segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O que a Bíblia diz sobre Namoro? (Pr. Clodoaldo Machado) - Parte 1

Pessoal, queria indicar fortemente que todos leiam esse texto. Solteiros, pessoas que estão namorando, pensando em namorar, até mesmo os PAIS de jovens e adolescentes. É mais uma transcrição de uma palestra proferida pelo Pastor Clodoaldo Machado, na 6ª Conferência de Jovens da Editora Fiel, em 2008. O Pr. Clodoaldo Machado é pastor da Igreja Batista Parque Industrial, em São José dos Campos, São Paulo.

As palavras do pastor Clodoaldo estão entre as mais realistas e necessárias de serem ouvidas (ou lidas) que eu já encontrei sobre a visão cristã do namoro até aqui. Tantos quantos puderem, não deixem de ler!

Não transcrevi toda a palestra, pois é muito grande. Tomei apenas os aspectos que abordam diretamente o namoro e que falam principalmente de questões práticas. Porém, o áudio completo pode ser baixado em: Áudio - O que a Bíbliz diz sobre o Namoro ; e o vídeo pode ser assistido em Vídeo - O que a Bíblia diz sobre o Namoro.

Dividirei a transcrição em 2 partes, para não ficar muito extenso. Não deixem de ler toda ela.

Que a graça de Deus nos dê convicções estabelecidas nEle, em Seus padrões, em Sua verdade bíblica, em Sua santidade, e nos dê forças para viver essas convicções quando chegar o tempo!

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O que a Bíblia diz sobre Namoro - Parte 1

“Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e Ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1: 13-15)


“O pecado surge na cobiça: forte desejo carnal ou do coração. Ele é um desejo atraente e sedutor. Ele não é ruim, do ponto de vista carnal. A Bíblia vai dizer que “atrair”, no grego, significa literalmente “arrastado” – me seduz de tal forma que eu fico entregue a ele, eu não tenho forças contra ele. Esse é o pecado, e ele é muito atraente. “Ele seduz”, no grego, significa, literalmente, ser “engodado” por alguém; o pecado engoda, em outras palavras, ele engana, ele seduz manhosamente, ele convence de que aquilo é bom. Por isso que as pessoas (dizem): “Mas isso é bom pra mim! Eu quero isso pra mim! Eu não vejo que mal há nisso!”, mas isso é efeito do pecado, muitas vezes. O pecado sai do coração e vai para a ação...

Então, o pecado não é uma questão de comportamento. Pecado é uma questão de essência. Pecado é uma questão daquilo que se processa no meu coração. Então, o pecado é muito mais frequente do que nós imaginamos. Davi escreveu: “pois eu conheço as minhas transgressões, o meu pecado está sempre diante de mim”. Não é uma questão comportamental, apenas. O apóstolo Paulo foi citado ontem a noite: “Porque eu sei que em minha carne não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim, não porém o efetuá-lo”. O entendimento de que o pecado é uma questão apenas comportamental tem permitido muitas atitudes erradas. Lembra o que eu falei ontem do “Partidão”? “Esse camarada é um Partidão!... só falta ser crente”. Porque as pessoas olham a questão do comportamento apenas. Se uma pessoa tem um caráter moral intocável, a gente diz que ela é “quase um crente”. [...]

Hebreus vai dizer que nossa maior luta é contra o pecado, porque ele se processa no nosso coração: “Ora, na vossa luta contra o pecado ainda não tendes resistido até o sangue, estás esquecido do Senhor Jesus Cristo, estás discorrido da disciplina que o Senhor opera em vós”. Então, o pecado não deve ser analisado a partir do comportamento, mas ele deve ser analisado a partir do coração. [...] Um comportamento pode parecer legítimo. Você olha o comportamento e diz: “O que tem de errado nisso? O que tem eu namorar essa moça? Eu já tenho 18 anos, ela também. Nós somos maiores de idade. Somos crentes! Estamos na igreja... Qual é o problema deu namorar essa moça???”. “Nós não vamos cair sexualmente. Nós vamos nos controlar!”. Olha, analisando o comportamento. “Nós vamos namorar direitinho!”.

Irmãos, eu não sei quem definiu que “namoro direitinho” é só ausência de sexo! Não sei quem fez essa definição. [...] A Bíblia (e eu espero que você creia nisso), que é a autoridade final na nossa vida, na nossa prática, não definiu assim! Ela não diz que um relacionamento é santo só porque ele não tem sexo! Um casal pode estar namorando, e os dois serem crentes, até com a aprovação dos pais, mas aquilo pode não ser santo. Porque nós não analisamos a questão do comportamento, nós analisamos a questão do coração – é ali que nós temos que analisar. Portanto, o pecado é como se processam as coisas no coração. Nós temos que olhar nossas motivações.

O que me motiva a fazer o que eu estou para fazer? Por que eu quero fazer isso? Toda ação tem uma motivação por trás. Tudo que você faz tem uma motivação. [...] Então, você não analisa o que vai ser feito, mas por que vai ser feito.

Há essa tentativa de querer tornar aquilo que é santo mais agradável ao homem pecador, baixar o padrão. Pr. Kevin me emprestou um livro sobre namoro, título do livro é “Eu disse adeus ao namoro”, escrito por um jovem, Joshua Harris. E ele deu uma ilustração muito interessante. Ele disse: “Eu tenho uma cesta de basquete no meu quintal que é de altura regulável. Dependendo da altura que eu colocar aquela cesta, parece que eu jogo muito bem! Eu coloco aquela cesta numa altura mais baixa, eu enterro, eu faço festa, e quem passa na rua fala: que grande jogador de basquete! Mas é porque eu baixei o padrão. Quando eu coloco ela na altura normal, aí vão ver que eu não sei jogar nada!”. Então nós precisamos saber, ter consciência disso: o que me motiva? [...] Para que eu tenha uma ação que produza um resultado. Eu tô pensando só no resultado? Se eu pensar só no resultado, eu vou agir como o mundo – o mundo que pensa só no resultado, o mundo é que faz de tudo pelo resultado. O crente não, o servo de Deus não! Porque Deus não vê o resultado, Deus vê antes a motivação.

Por que você quer namorar aquela moça? Por que você quer namorar aquele rapaz? “É porque eu estou apaixonado!”... Tá vendo? Já começa com o foco em si mesmo. Já tá olhando pros seus desejos pessoais, pro seu egoísmo. “É só desta que eu me agrado” – olha Sansão! “É só desta que EU me agrado”. [...]

Então, o namoro não é cristão só porque ele tá “certinho”. Ele vai ser cristão quando a MOTIVAÇÃO é correta! E aí a gente sabe o que é quando a motivação tá correta: a motivação é correta quando o rapaz tem dinheiro! Pra casar! Há dois anos atrás, eu falei aqui que a minha filha tem 4 anos. Quando chegar a vez dela, se o camarada não vier balançando o holerite* pra mim, ele nem entra em casa! Não é quanto tem no holerite. Eu não tô interessado em dinheiro. Eu quero saber se ele tem condição de tirar a minha filha de casa! E sustenta-la. Aí eu vou saber que as intenções dele tem motivações corretas, que ele tá pensando em algo mais sério do que mero “entretenimento”. Porque namoro virou entretenimento! Diversão! [...] Então, não vai nem entrar! Eu quero saber se ele é um HOMEM. Digno, trabalhador, tem condições de sustentar minha filha! Por que Eliezer, quando foi lá pedir a mão de Rebeca pra se casar com Isaque levou aqueles presentes, aquelas jóias de ouro? “Pastor, isso é uma questão cultural! Isso era da época, era o dote!”. Era o dote sim, e é uma questão cultural, mas tinha uma motivação por trás: aquilo era a forma dele dizer “eu posso leva-la, porque Isaque tem condições de sustenta-la, ele tem condições de cuidar dela!”.

A primeira vez que o apóstolo Paulo descreveu o homem, a primeira palavra que ele usou foi a palavra “egoísta”, que significa “amor próprio”, “amor pessoal”. [...] E, geralmente, o namoro começa no amor próprio: “Aquela moça vai me agradar! A beleza dela me agrada. O corpo dela me agrada. Eu a quero pra mim!”. “Aquele rapaz me agrada! O carro dele me agrada. O emprego dele me agrada. A posição dele me agrada...”. Tudo “ME, ME, EU...”. [...]

Então, a pergunta: “Por que namorar?”. Qual a motivação? É altruísta ou egoísta? Se for altruísta, princípios devem ser observados. Trabalha? Tem comprometimento com a igreja? Tem maturidade emocional? Porque, irmãos, casamento é problema! Você sabe porque inventaram namoro, inventaram “ficar”? Porque é uma forma de eu ter os prazeres sem o comprometimento! Então, eu posso desfrutar sem me comprometer. Porque o comprometimento do casamento é um problema, precisa ter maturidade emocional pra lidar com os problemas! “Mas, pastor, eu nem tava pensando em casamento!”. Então esquece o namoro! Tava pensando em que, então? “Ah...”. É egoísmo, irmãos, sejamos honestos conosco mesmos! Sejamos sinceros. Tô pensando em mim! A motivação é pessoal, é satisfação pessoal. [...]

Então, quando um jovem me pergunta: pastor é a vontade de Deus que eu namore aquela moça?, eu falo: você tá trabalhando? “Não, eu não tô ainda”. Eu falo: Ah, então não é a vontade de Deus! Porque eu não entendo que Deus vai te dar uma coisa que Ele não deu condição pra você executar segundo os princípios da Palavra dEle! Eu não posso entender. Aí ele fala assim: “Mas, então, a gente vai namorando, aí eu vou ajeitando essas coisas”. Não! A Bíblia diz o que: o amor tudo ESPERA. Ah, então você faz o seguinte, você fala pra essa moça te esperar e você vai correr atrás da tua vida. “Ah, mas aí demora, pastor... Aí não dá certo, demora né! Aì a gente fica aqui?”. Fica! Quantos anos Jacó esperou por Raquel? Sete anos! E a Bíblia diz que pareceram-lhe sete dias, pelo muito que ele a amava. Pessoal, não vai demorar. Se você ama mesmo essa moça, vai passar rapidinho! Corra atrás! Emprego, dinheiro, pra poder casar, pra poder dar uma vida pra essa moça."


[Continua...]


3 comentários:

Agata Larsen disse...

é isso mesmo!!

Anônimo disse...

Interessante! Que Deus nos ajude a ser mais como Jesus e ser nada como o diabo que só cogita das coisas do homem.

Anônimo disse...

Pode passar e-mail para contato?
Dei uma olhada por alto no blog.
Mas já gostei de cara!
:)