“Indo eles caminho fora, alguém
lhe disse: Seguir-te-ei para onde quer que fores” (Lucas 9.57)
E quantos de nós temos dito isso,
não é? Mas nós realmente estamos dispostos a seguir o Cristo AONDE QUER QUE ELE
FOR?
E se Ele nos disser: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu
têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça"
(v.58), nós ainda iremos? Se Ele nos disser: “Sabe aquele sonho da casa
própria, do carro próprio, das raízes estabelecidas em algum lugar? Não será
possível para você. Porque sua casa será o mundo todo, você não estabelecerá
raízes, pois te levarei para os mais diversos lugares, e os bens materiais
deste mundo nunca serão realmente seus!”, nós ainda iremos com Ele?
E se Ele nos disser: “Deixe que os mortos sepultem os seus
próprios mortos; você, porém, vá e proclame o Reino de Deus" (v.60)? E
se não tivermos a oportunidade de estar por perto quando nossos pais morrerem
para os sepultar, pelo motivo de estarmos em algum lugar deste mundo,
proclamando o Reino de Deus? E se o preço a ser pago for viver os melhores e
piores momentos longe de nossa própria família? Nós ainda O seguiremos?
E se Ele nos disser: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado,
olha para trás é apto para o reino de Deus” (v.62), quando pedirmos para ir
primeiro nos despedir de nossa família, antes de partirmos para segui-Lo? E se
for preciso largar o barco de nossa família, como Pedro, Tiago, João fizeram,
deixando para trás pai e mãe, irmãos e irmãs, para seguir a Cristo? E se esse
convite for para o resto da vida? Nós ainda iríamos após Ele?
E se Ele nos dissesse que
segui-Lo resultaria no permanecer solteiras pelo resto da vida – nunca viver o
sonho do casamento, da maternidade biológica, da sua própria família? E se
resultasse em nunca ser lembrado, por ter vivido em um local tão isolado que
ninguém nunca saberia de seus feitos? E se resultasse em nunca ser reconhecido
por ninguém mais além de Deus? Nós ainda O seguiríamos?
Seguir a Jesus é sério. É uma
decisão que envolve toda a nossa vida. Não há entrega pela metade – ou é tudo
ou é nada. Ele não nos quer pela metade. E, quando entregamos, Ele faz o que
quiser. E é assim para ser. Tornar-nos discípulos dEle envolve estar dispostos
a pagar o preço – tal qual Ele pagou. Porém, a parte bonita dessa história é
que os caminhos dEle sempre serão bons, agradáveis e perfeitos. Mesmo que eles
façam nossos pés doerem. Mesmo que eles tragam lágrimas. Mesmo que eles não
correspondam às expectativas de vida que tínhamos. Ainda assim. Ainda que tudo
saia diferente do que planejávamos – Sua vontade continua sendo boa, agradável
e perfeita. E será assim para nossas vidas. Nosso lugar de descanso, alegria e
paz. Porque o motivo para a felicidade de nossa alma é ELE. Ele. Onde Ele
estiver, ali estará o gozo de nossas vidas. E, se Ele não estiver, ainda que
todos os planos e expectativas de nossas vidas tenham se cumprido, nada terá
verdadeiro sentido. Porque TUDO, sem Ele, é nada. É vazio. É morto. Ele é a
vida. Jesus. Assim, se estivermos com Ele, nós teremos vida – e VIDA EM
ABUNDÂNCIA.
E, além de todas as coisas, esse
Deus revela-se Pai. Ele cuida de nós. Ele promete que, ainda que uma mãe se
esquecesse do filho que amamenta, Ele não se esqueceria de nós. Que, se nós que
somos maus, sabemos dar boas coisas a nossos filhos, quanto mais o Pai
celestial dará boas coisas aos que pedirem. Ele não se esquece de nós. Ele não
abandona os Seus. Isso é impossível de acontecer. Contudo, não podemos nos
esquecer que segui-Lo exigirá um preço. Que os caminhos trilhados por Jesus não
foram cheios de rosas. Que os caminhos trilhados por nossos pais na fé, pelos
discípulos, pelos apóstolos, pela Igreja Primitiva não foram cheios de rosas.
Foram cheios de pedras. Foram duros. E que, muitas e muitas vezes, estes que
escolheram seguir o Messias antes, tiveram que pagar estes preços citados por
Jesus nesse texto – e muitos outros ainda piores. Segui-Lo exige entrega TOTAL.
Custe o que custar. Mas, ainda que nos custe TUDO o que temos neste mundo,
podemos ter a certeza, a segurança, de que coisas infinitamente melhores nos estarão reservadas – nesta vida e na por vir.
Ele é nosso maior tesouro. Jesus.
E que nossos corações nunca esqueçam disso. E que seja assim para sempre. Amém.
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