quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

La vie...


Ai, ai... a vida, a vida...

Parando pra olhar pra trás, sempre me pego contemplativa sobre a vida. Quantas coisas.

Quanto já se passou, quanto já mudou, quanto já mudei. Quanto minhas convicções, minhas crenças, meus sonhos, meu eu já foram testados, e continuam sendo, nessa estrada cheia de curvas que é a vida. Quanto de mim já ficou pelo caminho, e quanta coisa nova se acrescentou. Pessoas que eu pensei que ficariam pra sempre, hoje já não estão e, mesmo continuando a fazer falta, passaram, como a vida passa. Mas gente nova também se achegou. E a verdade é que eu vivo assim, nessa labuta de perder e ganhar, sem querer abrir mão de tanta coisa, cheia de saudade, em minhas paradas nostálgicas, relembrando e desejando voltar. Tenho parado por aqui para relembrar de mim mesma, aquela menina sonhadora e sempre cheia de inspirações e coisas para contar. Sinto saudade dela, muitas vezes, nos dias de hoje. Acho que ela chegou na adolescência e/ou juventude, e aquela fase sempre barulhenta e corrida de se definir aonde se vai. E, nessa correria, às vezes precisa mesmo se obrigar a aquietar e ser menina de novo. Vou e volto a este canto, para reaprender o que já havia aprendido, relembrar o que não pode ser esquecido, olhar novamente para o mapa e manter o foco no plano. E isso é tão bom... Ainda vivo esperando ansiosamente o porvir, mas talvez com mais calma agora, com mais paciência. Ver alguns sonhos se aproximando mais e mais e poder sentir paz, no lugar das antigas palpitações e dilatações da pupila, é algo muitas vezes estranho, mas também é bom, eu acho. Tô tentando aprender isso também. Acho que tenho dificuldade em compreender essa nova fase, esse processo de transição e quanto se deve lutar pelas coisas dos passos iniciais. Mas acho que, um dia, vou acabar entendendo. O fato é que o rio continua correndo, e a vida também. E a melhor conclusão que posso ter, sempre e sempre, depois de todas as minhas meditações, no outono ou no inverno, na primavera ou no verão, é que Ele continua aqui. Ah, meu grande alívio! Minha grande esperança! Minha força sobre todo e qualquer tempo! No fim, Ele tem me feito concluir, por graça, essa graça infinita e quase inacreditável, que Ele continua aqui. E continuará. Sempre. Sempre. E como Ele me ajudou a dar os primeiros passos, como Ele me ensinou a andar e, depois, a correr, Ele é quem continuará me ensinando os passos, grandes e pequenos, para prosseguir. Meu guia a me mostrar para onde dobrar. Meu protetor na hora do perigo. Meu sustentador na hora da fraqueza. Meu consolador e meu amigo. Meu Pai e meu Salvador. Sempre. Sempre. Ele esteve no meu passado. Ele está agora. E Ele já está lá na frente, em qualquer que seja o futuro que me espere. Ele estará lá. E que tesouro mais precioso eu poderia ter? Ele estará lá! Posso descansar. Eu posso me alegrar! Posso ter a certeza de que serei feliz – pois Ele estará lá!

Eu não sei o que virá. Não sei quantos dos tesouros que hoje me são tão valiosos permanecerão. Não sei quanto de mim mesma permanecerá. Mas de uma coisa eu tenho certeza: meu Senhor estará lá esperando por mim, preparando tudo para mim. E é assim que meu coração encontra paz, e fé, e força para ir em frente. E ser feliz.


Vamos caminhar...

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