantas mulheres são tão ligadas as seus filhos?

Porque suas necessidades emocionais que deveriam ser supridas por seu marido não o são, então elas buscam esse suporte emocional nos seus filhos. O problema é que as crianças não foram feitas para nutrir emocionalmente os pais. Se o marido amar a esposa mais do que tudo,  as crianças olharão e dirão: “Meu pai ama minha mãe mais do que tudo neste mundo. Este lar  está seguro como uma rocha, papai não vai a lugar nenhum”. E a filha dirá: “Então é assim que  um homem deve tratar uma mulher. Meu pai trata minha mãe como se fosse uma rainha. Eu não irei aceitar nada menos do que isto”.


Fonte: Site Não Morda a Maçã [Super indicação!]

[Tradução e transcrição pela Equipe BC Heart da pregação “What it takes to be a man?”  – por Paul Washer. Disponível em áudio aqui ]