terça-feira, 30 de abril de 2013

Dádiva de ser simples...


 
Aquelas horas em que se gostaria de ser mais simples – a vida e você. Não ter medo de dizer que ama, que sente saudade, que gostaria de estar junto. Menos esconderijos, menos meias palavras, menos matemática, mais simplicidade. Ser quem se é, sem tanto planejar. Poder abraçar com liberdade, sorrir sem freios, falar o que vai no coração. E chorar, se for preciso, de alegria ou de dor. Não precisar fingir estar tudo sempre bem – mostrar sua fragilidade, sua humanidade, suas emoções. Dizer mais vezes o quanto você sente pelo que fez ou deixou de fazer, sem medo de não ser compreendido. Pessoas: a obra mais bela, mas também a mais complicada de Deus. Elas que tornam tudo tão lindo, mas também tão complicado. Pessoas de quem se espera tanto e também tão pouco. Ah, se fôssemos mais aconchego e menos juízo, mais colo e menos cérebro, mais gente, mais leveza, mais simplicidade. Quanto tempo de beleza perdemos em nossa jornada, pela falta dessa rica simplicidade. Pedindo esse presente ao Pai: a dádiva de aprender a ser mais simples...

sexta-feira, 29 de março de 2013

O valor de um sonho...




Me disseram que sonhos são bobagens, que não existe felicidade sem dinheiro, que viver para ajudar os outros é idealismo inocente, que é para si que se deve viver.
Me disseram que tudo isso é romantismo, e que nada disso existe na "vida real".
Acho que queriam dizer que procurar felicidade também é utopia, vale mais procurar comprar um carro e uma casa nova.
Vale mais conseguir um trabalho novo, para ganhar melhor, do que poder sorrir com o trabalho simples de ensinar uma criança a ler, enquanto ela demonstra seu amor por você.
Vale mais poder comprar roupas novas e caras, do que sentir aquela vontade gostosa de voltar a encontrar a gente simples que é beneficiada com seu trabalho comum e cotidiano, aquela gente que enche da alegria dos bons relacionamentos o seu coração.
Vale mais ser olhado como superior pelos outros, do que compartilhar seu tempo pra fazer alguém feliz, mesmo que isso nunca vá lhe trazer o reconhecimento social desta nossa sociedade do capital.
Mas, eu ainda prefiro o sorriso humilde, a alegria pura, a paz dentro do peito ao deitar de noite e relembrar as sementes que se semeou durante suas últimas 24 horas de vida.
Ainda prefiro que as sementes que lanço cresçam para o mundo, para contribuir com algo novo para a vida, do que para contribuir com minha vida pessoal, trazendo-me o grande risco de me ver aprisionada por meu individualismo.
Ainda prefiro ter os pés descalços no chão, mesmo que as pedras venham fazê-lo sangrar e tirar lágrimas dos meus olhos, a nunca viver a liberdade que a simplicidade traz.
Não, querido senhor dinheiro, não desejo tornar-me sua serva, muito menos sua escrava. Prefiro viver no meio de gente, a viver no meio de luxo.
E, talvez, tudo isso seja sonho, sim. Utopia, fantasia, ilusão. Mas, no fim, a gente só tem uma vida para viver, não é? E, se é pra faltar alguma coisa, prefiro que falte o pão a faltar o abraço, o afago, a risada bonita de quem entendeu o que realmente tem valor nessa vida.
Quero descobrir que valor é esse, aquele que a televisão não mostra, que não se vê estampado em outdoor nem em capa de revista. Aquele valor que só se vê nos olhos de uma criança que parece que ganhou tudo ao receber pequenos 10 minutos da sua atenção.
E, então, quando eu morrer, poderei dizer se valeu ou não à pena semear amor, ao invés de semear dinheiro.
Se é para morrer, seja hoje ou daqui a 50 anos, que algo de mim possa permanecer vivo nesta vida. E que seja mais do que casas, diplomas, cédulas e contas bancárias. Que sejam histórias, carinhos, auxílios, toques na alma.
Meu palpite é que, assim, se pode ser feliz. Nessa vida e na porvir.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Um dia...



Um dia, vai ser calmo, vai ser simples, vai ser real. Um dia, vai haver certeza, descanso, encontro. Um dia, nos reconheceremos, seja lá como for. Ele nos fará ver, e simplesmente será. Sonhos que serão um, caminhos que serão um, mãos unidas “por Ele, para Ele e dEle”. Um dia, vamos viver. Já não mais medo, já não mais insegurança, já não mais ansiedade ou preocupação. Ele terá feito em nós aquilo que precisaremos ser para o desafio a assumir. Não estaremos completos, jamais perfeitos, mas preparados. Prontos para encontrar um ao outro sem perder a Ele. Prontos para olhar um ao outro sem tirar os olhos dEle. Prontos para amar um ao outro sem entregar o centro de nossos corações para outro alguém que não seja Ele. Prontos para servi-Lo e amá-Lo mais e mais, através do nós. Assim é que espero. Um dia...

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A primeira criação...



Luz. Foi a primeira coisa que Deus fez ao olhar para aquele mundo sem forma e vazio. Tudo eram trevas. E sua primeira providência não foi outra senão criar Luz.

Como é interessante pensar que Jesus falou a respeito de si mesmo: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida" (João 8.12) e o apóstolo João falou sobre Ele: “Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram” (João 1.4-5); que foi profetizado a respeito de seu nascimento: “O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz.” (Isaías 9.2);  que Deus falou sobre nós: “Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor” (Efésios 5.8); e também nos ordenou: “Vivam como filhos da luz” (Efésios 5.8b);  que nosso chamado para este mundo é: “Vocês são a luz do mundo. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” (Mateus 5. 16).

Como o duelo luz e trevas está presente em toda a Bíblia. E que grande coisa a obra criadora de Deus ter começado exatamente pela quebra do domínio das trevas, através do surgimento da luz.

Essa é a mensagem redentora do Evangelho: o mundo jazia em trevas, que o dominavam completamente. Não havia luz, nem um feixe dela sequer. Tudo era escuridão. E a escuridão não produz luz, pois elas são opostas. Não havia jeito da escuridão tornar-se luz. É quando Deus entra na história. Ele lança a Sua Palavra que diz: “"Haja luz", e houve luz.” (Gn. 1.3). E, como disse o apóstolo João: “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus.” (João 1.1). Jesus Cristo. Ele é a Palavra. Aquela que foi pronunciada e fez surgir a luz. Porque ELE MESMO é a Luz. A Luz veio ao mundo e iluminou o mundo. Só Ele poderia fazê-los, pois Ele é a única fonte de toda a criação. “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito.” (João 1.3). A luz é manifestação da graça de Deus: Ele faz surgir em nós, que habitávamos em total escuridão, a Sua Luz. Aquilo que não havia em nós e que nós não éramos capazes de gerar, Ele faz acontecer. Isso é Salvação. Isso é graça.

Mas a obra não acabou aí. Depois de criar a luz, “Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas.” (Gn. 1.4). Como isso retrata a obra salvadora de Cristo também! A salvação não acabou na luz que Deus fez surgir, pelo Seu Espírito Santo, em nossas vidas. Ela continua: Deus faz separação entre a luz e as trevas. Esse é o processo de Santificação do Espírito Santo de Deus na vida do cristão.  Nascemos como trevas, mas Deus nos dá um novo nascimento e quer para nós uma nova vida – agora em luz. Agora sendo luz. E, para isso, precisamos nos separar das trevas.
Deus separou o dia e a noite e, em cada um, limitou a escuridão e a luz. Desde o princípio, luz e trevas não podiam conviver juntas. É impossível. Deus as separou. E ainda é assim hoje. É o que Paulo falou em 2 Co. 6.14: “Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas?”. Esse é um princípio que foi fundado por Deus lá na criação, e deve nortear nossas vidas dia a dia.

Você é salvo? Há luz em sua vida? Foi Deus, em Sua infinita graça, quem fez esse milagre e a colocou lá. Não vem de você, vem dEle, através da redenção em Jesus Cristo. Ele fez isso por você? Aconteceu a criação? Então agora que Ele viu (e lhe fez ver) que grande bem foi feito, deixe-O continuar a obra e separar a sua luz das trevas ao redor. Isso é ser santo: separado. Ele lhe fez nascer de novo, para ser LUZ. “As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!”.

Seja Luz!

domingo, 27 de janeiro de 2013

Nossas cicatrizes...


Há uns dias, saí com uma amiga e encontrei um rapaz com quem me envolvi emocionalmente há alguns anos. Nunca tivemos nenhum envolvimento físico, nenhum compromisso, nada, apenas sentimentos. Um gostava do outro, apesar disso nunca ter sido declarado abertamente. Éramos amigos, tínhamos muitas semelhanças, sonhos e jeitos parecidos, enfim. Eu inclinei meu coração para gostar dele e alimentei possibilidades. No fim, Deus disse não, nada aconteceu e ele, inclusive, abandonou a fé.

Mas, neste dia em que nos encontramos, depois de muitos anos desde que qualquer possibilidade entre nós havia desaparecido do meu coração (e, por certo, do dele também), pude perceber como estar na presença dele ainda tinha efeitos sobre mim. Não efeitos de trazer de volta aqueles antigos sentimentos, mas de trazê-los à memória a ponto de gerar um certo desconforto. Percebi minha incapacidade em ser neutra em relação a ele, e isso todas as vezes em que nos encontrávamos. Não dava pra, simplesmente, fingir que nunca houve nada diferente entre nós.

E isso me fez parar pra pensar. Pensei em cada rapaz com quem me envolvi sentimentalmente, a quem dediquei minhas emoções, por quem alimentei expectativas, cada rapaz de quem gostei. Lembrei de uns 4 com quem pensei que poderia ter algo, desde quando me converti. Nunca tive nada com nenhum deles além de amizade e alguma amostra de que havia um sentimento recíproco com, pelo menos, 3 deles. Nunca houve declarações (exceto com um - que se declarou), nunca houve contato físico, nunca houve promessas de amor nem nada disso. Eram apenas amizades ou aproximações, mas que geraram envolvimento emocional. E, pensando em cada um desses rapazes, e me imaginando encontrando com eles hoje, pude concluir o mesmo que vi acontecer nesse dia do meu passeio: a incapacidade de ser neutra em relação a eles.

Foi quando Deus me mostrou, muito claramente, as cicatrizes que nossas escolhas deixam em nossas vidas, e a seriedade de cada relacionamento que passa em nossa história. Pude ver com clareza como que, cada vez que nos envolvemos com alguém, especialmente em relacionamentos com intenções (ou práticas) românticas, nós de fato deixamos pedacinhos de nós na vida do outro, e levamos pedacinhos dele conosco. Cada vez que permitimos, inclinamos ou entregamos nossos corações e corpos em um relacionamento, entregamos partes de nossas vidas. E nunca mais poderemos tomar essas partes de volta.

Pude entender o quanto isso é sério quando parei pra pensar no tipo de envolvimento que tive com esses rapazes: não "fiquei" com nenhum deles, não namorei com nenhum deles, sequer houve uma conversa aberta sobre intenções românticas com eles, mas MESMO ASSIM, meu coração foi envolvido de tal forma que o simples fato de encontrá-los hoje gera desconfortos, uma espécie de aflição, uma sensação de perda, de coisas mal resolvidas, de algo que não deveria ter sido, não sei direito. O envolvimento foi tal que, simplesmente, não há como fingir que nunca houve nada, não há como olhar para eles como olho pra qualquer outro rapaz, pra ser indiferente, neutra, pra não sentir nada. Porque um pedaço de mim foi entregue a eles e, ainda que pareça um pedaço tão pequeno, alguns sentimentos adolescentes e bobos, parte de mim ficou lá - e parte deles ficou aqui. 

São nossas lembranças. São as cicatrizes de nossas escolhas. Não importa se tínhamos ideia ou não de que aquela situação deixaria cicatrizes, as cicatrizes ficarão. A verdade é que cada escolha que fazemos em nossas vidas deixará cicatrizes em nós, nos modificará, nos afetará, nos marcará. Cada escolha. As escolhas boas deixarão boas marcas, mas as escolhas ruins deixarão marcas duras de carregar. Sim, em Cristo, nós superamos cada escolha ruim que fazemos, nós ganhamos força para deixá-las para trás e prosseguir para novas escolhas, agora certas. Mas nós não ganhamos a capacidade de apagá-las de nossas memórias e lembranças.

Você nunca esquecerá os caras que você beijou, os caras a quem você entregou seu coração, aqueles a quem você permitiu tocar o seu corpo,  aqueles que lhe prometeram amor eterno e não cumpriram, aqueles a quem você se entregou completamente. Você pode se arrepender dessas coisas e superá-las, deixá-las pra trás, mas não esquecê-las. Sim, Deus irá esquecê-las quando elas forem lavadas pelo sangue de Cristo, mas em sua vida elas continuarão como suas cicatrizes.

E tudo isso me faz refletir em duas coisas primordiais:

1) O preço de nossas más escolhas: a Bíblia é muito clara a respeito do caráter misericordioso de Deus, mas também a respeito de Sua justiça. Deus nos perdoa, mas Ele não deixa nosso pecado impune. Nós iremos receber uma nova chance, mas também precisaremos pagar por nossos pecados. O mesmo Deus que disse que joga nossos pecados no mar do esquecimento, quando estamos em Cristo e nos arrependemos, também nos diz que não podemos zombar dEle: tudo o que plantarmos, colheremos. Isso quer dizer que cada pecado que cometemos, cada má escolha que fazemos, pode sim ser perdoada, mas também deixará marcas em nós. E esse será o preço pelos pecados que cometemos contra o Santo Deus. Deus nos deixa para lembrar qual o salário que o pecado nos paga: a morte de nossas almas. E, assim, ao nos lembrar do preço alto que nos custou nosso erro e nossa maldade, Ele nos lembra também como que Seus caminhos são infinitamente melhores.

2) A seriedade de nossas pequenas escolhas: se pararmos para pensar que CADA PEQUENA ESCOLHA que fazemos deixará marcas permanentes pelo resto de nossas vidas, nós pensaríamos com mais cuidado antes de tomar decisões e de viver nos arriscando e desafiando o abismo do pecado. Fico pensando que, no meu caso, em que não me envolvi de fato com nenhum desses rapazes, já ficaram cicatrizes que eu não posso apagar da minha vida e que não gostaria de tê-las, quão grande deve ser o fardo de quem entregou, além de seus sentimentos, o seu corpo, seu compromisso, sua vida a várias pessoas, e depois viu essas pessoas indo embora de sua vida com quebras, traumas, decepções... É fácil imaginar porque essas pessoas se tornam tão inseguras, carentes, frustradas. Elas foram entregando tantas partes suas para tantas pessoas que já nem sabem mais o quanto ainda restou em si mesmas. E o peso disso quando essa pessoa finalmente se casa com alguém? Nossa, não posso nem pensar no fardo que tantas cicatrizes devem representar!

Portanto, principalmente para nós, jovens e adolescentes, precisamos aprender a ser mais espertos, mais sábios, mais cuidadosos com a vida que o Senhor tem nos dado: com nossos corações, nossos sonhos, nossos corpos, e a forma como temos os usado. Relacionamentos não são brincadeira. Cada vez em que nos lançarmos em um, seja um mero flerte, uma mera ilusão amorosa ou, como eu costumava dizer, simples e inocentes "amores platônicos", nós estamos permitindo que estas coisas entrem para nossa história e permaneçam nela até o fim. E, com frequência, podemos estar construindo para nosso futuro fantasmas que não gostaríamos de ter por companhia. Simplesmente, porque nos deixamos ser tão negligentes e, talvez, inocentes, a ponto de achar que nada disso poderia nos afetar. Acreditem, não só pode como vai. 

Portanto, cuidemos de nossas escolhas. Não precisamos ter tantas cicatrizes assim. Não precisamos ficar distribuindo tanto de nós a pessoas que não permanecerão em nossas vidas. Não deve ser assim. Guardemos o tesouro que o Senhor nos confiou - e que ele se torne um grande motivo para a glória do nosso Rei!

Que o Espírito Santo nos ajude - convencendo, abrindo os olhos, fortalecendo a fé e nos guardando.

Para a glória de Deus, em Cristo Jesus.

Comece sua Leitura Bíblica Anual em Fevereiro!!!




Nossa pesquisa mostrou que 30% de vocês, amados leitores, ainda não começaram sua leitura anual da Bíblia. E eu tenho quase certeza que você sabe que é importante ler a Bíblia. Então, por que não começar em Fevereiro? Sim, por que não? Você não tem que começar em Janeiro para fazer uma leitura anual da Bíblia. Então, para você se preparar para Fevereiro seguem os arquivos:


Plano de Leitura Bíblica Espaçado Genérico



Se você não começou, é provável que você tenha dificuldade em ser disciplinado (eu conheço a sua dor), então recomendo o plano de leitura bíblica espaçado:
Plano de Leitura Bíblica Espaçado. Este plano foi elaborado por Discipleship Journal da Navpress.  A leitura é de livros inteiros da bíblia, intercalando entre o VT e NT, mais um livro poético ou Isaías. O grande destaque do plano é que ele tem somente 25 dias no mês, de forma que sempre sobra tempo para colocar a leitura em dia quando há algum atraso (o que ocorre frequentemente com a maioria das pessoas). Perder o compasso é muito frustrante e o plano leva isso em consideração.
Sugestão: imprima o mais rápido possível. Deixar para imprimir no dia pode virar mais uma desculpa para você procrastinar.

Leia mais: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2013/01/comece-a-ler-a-biblia-inteira-em-fevereiro/#ixzz2JBwbcyC7